𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐓𝐑𝐎

1.3K 99 78
                                    

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐓𝐑𝐎
almas gêmeas são destinadas a se encontrar

Já havia se passado uma semana desde a minha volta e daquele dia caótico no parque aquático, confesso que por mais que meus amigos estejam agindo normalmente, eu ainda estou incomodada com o que está acontecendo.
Ter que ver Tory fechando a cara sempre que eu chego perto não é minha situação favorita.

Eu estava sozinha na biblioteca da escola em um horário vago, aparentemente eu tinha vários durante a semana.
Estava sentada em uma das enormes mesas redondas de lá na espectativa de minha mente ficar mais tranquila.

Pensei em todas as maneiras possíveis de tentar resolver isso durante essa semana, não queria ficar brigada com uma pessoa tão legal como a Tory, de verdade.

— Oi! — Escuto uma voz que me tira de meus desvaneios.

Viro minha cabeça para a esquerda e então tenho a visão do garoto que está causando toda essa bagunça na minha cabeça.

— Ah…Oi! — Me esforço para dar um sorriso e então abaixo minha cabeça novamente.

— O pessoal disse que você estaria aqui, eu não queria interromper… Isso que você está fazendo. — Ele diz se sentando na cadeira ao lado.

— Parece que eu sou bem previsível… — Solto uma risada baixa enquanto levanto minha cabeça e me viro para ele.

— Você está bem? — Ele me pergunta — Desde o parque aquático não temos tido contato.

— Ah sim, eu estou ótima e você? — Digo forçando um sorriso.

— Você disse isso de uma forma que eu imagino ser mentira, está mal pelo o que aconteceu, eu entendo. — Ele tenta me confortar — Mas fugir disso não vai nos ajudar.

— É, eu sei, mas é que a Tory… Eu só queria que não tivesse acontecido dessa forma! — Digo enquanto ele permanece com os olhos em mim —...Sabe, eu sempre quis enxergar as cores, encontrar minha alma gêmea, mas não estava nos meus planos sair com uma amiga chateada pelo namorado dela ser minha alma gêmea.

— É compreensível. — Ele faz uma pausa — Mas se te serve de consolo, eu e Tory não tínhamos nada consolidado ainda, estávamos ficando e tudo, mas ela não demonstrava querer algo mais sério…

— Talvez pelo o que rolou quando ela estava com o Miguel, não é? —  Pergunto.

— É, talvez, mas ainda assim, eu não acho que seja um motivo plausível pra que ela não queira algo sério.

— Você já mencionou querer algo sério? — Pergunto e ele se encosta nas costas da cadeira.

— Algumas vezes, ela sempre diz que "está ótimo do jeito que está" e que não tem necessidade de mudar tudo agora. — Ele diz balançando a cabeça em negação.

— Caramba, que complicado cara… — Digo cruzando os braços.

— É sim, mas e você? Já se relacionou com alguém? — Ele pergunta.

— Hum… — Penso — Um garoto na sexta série conta? — Ele ri e concorda —, Bem, se conta, então sim!

— Tenho certeza de que ele era um garanhão e tanto não é? — Ele riu cruzando os braços.

— Ele era até bonitinho vai! — Digo caindo na risada junto a ele e recebendo um "shii" da bibliotecária, que nos faz parar imediatamente. — Mark Daves…

— Como ele era? — Robby pergunta.

— Ah ele era um pouco mais alto que eu, era moreno e tinha olhos verdes, era engraçado e sempre saímos juntos, eu, ele e Samantha pra brincar no parquinho lá perto de casa. — Digo lembrando daquela época.

𝗖𝗵𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗪𝗶𝘁𝗵 𝗬𝗼𝘂 𝗋𝗈𝖻𝖻𝗒 𝗄𝖾𝖾𝗇𝖾Onde histórias criam vida. Descubra agora