TORMENTA

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HAVEN não sabia o que aconteceria e infelizmente as crises não pararam como ela imaginou. Rapidamente os seguranças e enfermeira precisaram intervir e a única alternativa foi levar para o hospital. Quando BRAYAN chegou o médico queria saber porque Diana não tinha tomado o remédio que controlava as crises. Rapidamente a enfermeira disse que a Sra. HAVEN tinha ficado RESPONSÁVEL por dar o remédio. Desesperada HAVEN começou a chorar dizendo que tinha trocado por descuido. Na frente de todos BRAYAN disse que isso não poderia acontecer mas, foi só ficar a sós que segurou ela pelo pescoço. Prensada entre parede e o corpo dele, sufocando pela mão em volta de sua garganta só conseguia pedir desculpas.
- NÃO HÁ DESCULPAS PARA ISSO...ESCUTE ME BEM...SE EU DESCOBRIR QUE VOCÊ FEZ ISSO DE PROPÓSITO OU SE EU DESCONFIAR QUE VOCÊ PRETENDE USAR A DIANA DE ALGUMA MANEIRA...VOU ME CERTIFICAR DE VOCÊ SUMIR DO MAPA! Com os olhos saltando e com muitas lágrimas precisou puxar o ar com força depois que ele soltou.
- NÃO PERCA SEU TEMPO TENTANDO JUSTIFICAR...EU NÃO VOU ACEITAR TAL DESCULPA...SEI QUE FOI MUITO CONVENIENTE ESSE ATAQUE... SÓ NÃO POSSO PROVAR QUE TENHA FEITA DE PROPÓSITO... VOCÊ PODE IR EMBORA, VOU FICAR COM DIANA ESSA NOITE!! Sem nenhuma chance de explicação e correndo o risco de se entregar ela apenas saiu do quarto em direção da mansão.
Aproveitou a ausência dele para falar com Cesar, precisava de notícias e trocar informações. Ele a deixou a par de tudo que estava acontecendo com Hamilton e ela comemorou essa jogada do médico.
- TENHA CALMA...SAIBA CONDUZIR ESSA SITUAÇÃO! Contou ainda o que aconteceu e como desfez o encontro deles, deduziu que LEYLA não teve a chance de contar essa problema e que precisavam afastar os dois para que ele pudesse agir com o médico.
BRAYAN estava deitado no sofá quando Diana acordou assustada, sempre após as crises ela ficava muito mal. Desta vez, ela acordou muito confusa e chorando dizia que teve uma lembrança da noite do acidente.
- EU LEMBREI...A MAMÃE NÃO FOI LEVADA...ELA FUGIU SOZINHA...LEMBREI DELA SE DESPEDINDO...ELA ME ABANDONOU LÁ...SEI QUE FOI!
- ACALME SE...TUDO BEM... VOCÊ TEVE UM PESADELO... JÁ PASSOU! Chorando copiosamente Diana dizia que não era um pesadelo e sim uma lembrança mas, nada que ela falasse poderia ser levado em consideração. Estava sob efeito de fortes remédios e saindo de uma crise, as enfermeiras entraram novamente trazendo outra dose e em poucos minutos ela começou a relaxar e ainda chorando repetia que a mãe tinha abandonado.
BRAYAN estava muito abatido, não considerou o que a menina disse e julgou ser um pesadelo. Já HAVEN com essa jogada acabou atirando uma pedra no seu telhado de vidro e ele começava a trincar. A impulsividade a fez trocar os remédios mas, isso trouxe as primeiras lembranças daquela noite e talvez revelasse muito mais.
Na manhã seguinte LEYLA acordou ainda sentindo o clima da noite anterior. Colocou uma roupa despojada e foi para o hospital, precisava de notícias de Diana. Infelizmente se desencontrou de BRAYAN que já tinha voltado para empresa. Por sorte esteve com Diana a sós, pediu desculpas por ter sumido e explicou  o que levou tomar essa decisão.
- VOCÊ ESTÁ CERTA! PAPAI PRECISA SE POSICIONAR... ATORMENTAR ELE COM COBRANÇAS SÓ PREJUDICARIA A RELAÇÃO DE VOCÊS.
- BOM QUE VOCÊ ENTENDEU...
- EU TENHO ALGO MAIS IMPORTANTE PRA FALAR...LEYLA...PAPAI DISSE QUE FOI UM PESADELO...MAIS NÃO ACHO ISSO...Contou pra ela que lembrou da cena da mãe vindo conferir se ela estava morta e apesar da confusão viu o abandonou.
- FOI COMO ESTOU FALANDO...ELA FOI EMBORA DEPOIS QUE VIU QUE EU ESTAVA VIVA! Ouvindo atenta LEYLA perguntou quem mais sabia da aquilo e Diana assegurou que ninguém.
- VOCÊ SÓ ESTARÁ SEGURA SE MAIS NINGUÉM SOUBER...SEU PAI ACHA QUE É PESADELO ENTÃO NÃO VAI FALAR... VAMOS TENTAR DESCOBRIR...SE VOCÊ LEMBRAR DE MAIS ALGUMA COISA, GUARDE E NÃO REVELE A MAIS NINGUÉM! PROMETE?
