𝗧𝗛𝗘 𝗗𝗘𝗩𝗜𝗟 𝗘𝗬𝗘𝗦, ellie williams

𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗧𝗪𝗢

❛ O PLANO ❜

Eles estão em volta de uma mesa falando sobre o plano de Henry. Enquanto Jenna está mais afastada. Ela já sabia sobre o plano então não prestou muita atenção na explicação.

—— Jenna. - Henry a chamou, ela se virou para olhar o mais velho. —— Como vamos atravessar?

—— Pelos túneis. - A garota responde. —— Você já me falou isso umas mil vezes.

—— Vê se presta atenção. - Ele dá um sermão, fazendo a garota ir até a mesa e sentar em uma cadeira.

—— Tem metrô em Kansas City?

—— Não, mas tem túneis de manutenção. Vários prédios foram construídos pela mesma empreiteira, todos tem túneis de acesso. - Henry explica. —— Inclusive um banco. Entramos por aqui, passa por baixo e sai por aqui. Tem um aterro do outro lado das casas. Atravessamos a ponte do rio... E liberdade!

—— É um ótimo plano. Precisa de mim pra que? - Joel pergunta.

—— Não reparou nada estranho nesse lugar? Além das bizarrices que já viram.

—— Não tem infectados? - Ellie Pergunta.

—— Tem infectados, mas não na superfície. - Henry afirma. —— A Fedra prendeu todos eles lá em baixo há quinze anos. A única coisa boa que esses facistas fizeram.

—— E você quer que a gente entre nos túneis? - O homem pergunta intrigado.

—— Todo mundo pensa que está cheio de infectados. Inclusive a Kathleen, então não vamos esbarrar no pessoal dela. - Ellie e Joel começam a se questionar sobre o plano. —— Mas quer saber um segredo... Está vazio.

—— Você já desceu?

—— Não. Mas um soldado da Fedra que eu trabalhei disse que estava vazio. Eles limparam tudo. - Henry diz.

—— Quando?

—— Há uns três anos. - Joel suspira em resposta. —— Pode ser que tenha um ou dois, mas vocês dão conta. A Jenna também sabe matar infectados e...

—— E se tiver mais?

—— Ou um daqueles que parecem morcegos? - Ellie pergunta, mas soa mais com uma afirmação.

—— Virão um estalador?

—— Dois. - O corrige.

—— E ainda tão vivos? Viu só. São as pessoas certas. Se a coisa ficar feia lá em baixo, a gente vira e volta por onde a gente entrou.

—— Esse é seu grande plano? - Joel debocha se aproximando de Henry.

—— Não, esse é meu plano arriscado para caralho! Mas pelo o que eu estou vendo, é a única chance.

—— O que eles estão dizendo? - Sam bate na mesa.

—— Eles estão falando que vão nos ajudar a fugir. Não é? - Henry afirma olhando a dupla. Jenna deixa um leve sorriso escapar mas logo o desfaz ao perceber o olhar de Ellie nela.

Eles saem do prédio e vão a caminho dos túneis. Sam está ao lado de Jenna, os dois criaram um laço forte em tão pouco tempo. Henry os observa feliz. É bom finalmente ver seu irmão animado com algo depois de tanto tempo.

—— Precisamos sumir de vista. - Joel diz ofegante ao entrarem em um prédio.

—— Eu acho que é por ali. - Eles seguem o caminho e chegam a uma porta, o grupo abre e se deparam com uma escada.

—— Acho que é por aqui. Prontos?

—— Pega sua arma. - Ellie tira uma arma de seu bolso. Jenna resmungou por não ter nada além de sua faca. O grupo finalmente chega aos túneis. O caminho é escuro. A única iluminação é de suas lanternas.

—— Viu, tudo vazio. Deu tudo certo.

—— "Deu tudo certo"? A gente está aqui a dois segundos. - Joel responde pessimista, mas com motivos.

—— Seu pai é meio pessimista. - Henry diz a Ellie.

—— Ele não é meu pai.

—— Não sou pai dela. - Os dois respondem em conjunto. —— Aponta a lanterna pra frente. E se prepara pra correr.

Ellie puxou Sam para perto de si e Jenna se aproximou da dupla. Depois de andarem mais um pouco naquela escuridão, eles chegam em uma sala cheia de brinquedos. O garotinho sorri e olha para Jenna, ela retribui o sorriso contente pela animação do mais novo.

—— Já ouvi falar de lugares assim. Gente que desceu para debaixo da terra depois do dia do surto. - Joel comenta.

—— O que aconteceu com eles? - A Moore pergunta curiosa.

—— Podem não terem seguido as regras e acabaram infectados. - Jenna suspira e começa a observar a sala. Ellie faz o mesmo.