Capítulo IV - It's ok to trust again... isn't it?

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Antes que eles pudessem ir para, sabem-se lá Arcontes onde, Sayuri o arrastou até uma cafeteria para comprar alguns bolinhos, dizendo serem para alguns amigos que conheceu no passado, eles eram simpáticos e amigáveis e que com certeza adorariam o conhecê-lo caso se encontrassem novamente. Scara não ligava, não tinha interesse em interagir com outras pessoas, bastava a que estava ao seu lado lhe importunando por um dia inteiro.

Como se não bastasse, ele fora obrigado a pagar pelos doces que ele sequer comeria já que ela lhe deu a desculpa que não havia trago dinheiro consigo, todavia a mesma jurou que o pagaria assim que voltassem para casa. Resolveu pagar para que ela não fizesse um escândalo no estabelecimento.

Ao se aproximarem da entrada da cidade, a agitação da cidade diminuiu e Sayuri finalmente se sentiu livre. Por mais que amasse morar na cidade com seu irmão, a floresta foi seu primeiro lar e ela estava sempre feliz. O cheiro das flores, a terra molhada depois da chuva, a música do vento soprando nas folhas, o canto dos pássaros, se pudesse, gostaria de voltar a viver na floresta, mas seu irmão nunca permitiria.

Após dar instruções detalhadas, eles caminharam por cerca de vinte minutos antes de chegarem ao lugar certo, mas não antes de se perderam algumas vezes, Sayuri acabou tropeçando e quase indo direto com a cara no chão, Scaramouche apenas gozava dela, em contrapartida, as maças, antes branquinhas, tornavam-se avermelhadas tanto pela vergonha, quanto pelo aborrecimento por ele rir.

Cruzando um pequeno vale, chegaram a um riacho bem escondido pelas enormes árvores e plantas, no centro do mesmo se encontrava uma estrutura de tamanho médio feita por troncos e folhas, ao lado dela está um banco de madeira com elaboradas decorações de Viparyas e Padisarahs.

O portador anemo espiou o local e uma estranha sensação de paz encheu seu peito, ele voltou seu olhar para a estrutura e apertou os olhos, vasculhando sua memória para ver se ele já vira isso em uma de suas viagens por Teyvat, no entanto, sua mente de tornou uma folha em branco sobre isso, balançou a cabeça e decidiu ignorá-lo. Sentou-se no banco, encarando a outra portadora à sua frente fazendo, seja lá o que diabos for aquilo, enquanto estendia um lenço de papel entre os dois troncos e posicionava os quatro bolinhos aromatizados perfeitamente alinhados, os olhos tão bem marcados pelo contorno preto a seguiram enquanto esta juntava as mãos em frente ao peito em uma pequena oração, sem a qual ele sequer ouvir uma palavra.

Assim que acabou, Sayuri usou sua Visão para criar uma flor um tanto peculiar para o rapaz que a assistia de braços cruzados em silêncio, esta que variava do vermelho para o azul, não se lembra de a ter visto em algum lugar e isso acabou despertando certa curiosidade em si. Ela colocou a florzinha entre os doces e sorriu satisfeita, bem, não tão satisfeita, pois ainda faltava algo.

- Creio que você não saiba tocar lira, não é? - Deixou a pergunta no ar.

- Para que precisa de uma lira? - Demandou.

- Este é um portão mágico e quando as notas de uma lira são emitidas perto deste, ele reproduz lindas músicas. - Explicou com um sorriso.

- E por que motivo pressupôs que eu não saberia tocar lira? - Ergueu a sobrancelha.

- Bem... você não parece ser o tipo de pessoa que curte lira ou... qualquer outra coisa do gênero... - Murmurou.

- Em tese você está certa, não perco meu tempo com coisas mundanas.

- Deveria, liras são instrumentos maravilhosos que produzem sons que amaciam os ouvidos. - Suspirou sonhadora. - Se não fosse pela visão, eu poderia aprender a tocar, mas dedico todo meu tempo ao meu treinamento com Haitham, infelizmente não me sobra tempo para aprender outras coisas.

Lírio de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora