Capítulo 8 - Te esperei, como a lua espera o dia

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— Sinto muito por tudo que passou sozinha, por mais que tentasse não conseguia emergir e te proteger. — a loba confessa com pesar profundo.

— Eu sei, agora entendo aquela sensação estranha que tinha, sempre que passava por aquilo, algo me dizia que não estava só. — desvio meu olhar da paisagem verde a nossa frente, olhando a grande loba de olhos azuis. — Obrigada, só estava esperando por ela, não é?

— Sim, Wandinha Addams é nossa companheira de alma, nossa âncora que nos prende a essa realidade. Agora que tem a certeza, o que pretender fazer?

— Dou um sorriso pequeno — Assim que acordamos irei declarar meus sentimentos, se precisar irei esperar por ela. O que me diz?

— Concordo, espero que se resolvam, quero uivar para lua e agradecer a dádiva de encontrar nossa companheira. agora descanse minha criança.

Addams estava ao lado de Lúcifer, o rapaz estava desacordado a dois dias, assim como Enid, mas hoje de manhã ficou sabendo que a mesma voltou a respirar por conta própria, então tiraram a intubação agora era esperar a garota lobo acordar.

— Que horas são? — meu corpo estava todo moído, além de um gosto horrível na boca, assim que sentei as memórias caíram com bombas em sua cabeça, ele fica horrorizado por ter mordido Wandinha.

— Nem comece idota, só estava defendendo Enid, uma mordida dessa não é nada, enfrentaria qualquer coisa por ela. — encarou o loiro — Não se preocupe, de toda forma, só pela forma que deixou o irmão da Sinclair te desculpar.

— Sinto muito, nunca iria te machucar de propósito, só .. o jeito que a Enid estava me deixou puto de raiva. como um irmão pode ferir a própria irmã assim? Como ela está?

— Ela ainda não acordou, mas está melhorando — Yoko responde o amigo — Estou feliz que acordou, seus pais vieram mais cedo, provavelmente amanhã eles voltem para te ver.

— Ela tem razão, mais uns dias a Enid estará de volta, agora coma para se recuperar. — fico de pé pronta para sair, já que a enfermeira estava entrando com comida e para verificar os curativos.

Alcateia São Francisco

— Não entendi a convocação Alfa — ainda estava me recuperando do ataque daquele moleque, não esperava que um tardio teria tanta força.

— Odeio enrolação por tanto, serei direto! Se você e qualquer membro do seu clã está proibido de se aproximar de Enid Sinclair até segunda ordem, recebe uma ligação informando a sua incursão fracassada. Como ousa mancha o nome dessa alcateia agindo de tal forma.

— A forma que educo minha filha não lhe diz respeito alfa, com todo respeito que lhe tenho. — seguro a língua para não responder de forma grosseira.

— Meu pai tolerou muitas coisas ao longo do seu comando sob essa alcateia, mas não irei mais tolerar certas coisas, a diretora falou que está proibida de ir até lá, concordei com ela. Por tanto, não pensei em fazer nada contra a sua filha.

— Sou a mãe dela, tenho meus direitos, caso não possa educá- la irei tirar ela da escola, se parar de pagar a mensalidade quero ver se não me dão permissão. — falo com deboche.

— Basta — usar a voz de alfa — Serei mais claro Sinclair, pare de pagar, ou ameace tirar sua filha de lá, e confisco todos os bens de sua família, ficará sem um tostão no bolso. Agora vá antes de que lhe dê uma lição que merece.

— Dou um passo em sua tiração, quando seu beta aparece ao meu lado com suas garras a poucos centímetros do meu pescoço. — Como deseja Alfa — me afastei indo em direção a saída.

A dança entre o lobo e o corvoOnde histórias criam vida. Descubra agora