ESTROFES DE DESESPERO

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Escrevo e reescrevo
Eu sigo e persisto
Quantos textos eu perdi em minha mente?
Quantas dores eu não cataloguei?
A sociedade me machuca
A minha esperança desvanece
Sinto-me um fracassado
Sinto-me superficial em meio minha própria complexidade.

Corpos secos me rodeiam
Angustiados por seus vícios
Não me sinto satisfeito com aquilo que eu faço
Eu faço e refaço
Eu os deixo de fazer
Cansei de agradar a todos
Eu queria ser ruim e apático
Mas infelizmente eu não sou.
Eu não me sinto amado, e este sentimento corrói meu interno.
Não sou capaz de amar, meu amor nunca será o suficiente, não para os outros.

Este sou eu, escrevo sem rumo e sem caminho,
Apoiando-me na anárquica escrita do papel.
Escrevendo todo meu desespero e minha dor.
Esta são minhas linhas, minhas prosas.
Não sou bom nem naquilo que tento representar.
Meu desespero persiste,
E em viver eu insisto,
Mas uma hora eu desisto.
Para até que eu levite.

-Luiz de Souza

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