Giovanna acordou por volta das 6h com Sofia chorando, correu até o quarto das filhas e pegou a menina no colo, sem falar nada, apenas acariciando suas costas para fazê-la voltar a dormir. A ninou por alguns minutos na poltrona de balanço, beijou seus pezinhos admirando o quão grande estavam, traçou linhas imaginárias por seu rosto para trazer o sono de volta mais rapidamente como fazia com ambas desde recém nascidas, mas que surpreendentemente só funcionava com ela. E em menos de 15 minutos o bebê já dormia outra vez em seus braços.
Com toda a cautela do mundo, a mãe a colocou de volta na cama, deitando-se com as gêmeas por um instante, apenas o suficiente para aconchegá-las outra vez. Pra variar, ficou pensando nas diferenças entre as meninas: Antônia ainda acordava de madrugada, mas apenas uma vez e só para pedir sua mamadeira, não chegava a despertar e dificilmente queria colo (com exceção dos dias em que estava doente, nessas situações ela só conseguia dormir no colo); Sofia acordava pelo menos 3 vezes, em todas chorava, voltando a dormir só depois de ser ninada, era a mais manhosa, mais calma e amorosa das duas, uma lady, como costumava dizer Ilana, sua avó materna, mas as suas noites de febres e dores eram as piores (a menina não fechava os olhos por mais de 10 minutos, resmungava o tempo todo, mesmo cochilando e nunca aceitava ninguém além da mãe).
A loira aproveitou o sono pesado das pequenas para ir tomar um banho, queria estar minimamente apresentável quando Ilana chegasse para buscar as netas, religiosamente às 7h30 de todo sábado. Era maravilhoso poder ficar sem as filhas aos finais de semana por várias razões, a principal delas, sem dúvidas, era o fato da criação de vínculo e memórias para as três. Ela não negava que sentia falta de tê-las consigo, mas não seria hipócrita em dizer que não era maravilhoso dormir pelo menos 1 noite inteira por semana.
Giovanna estava lavando seus cabelos quando viu a porta do banheiro ser aberta por um Leonardo sonolento acompanhado de uma ereção matinal. Suspirou sem vontade alguma de fazer sexo naquele momento, estava cansada depois de 4 rondas pelo quarto das filhas entre as 21h da noite anterior e as 6h dessa manhã, contudo, fingiu ânimo quando ele abriu o box e se enfiou lá dentro com ela.
— Bom dia, amor. — Disse sorrindo e envolvendo seu pescoço com os braços.
— Bom dia. — Respondeu com um sorriso de canto e começou a beijá-la sem pressa.
Antonelli soltou outro suspiro, longe de ser por prazer, mais bem se assemelhava ao pesar, nem mesmo o beijo deles encaixava mais. Sem demoras, Leonardo a agarrou pela cintura, fazendo-a passar as pernas por seus quadris e começou a penetrá-la mesmo sabendo que ela não estava suficientemente pronta. Giovanna cogitou sair do box para pegar o lubrificante, mas não houve tempo hábil para isso, quando se deu conta eles já se moviam buscando o choque de seus quadris com urgência.
Aos poucos, o incômodo foi dando lugar ao prazer e quando finalmente estava ficando boa para a loira o homem gemeu anunciando que havia gozado. Ela riu de vergonha alheia, Leonardo realmente tinha feito aquilo? Ele realmente tinha a procurado para um sexo de 3 minutos? Mas tratou de fingir seu próprio orgasmo, sabia que o ego do marido era sensível demais.
...
Giovanna e Leonardo saíram de casa junto com Ilana e as meninas, eles foram correr juntos pela orla de Ipanema/Leblon, um hábito que tinham no início do casamento. Era bom ver o marido tentando se esforçar, mesmo que não fosse o suficiente, era um passo. Léo estava em casa há uma semana e pela primeira vez em muito tempo eles pareciam ter uma relação conjugal, além do mais, o diretor começou a passar um pouco mais de tempo com as filhas, o que era o suficiente para deixá-la feliz.
Aquela estava sendo a manhã mais normal de suas vidas em muitos meses, com sexo matinal no chuveiro, café da manhã à mesa e alguns beijos despretensiosos.
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The Muse
FanfictionAté onde você aceitaria não ser amada? E até onde você iria por e para amar alguém?