Prólogo 1

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- Amor transcendente

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- Amor transcendente


Silícia, 1919

Era uma manhã fria e escura de Inverno, como todas as outras do último mês , Nero De"Salvatore suspirou por entre as barras da cela, sua respiração formando nuvens no ar frio da manhã.
O frio era insuportável, porém os beijos dela ainda o aqueciam, eles aqueceram durante a guerra e agora, mesmo no fundo do poço congelante, continuava aquecendo.

A vida era uma coisa incerta, hoje Nero compreendia esse fato na pele.
Por isso, havia alguns momentos que as pessoas gostavam de recorda-se, registrando de forma que as lembranças pudessem ser acessadas mais tarde, como uma flor pressionada entre as páginas de um livro, admirada e apreciada.
Nero lembrou-se das palavras de sua mamma mais de dez anos atrás antes de tudo ruir.

"Nunca entregue seu coração para ninguém, principalmente para uma Bianchi, elas são amaldiçoadas meu Bambino."

Era o que Carmela De"Salvatore havia ressaltando ao vê-lo brincado na casa da árvore com sua prima distante.
Ela, Sienna Valentina Bianchi, uma garota com o espírito aventureiro de um garoto e cabelos loiros dourados como os dele, cabelos de um De" Salvatore e os olhos de uma Bianchi.

Amor?

Na época essas palavras eram grego para Nero, assim como Sienna uma pedra no sapato dele.
A garota o seguiu durante sua infância inteira, ele nunca ligou, ela era um incómodo, uma coisinha indesejada.
Mas a mamma de Nero havia visto o que ele, um garoto de nove anos não viu na época, afinal ele não estava interessado em amor, ou pior garotas, ele preferia muito mais a companhia de garotos, mas não quaisquer garotos, Octávio Donato, futuro capo da Cosa Nostra, e seu melhor amigo.

Mas Octávio ao contrário de Nero, gostava muito da companhia de garotas na infância, não quaisquer garotas, mas a intrometida e chata e Sienna Bianchi.
Ao passo que na infância Nero havia olhado para Sienna como suspiros de enfado em todas as vezes que ela havia se convidado para as brincadeiras de meninos.

Seu melhor amigo, Octávio a olhava como se ela fosse um doce de melaço, ele a olhava como se Sienna fosse sol, a lua e a maldita Galáxia.
Aos doze anos o rebelde e incorrigível Octávio havia proclamado que construiria teatros e museus em homenagem a Sienna e que colocaria o mundo inteiro aos seu pés caso ela aceitasse ser sua esposa.

Havia sido a primeira vez que Nero sentiu uma pontada de raiva do melhor amigo, ela nem mesmo soube o porquê, não época, não sendo o tolo que era.
Mas para sua tranquilidade, Sienna alertou Octávio que seu papá daria uma surra em nele, por propor tal insanidade.
Pobre Sienna, ela havia sido tão inocente quanto as motivações de homens como seu papa, Reni De"Salvatore abraçaria Octavio Donato e entregaria sua única filha, em uma bandeja de ouro ao futuro capo da famiglia.
Mas isso não importou, não na época, não quando Sienna era uma garotinha e estava temporariamente a salvo das trapaça de seu papa.

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