7- Pouco a Pouco

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Uma história que começou como uma rivalidade acadêmica e se tornou um sentimento poderoso em outro continente é algo inimaginável. Elas finalmente estavam deixando todos os seus sentimentos fluírem. Rebecca ficou muito contente de Luíza tenha saído de sua bolha de proteção e se deixado viver. Ela não tinha dimensão dessa relação, mas os olhares de Valu diziam sem precisar verbalizar. Depois que consumaram o tão imaginado beijo e terem dançado por algumas horas e muitos beijos depois. Elas resolveram caminhar pela iluminada cidade luz durante a madrugada de mãos dadas, sorrisos frouxos e olhares bobos. 

- O que tá acontecendo com a gente, Valentina? Tipo... é tão surreal.

- Eu sempre soube. Mas como você cortou as minhas asas.

- Ah soube é? Mesmo eu sendo tão reativa com você?- Disse selando os lábios da fotógrafa.

- Existe uma energia entre nós. E eu duvidei dela por sua causa.

- Você entende o quão difícil foi essa transição de "ódio" por você para encantamento e admiração?

- Lembrando daquela Luíza da faculdade que tinha as suas convicções estabelecidas sobre mim. Eu tenho uma noção.

Elas riem

- Valentina, Valentina. O que você fez comigo?

- Eu só te mostrei o melhor de mim. Você não resistiu, simples assim.

- Fiquei com saudade desse seu jeito convencido. 

- Tá vendo? Você é muito emocionada, Luíza. Até parece sapatão.

Luíza bate no braço de Valentina.

- Idiota. Eu que sou a emocionada?

- Nós somos, Lu. Posso te pedir uma coisa?

- Ih... sei não hein.

- Tudo bem. Eu posso voltar pra festa e dar atenção as minhas fãs- Falou fingindo ir em direção a festa e Luíza a pegou pelo braço.

- Você gosta de provocar né, Valentina? O que você quer?

- Eu quero que você passe a noite comigo. Mas antes de você se desesperar, eu não tô falando pra gente transar, Ok?!

Luíza a olhou com duvidas. 

- Como assim, Valentina?

- Eu sei que esses dias tem sido imersivos pra gente. Mas tem tanta coisa que eu sinto que a gente tem que conversar. Um ambiente só nosso. Entende o que quero dizer?

- Oh... é... será? Tá tudo muito rápido.

- Eu não sei você, mas eu tenho urgência. Tipo fazer desses últimos dias valerem pelos nossos 4 anos de faculdade. Não temos tempo a perder e eu não quero que a gente seja uma aventura em Paris.

- Eu tenho medo, Valentina. O que eu sinto por você já tem uma potência dentro de mim. Se a gente se apegar ainda mais vai ficar difícil.

Valentina se colocou de frente a Luíza segurando o seu rosto com as duas mãos.

- O medo não pode dominar a gente. Não existe essa opção. Eu te quis por tanto tempo e agora que eu te tenho não quero recuar.

Luíza mergulha naqueles olhos verdes tão perigosos e intensos.

- No seu hotel ou no meu?

Valentina abriu um sorriso gigante dando um longo selinho.

- Eu acho que eu não te disse o quanto você tá maravilhosa nesse vestido. 

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