Prólogo 2

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Prólogo, -
Um amor mais profundo.

Las Vegas, 1992

Laila Rodrigues.

O medo estava instalando na boca do meu estômago como um peso pesado, ameaçando dobrar meus joelhos, - literalmente, - duas sacolas de compras pesavam no meu braço esquerdo, eu fazia uma espécie de malabarismo segurando as sacolas e ajustando meu pequeno bebê nos braços, o aconchegando acima da minha barriga de sete meses.

Idiota.

Eu não deveria ter feito o que havia feito.

Burra.

Não era mais tão jovem e muito menos estúpida, então porque?

Meu filho agarrou um cacho do meu cabelo, puxando tão forte quanto pôde, - aos quatro meses esse era o seu novo hobby, - era como se ele estivesse tentando provar alguma coisa. Como se ele estivesse tentando dizer "olha mamãe, olhe o quão forte eu sou agora"

Essa era a resposta, era por ele, - Eles. Eu havia feito tudo isso por eles.

Abaixando a cabeça, avancei meus passos.
Dei graças aos céus que a escuridão banhava as rua da periferia de North Dowtown. Trabalhadores de pub's jogavam sacos de lixo gordos e encharcados nas mandíbulas de contêineres industriais, conversando e rindo, ignorando o céu escuro pronto para derramar em nossas cabeças.

Mais rápido.

Recitei incessantemente uma oração silenciosa para que eles ficassem na rua até que eu chegasse em segurança ao meu prédio.

Mas eles não podiam realmente me proteger.

Ninguém podia.

Quando cheguei ao beco de entrada do meu velho prédio em ruínas, percebi porque não era segredo que as pessoas que ali viviam não tinham nada, eram desabrigado, - como eu.
Mas não importava, eu tinha um lugar para descansar, era mais do que a maioria das pessoas que viviam em bairros como esses.
Minha tranquilidade durou milésimos segundos, - erguendo os olhos avistei.

Ele.

O produto dos meus pesadelos.

Meu pior erro.

'Ele é um monstro Laila, fuja ou vai definhar como eu'

Braços cruzados, terno preto sem grava, olhos verdes intensos e uma expressão odiosa brilhando nos olhos que um dia me atiraram, - uma atração para uma armadilha mortal. - Seus olhos me atingiram, - Não tão forte quanto os seus socos,- mas algo próximo.
Parando, permaneci congelada abracei meu bebezinho rezando mais fervorosamente.

Você não aprendeu, não é sua tonta?

"Laila você não merecia esse destino, eu? Eu estou pagando pelo crimes e pecados dos meus antepassados. Mas você? Você não merecia"

Elizabeth estava certa nenhuma quantidade de rezas era o suficiente para deter um homem como ele.
Meu bebê ergueu os olhinhos azuis esverdeado, que agora estavam mais esverdeados do que quando nasceu, um senso de proteção queimou no meu coração quando ele deu um passo a frente - seu olhos me prometiam dor. Respirando fundo eu disse a mim mesmo para jogar o jogo de tortura dele, acabaria rápido.

- Você achou que não à encontraria? - Seu sotaque de garoto rico me atingiu, - Novamente não tão forte quanto seus socos.

Silêncio ecoou dos meus lábios.
- às vezes o silêncio era bom, mas as as vezes ele era uma afronta -. Eu não sabia em que pé estávamos hoje.

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