A segunda parte da épica conclusão em duas partes da série Irmãos Mac-Donato.
Um segredo. Várias vítimas.
A principessa da máfia é jogada para lidar com as notícias chocantes, da tragédia que se abateu sobre sua família.
Na Itália, o passado não pl...
A felicidade é uma borboleta Tento capturá-la todas as noites Ela escapa das minhas mãos na luz da lua Todos os dias são como uma canção de ninar Eu as cantarolo no telefone, tipo, todas as noites. — Happiness Is a Butterfly — Lana Del Rey
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Nápoles2:40 AM
Tudo estava errado de alguma forma, um pouco torto, distorcido...
Direita era esquerda.
Para cima era para baixo.
Meus pensamentos tropeçaram quando o aroma de sua colônia me alcançou, –muito perto, meu batimento cardíaco oscilou como uma corda de piano esticando, mesmo de olhos fechados, eu o sentia. Sua presença pairava nas minhas costas, como um fantasma vigiando. Abrindo os olhos, avistei sua enorme presença, através do espelho, olhos esverdeados. Ele tinha as mãos enfiadas nos bolsos, enquanto, seu olhos faziam uma checagem de cada respiração que eu soltava.
Isso era meio fofo.
Revirei os olhos para os meus próprios pensamentos, em seguida terminei à secagem do cabelo, por último, chequei à roupa que meu antigo mordomo, Rossi, havia trazido, - calças cinza justas e uma blusa azul de gola em V. Virando de costas para o espelho, encarei meu marido.
— Agora, você vai comer, — Ele forçou suavidade em sua voz, mas era um comando claro.
Agora ele estava sendo mandão.
Olhei de relance para a bandeja no suporte, repleta de frutas, amêndoas, queijo e suco que Rossi enviou para o quarto, depois que entrei no banho. Antes, ficaria animada com a perspectiva de comida, mas agora à mera visão me deixava enjoada.
— Estou sem fome.
Azzo rosnou algumas palavras indecifráveis, meu marido atravessou impaciente, de um lado para o outro da suíte luxuosa. Azzo estava me tratando como um cristal quebrável e precioso.
Todo o seu cuidado, proteção e gentileza me fortaleciam e enfraqueciam ao mesmo tempo, meu marido fortalecia meu corpo ao passo que enfraquecia meu... Oh, não. – Doce senhor, ele estava protegendo os pedaços quebrados do meu coração? – Ignorado tais pensamentos, desabei na poltrona mais próxima.
O lugar que estávamos, era feito em tons de pastéis, o quarto ostentava paredes com acabamento em madeira, portas de madeira de carvalho que levavam na direção de um armário e um modesto banheiro, além da cama king-size e TV. Era um espaço inteiramente projetada para uso da minha Nana e suas irmãs, elas ficavam escondidas por dias nesse pequeno loft após algum procedimento estético. Deixei escapar um gemido, indecisa entre inspirar ou expirar.
