𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗢𝗡𝗘

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❛ O COMEÇO ❜

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O COMEÇO

— Por que demoraram tanto? - Jenna questiona olhando a dupla irmãos, Sam e Henry. Os dois sobem para o pequeno esconderijo.

—— Fala baixo. Tem muita gente nas ruas. - Henry alerta e Jenna dá de ombros. Os dois adultos ficam conversando enquanto a garota tenta acalmar Sam.

—— Tudo bem? - A garota pergunta fazendo os sinais com as mãos. No pequeno tempo em que ela ficou com eles, conseguiu aprender algumas palavras. Sam apenas nega com a cabeça e logo a abraça, sendo retribuído.

Henry vai em direção aos dois e a garota sai, para eles conversarem. Os irmãos conversam e logo Sam volta a sorrir, ao ganhar um pacote de giz de cera de seu irmão. O homem chama a mais nova para se juntar a eles, e assim ela faz. Eles começam a desenhar pelas paredes.

Depois de no mínimo dez dias, Jenna e os irmãos esperam pelo senhor, que havia saído em busca de comida há um dia. Sam reclama sobre estar com fome enquanto Henry tenta fazer algo. Jenna está desenhando em um pequeno livro que achou por aí.

—— O que ele está falando? - Jenna pergunta, enquanto o homem olha pelas frechas de luz das janelas.

—— Ele está com fome. - Henry afirma, olhando para a garota. —— Eu acho que ele não vai voltar.

—— Merda. O que vamos fazer? - Ele não parecia ter uma resposta exata, então ela apenas foi até a criança e tentou o animar. No outro dia todos tinham certeza que ele não iria voltar.

—— Ele não vai voltar. Sinto muito. - Henry fala acordando o mais novo. —— Não temos mais comida. Eu observei esses caras. Sei como agem. Podemos sair da cidade andando.

—— Será que mataram ele? - Sam pergunta. Jenna não entendeu o que ele disse. Ela esperou alguma resposta de Henry.

—— Acho que sim. - O garoto abaixa a cabeça e abraça o irmão. —— Feche os olhos. E não abra.

Henry pega um pincel com tinta laranja, e passa nos olhos do garoto. Jenna pega sua faca e mostra para Sam seu rosto, o fazendo se animar. O trio sai do esconderijo e vai para a porta principal. O mais velho sobe em um banco e olha pela pequena janela.

—— Tá de boa. - Diz saindo de cima do banco.

—— Não viu nada? - A morena pergunta e logo eles escutam um barulho alto, parecia ser de batida de carro. Logo eles escutam vários tiros.

A Moore sobe no banco junto do mais velho para conseguir observar o que está acontecendo. Ela vê um homem adulto e uma garota. O homem percebe os dois e olha para a dupla, eles se abaixam rapidamente com medo de serem vistos.

—— Mudança de plano. - Henry afirma após eles descerem do banco. —— Vamos seguir eles...

—— O que? - Jenna pergunta indignada.

—— Eles tem armas e conseguiram matar aquele caras. Eles vão nos ajudar. - O mais velho afirma. Depois de minutos pensativa ela concordou.

Eles passaram o dia os seguindo e quando anoiteceu a dupla se escondeu em um prédio alto. Os três já estão preparados para adentrar o local em que eles se esconderam. Jenna ainda acha isso uma burrice, mas está preparada caso algo dê errado.

—— Lembram do que fazer. - Henry entrega uma arma para os dois, enquanto eles se aproximam da dupla. Henry vai até o homem e aponta a arma para ele, Jenna faz o mesmo com a garota.

—— Joel! - A garota acorda o homem enquanto a Moore aponta a arma para sua cabeça.

—— Não precisa pensar no que dizer. Não queremos ferir vocês, só ajudar. - Henry explica.

—— Tá bom. -O homem responde.

—— Não sei qual é o próximo passo em uma sintuação dessas. Mas se eu abaixar a arma... Não ferimos vocês, então não machuca a gente. Tá? - Henry continua e todos o encaram.

—— Está bem. - Ele responde sem passar muita confiança.

—— Porra para de falar assim! Parece que vai matar a gente. - Diz Jenna começando a se estressar com o tom do homem.

—— Ele é sempre assim. Ele tem essa voz de babaca. Joel fala que está tudo bem.

—— Está tudo ótimo. - Fala em um tom menos confiável ainda.

—— Cara. - A garota suspira.

—— A gente vai confiar em vocês. - Henry explica para o Sam pelos sinais. —— Mas se alguém fizer alguma coisa...

—— Posso sentar?

—— Pode. Devagar.

—— Quem são vocês?

—— Eu sou o Henry. Esse é meu irmão Sam. Ela é a... - Ele deixa a garota falar seu próprio nome.

—— Jenna. - As duas garotas fazem um pequeno contato visual.

—— Eu sou o cara mais procurado de Kansas City. Mas eu acho que você está quase me alcançando.

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𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗘𝗩𝗜𝗟 𝗘𝗬𝗘𝗦, ellie williams Onde histórias criam vida. Descubra agora