BÔNUS

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Uma conversa entre Jason e Aruna.

—Jason, eu posso... me sentar?— me aproximei lentamente dele, que estava sentado em um sofá das diversas salas da mansão.

Seus olhos me encontraram, automaticamente procurando ferimentos. Ele assentiu e chegou para o lado.

—Está tudo bem?— ele tombou a cabeça. —Bruce te fez algo?— sua expressão se tornou em uma carranca.

—Ele não fez nada.— sorri e coloquei uma mão por cima da sua, voltando a minha expressão séria de antes. —Eu... preciso lhe contar algo.

Seu corpo se tensionou. Respirei fundo e o encarei nos olhos.

—É sobre o dia da sua morte. Se sente confortável que eu fale sobre aquilo?

Ele assentiu.

—Seu pai, ele... se atrasou por minha causa.— limpei uma lágrima solitária e tentei me conter. —Eu pedi que ele ficasse por mais dez minutos. É minha culpa que ele tenha se atrasado e você tenha ido sozinho.

Aparentemente, Jason continuava estoico. Mas quando eu menos esperava, ele me abraçou. Foi tão confortável, me dizendo tudo sem falar uma palavra.

—Não foi sua culpa.— ele deitou sua cabeça em meu ombro. Senti uma lágrima sua escorrer ali. —A verdade é que não foi culpa de ninguém. Muito menos sua.

—Mas se não fosse por mim, você-

—Nem pense em terminar essa frase.— ele me interrompeu. —Você é o mais perto de uma figura materna que eu tenho, Aruna. Não quero que pense que foi sua culpa. Nem por um segundo.

Também não consegui me segurar e chorei abraçada com ele, que acabou dormindo no meu colo algum minutos depois. Ele deve estar excessivamente cansado das patrulhas.

Não querendo acordá-lo, apenas fiquei ali abraçada com ele, e acabei dormindo também.

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