- SIM...VOU FAZER UM ESFORÇO E TENTAR LEMBRAR DE OUTROS DETALHES...As duas se abraçaram e LEYLA prometeu que nunca iria duvidar dela mas, precisavam de cautela. Prometendo outros encontros LEYLA disse que precisava ir e que estava em cima da hora para resolver um PROBLEMA.
- ESTÁ TUDO BEM? QUER ME CONTAR ALGO?! Perguntou Diana, sorrindo ela disse que não era nada de importante e assim foi embora.
Estava pensativa sobre tudo que ouviu de Diana, poderia ser sonho como BRAYAN achava mas e, se fosse verdade?! Com essas dúvidas foi se encontrar com Cesar, esse prometeu ir com ela para o escritório do doutor. 
O escritório executivo de Hamilton ficava em um edifício esplendoroso, revestido de concreto e vidro. Cesar convenceu que ela precisava subir sozinha ou, o teatro não seria suficiente. Como se esperassem por ela a secretária disse que podia subir, no corredor principal muitos animais empalhados das caçadas dele serviam de troféu. Ela sentou no sofá de couro que ficava bem de frente a uma porta sintuosa e suspirando esperou ser chamada.
Hamilton teve tempo para planejar tudo que pretendia, ficou fisurado ao estudar mais sobre a SUBMISSÃO. A ideia de ter uma submissa nunca passou pela sua cabeça mas, agora fazia muito sentido. Tinha ultrapassado o tesão sexual por LEYLA, não era mais só sobre isso! Queria ela obedecendo cada ordem, a queria embaixo de seus pés e sem escolha; de quebra poderia ensinar sua esposa a essas práticas.
LEYLA estremeceu ao ouvir a voz dele mandando entrar, acima de sua cabeça um cervo gigantesco empalhado demostrava a imponência dele sobre outros seres. Ignorando qualquer coisa que pudesse inibir sua coragem sentou cruzando as pernas e braços.
- ANTES QUE VOCÊ COMECE COM SEUS JOGUINHOS...QUERO SABER O QUE PRETENDE COM TUDO ISSO?!
- VOCÊ ACHA MESMO QUE ESTÁ EM CONDIÇÕES DE FALAR ASSIM?! Conforme falava foi levantando até ficar completamente em pé exercendo sua autoridade. EU NÃO VOU REVELAR SEU SEGREDO...PORQUE EU QUERO USAR DISSO... NÃO VOU FAZER CHANTAGENS BARATAS...EU POSSO ACABAR COM SEU MUNDO...BASTA UM TELEFONEMA...Na parede começou a passar fotos e filmagens de todos que ela ama sob ameaça reais. Diana, BRAYAN, Diego, sua mãe...todo mundo que ela amava corria um grande perigo nas mãos desse sociopata. Ela se sentiu impotente diante de tamanha ameaça, lembrando das palavras de Cesar ficou de joelhos.
- VOCÊ VAI ENSINAR MINHA ESPOSA...EU A QUERO ASSIM...E...
- NUNCA! EU NUNCA VOU ENSINAR UMA MULHER ASE SUBMETER AS SUAS LOUCURAS...NUNCA! SUBMISSÃO É OFERECIDA COM RESPEITO, NÃO EXISTE MEDO NESSA PARCERIA...A DOMINAÇÃO É COM AUTORIDADE E NÃO AUTORITARISMO... É UMA DOAÇÃO E NUNCA UMA OBRIGAÇÃO...OS CASTIGOS SÃO PARA PRAZER E NÃO PARA SACRIFÍCIO...
- MOSTRE ME...MOSTRE ME O QUE É ESSA RELAÇÃO E EU DIGO SE ACEITO OU NÃO SEUS LIMITES...EU QUERO UMA CENA!!! VAMOS FAZER ASSIM...LIBERTO UM POR VEZ...SE VOCÊ ACEITAR FAZER UMA CENA, EU LIBERTO SUA MÃE...
- EU NÃO POSSO... NÃO VOU FAZER NADA COM VOCÊ...DE JEITO NENHUM....
- NÃO FAÇA COMIGO...DEIXE ME CONDUZIR A CENA...EU FALO O QUE VOCÊS DEVEM FAZER...ESCOLHA UM PARCEIRO DE SUA PREFERÊNCIA E AS ORDENS SÃO MINHAS...EU VI QUE ISSO É POSSÍVEL E QUE MUITAS VEZES AS RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO NÃO ENVOLVE PENETRAÇÃO...BASTA UM MANDAR E O OUTRO OBEDECER...
- EU NÃO SEI... NÃO POSSO FAZER ISSO....
- SE NÃO ACEITAR VOU COMEÇAR A MATAR AGORA! SUA MÃE É A PRIMEIRA...Na televisão apareceu a mãe dela no hotel que Cesar tinha escolhido e um matador de aluguel pronto para executa-la.
- NÃO! POR FAVOR...DEIXE PENSAR...POR FAVOR...
- VOCÊ TEM ATÉ AMANHÃ! DEPENDENDO DA SUA RESPOSTA EU COMEÇO COM MEUS PLANOS...Enojada ela saiu correndo dali, apertando os botões do elevador quase faltou o ar até que finalmente respirou aliviada e bem longe dali.

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