Entorne até a borda
Pendurado sob uma corda
Jogai-me sobre a mesa
Beber-me até que eu esqueçaAproxime-me este cálice
Com seu vinho vermelho vibrante
Seu gelo sempre calmante
Matar-me da dor de ser um amante.Meus vícios e maus hábitos
Nunca os abandono, apesar dos fatos
Traí-me ao pensar em esquecer
Considerei-me tornar a morrer.Veias sempre geladas
Mãos sempre flácidas
Minha heroína, o meu ópio
O cálice dourado de meu podre espólioPai, afasta de mim este cálice
Faça com que as vozes apenas cale-se
Faça que meus tormentos simplesmente acabem
Impeça-me que de que minha dor um dia mate-me.—Luiz de Souza
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OS FRAGMENTOS DO LIMBO
PoetryQuantas histórias não são contadas? Quantas paixões não são decladadas? Todas caminham para o limbo do esquecimento, lá, há amores perdidos, canções jamais ouvidas e textos jamais lidos. Neste livro, há poemas nos quais cairiam no esquecimento, no m...