Luíza e Valentina são recém formadas em Direito e viviam em pé de guerra nos 4 anos de curso. Mas uma viagem faz seus caminhos se cruzarem novamente e uma oportunidade de se conhecerem de verdade
- Amor, eu deixei alguns papéis aqui na sala. Você não viu? (Valen)
- Quantas vezes eu vou ter que te dizer pra prestar mais atenção nas suas coisas. Olha essa bagunça. Aqui não é o seu escritório (Luíza)
- Nem tá tão ruim assim. Não seja tão perfeccionista (Valen)
- Eu quero essa sala como era antes. Sem mais nem menos. Tô atrasada, beijos (Luíza)
Ela saiu.
Luíza estava cada vez mais irritadiça por conta do escritório. Isso reverberava no relacionamento. Valentina havia comprado um carro para elas, a levado em restaurantes caros. Algo que Luíza já havia conversado com a namorada. Mas parece que não surtia efeito. No aniversário de namoro Valentina levou a dançarina num dos restaurantes mais luxuosos do Rio de Janeiro. Quando Luíza quis pagar a conta a fotógrafa não deixou. Na volta para a casa uma DR estava prestes a acontecer.
- Então é assim. Você vai querer me bancar (Luíza)
- Não acredito que você tá falando isso só por eu ter pago a conta do restaurante(Valen)
- Não é só por isso. É por você sempre estar a frente de pagar qualquer lugar que a gente vá. Daqui a pouco vai querer pagar os meus boletos também (Luíza)
- Amor. Do que se trata isso? Esse sarcasmo, essa acidez. Eu não estou querendo te bancar. Até porque você não aceitaria (Valen)
- E mesmo assim você me atravessa. Essas suas extravagâncias e nem pensa em racharmos a conta (Luíza)
- Eu que marquei, eu pago. Não tem nada demais. Você está fazendo as suas economias, amor. É para um bem maior (Valen)
- Então tem me convidado para muita coisa. Já que eu nunca pago nada. Você voltou a ser aquela patricinha sem noção. E essa bagunça. Já tem dias que falei pra você arrumar. Eu não sou sua empregada (Luíza)
- Desse jeito não dá, Luíza. O que tá acontecendo com você? Não é de hoje esse seu comportamento. Do nada você começou a me atacar. É nosso aniversário de namoro, cara (Valen)
- Do nada? Eu já falei pra você diversas vezes. Então não diz que é do nada (Luíza)
- Mas a sua atitude está sendo desproporcional (Valen)
- O que é proporcional pra você? Eu falo, você diz que entende e depois volta a fazer? (Luíza)
- Eu não vejo nada demais em querer te levar em alguns lugares mais sofisticados (Valen)
- Porque alimenta o seu ego. Você está adorando estar nessa posição. A namorada bem sucedida que ostenta passeios caros (Luíza)
- Quê? É lógico que não. Pelo amor de Deus, Luíza. Olha o absurdo que você está dizendo (Valen)
- Eu não sei se é tão absurdo assim (Luíza)
- Nós não vamos resolver nada desse jeito. É melhor você esfriar a cabeça. Eu vou dar uma volta. Depois a gente conversa (Valen)
Valentina pegou a chave da sua moto e foi buscar sua jaqueta no quarto. Enquanto Luíza a seguia, pois não desistiu da conversa.
- Foge. É isso que você sabe fazer (Luíza)
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