POEMAS ALEATÓRIOS

metro

O espaço estava solitário
As cadeiras frias de tanto esperar
O sol começava aos céus pairar
Até me esquecia do salário

Aqueles segundos de calma
Enquanto tudo se movia pela janela
A cada estação eu podia ver aquela
Talvez tão pequena alma

A calmaria da manhã tão discreta
Pouco parecia que lotaria em breve
Com aquele clima tão leve
Não percebia a correria pela meta

Alguns corriam outros andavam
Mas sozinho em meio a multidão
Talvez seja minha ingratidão
Mas eu via o quanto calavam

O tempo corria sem parar
As estações iam embora
Enquanto eu explorava mundo a fora
Eu não posso esquecer de aproveitar

As vezes a cobrança é tão grande
Que o metro nunca para
No final das contas
Foi apenas mais uma estação