Os próximos dias passaram com uma névoa para Draco.
A primeira vez que seus olhos se abriram, seus olhos se fixaram em uma mulher, inclinando-se sobre ele e trocando as bandagens que cobriam seu peito. Seu rosto estava coberto pelos fios sedosos de cabelos loiros brancos que caíam sobre seu ombro, quase longo o suficiente para roçar seu peito nu acima de seu ferimento.
— Mamãe… — o chamado saiu em um sussurro carinhoso. A mulher congelou, virando seu lindo rosto para o jovem enfermo.
Os olhos que encontraram os dele tinham o mesmo tom chocante de prata pálida que os de sua mãe, mas o rosto suave em forma de coração não tinha nenhuma das características marcantes que ele associaria com sua progenitora.
Fleur Delacour.
— Fique calmo, está tudo bem, Draco. — murmurou Fleur — C'est sûr ici. ( trad: É seguro aqui.)
A pronúncia familiar do francês o atingiu como um golpe físico quando ele percebeu por que era Fleur e não sua mãe quem cuidava dele.
Narcisa Malfoy estava morta. Ele a matou com sua traição ao Lorde das Trevas, tão certo como se ele mesmo tivesse lançado a maldição da morte. Ele soltou um soluço abafado, e os olhos da mulher à sua frente — os olhos dolorosamente familiares — se encheram de pena.
— Ela se foi. Minha mãe se foi — A dor disso era insuportável. Os braços ágeis o envolveram, e então ele estava soluçando no ombro da mais velha, o ombro dessa mulher que ele mal conhecia, deixando sua mente encontrar consolo na maneira como o toque em seu cabelo platinado, lembrava o toque da sua mãe que ele acabara de perder.
— Shhh. Reste, cher poussin — ela murmurou suavemente em seu cabelo, sua voz surpreendentemente reconfortante, apesar do fato de que eles mal se conheciam. Ela parecia entender o que ele precisava, porém, dando-lhe alguns momentos para soluçar antes de pressionar gentilmente um pequeno frasco em sua mão. Ele mal olhou para a poção antes de tomá-la. Era uma poção para dormir sem sonhos, mas no momento ele mal se importava, contanto que isso o tirasse de sua miséria. Ele se deitou e se deixou cair no esquecimento. ( trad: Fique, querido menino. )
A próxima vez que ele acordou, foi ao som de vozes murmurantes, discutindo em sussurros do lado de fora de seu quarto.
— Ele tem informações valiosas, Ronald. E ele salvou nossas vidas!
— Bem, nós o salvamos também, não foi? Além disso, o que faremos se ele se virar contra nós e contar todos os nossos planos para Você-sabe-quem?
— Ele nos libertou. Ajudou-nos a escapar e permitiu-nos matar um dos Comensais da Morte mais leais no processo. Não há como voltar atrás depois disso. E mesmo que Voldemort o perdoasse, você não conhece Draco se pensa que ele trabalharia com os monstros que mataram sua mãe.
— Eu não conheço o Malfoy? — A voz de Weasley se elevou agora com incredulidade — O que caralho deu em você, Harry? E desde quando ele é Draco?
Ele gostaria de saber a resposta para a pergunta do Weasley, mas Potter não respondeu. Em vez disso, houve um momento de silêncio, um momento que ele apostaria sua varinha que Potter e Weasley passaram olhando um para o outro. Finalmente, Potter falou novamente.
— Vou dar a ele uma escolha, Ron. Se ele quiser se juntar a nós, ótimo. Usaremos toda a ajuda que conseguirmos ter.
— Pelo menos faça-o fazer o voto!
— Não! Eu disse a você, um Juramento de mago é o máximo que estou disposto a ir. Um voto quase tirou a vida dele três dias atrás, eu não... não vou colocá-lo nessa posição novamente. Eu não sou Ele.
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The Lies We Tell Our Children ( Tradução )
Fanfiction- Harry! - Ele olhou para trás para ver o rosto de seu mentor, pálido sob a poça de sangue e cinzas que o cobriam. Seus olhos dourados estavam arregalados quando se fixaram em Harry, parecendo quase nervosos. - Não há tempo! - Draco gritou, agarrand...