Prólogo

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Texas

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Texas.
2008.

Antes do surto.

Emma Pascal acaba de completar dezoito anos, ela andava pelas ruas do Texas até chegar a um pequeno mercado. Precisava de algo para comer, seu estômago roncava de fome.

Sua mãe havia dado no pé com seu padrasto - violento e viciado - fazia semanas, logo após sua formatura no colégio. Desde então ela se virava como podia. Empregos meia boca que mal duravam uma semana graças a seu temperamento explosivo, venda de coisas que não precisava mais e claro, pequenos roubos em mercados e farmácias.

Era inteligente e persuasiva, sabia como dobrar uma pessoa facilmente. É fácil conseguir o que quer sendo tão bonita. Loira, dona de brilhantes olhos azuis e com o corpo naturalmente curvilíneo e bonito. Sua mãe dizia que ela puxou o pai e deu muita sorte de ter nascido "padrão", assim poderia arrumar um homem rico.

Bobagem.

Emma só namorou babacas até hoje.

Todos que tocaram seu corpo não sabiam o que era sexo, muito menos amor. Eram adolescentes idiotas, afinal. Gostava mesmo era dos homens mais velhos e experientes, eles sabiam exatamente como satisfazer uma mulher.

- Cuidado com os homens mais velhos, eles são sedutores, mas também são uns vermes aproveitadores. - Sua mãe costumava dizer.

E ela não estava tão errada. Tinham os otários que apenas se importavam com o próprio prazer e tratavam Emma como uma puta, deixando-a aborrecida e muito triste. Seu coração ainda tinha esperanças de encontrar um cara legal que pudesse cuidar dela.

A Pascal era como qualquer ser humano por aí: queria amor e felicidade.

E só recebia desgraça.

Merda de vida, às vezes desejava que o mundo acabasse.

Emma entrou no pequeno comércio, pegou uma cestinha e começou a fazer suas compras com o pouco dinheiro que tinha. Olhou para a parte da padaria, encarando um bolo de aniversário, porém passou reto. Preferia um whisky barato e não tinha dinheiro para comprar um bolo.

Olhou rapidamente para o dono do mercado, que bocejava atrás do balcão enquanto lia um jornal e furtivamente roubou uma garrafa de whisky numa das prateleiras. Coube perfeitamente na sua bolsa.

- Boa tarde, senhor Anthony. - Emma abriu um falso sorriso carinhoso para o senhor de oitenta anos.

- Onde está o seu sobrinho? O senhor deveria estar curtindo a aposentadoria. - A loira empacotou as poucas compras e pagou ao idoso.

- E a senhorita não deveria roubar.

O rosto de Emma ficou pálido, ela engoliu seco e continuou sorrindo.

𝗔𝗹𝗹 𝗙𝗼𝗿 𝗨𝘀 - 𝗝𝗼𝗲𝗹 𝗠𝗶𝗹𝗹𝗲𝗿 Onde histórias criam vida. Descubra agora