disparo

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Pelo soar do anoitecer
O desejo da morte é iminente
Aparenta uma ideia carente
Pelo desejo de adoecer

A insana ideia de uma arma apontada
O desespero do mundo
Apodrecendo com canalhas imundos
E esperando seu fim arquitetada

Não existe a ideia do poeta não sentir
As experiências correm
Os teatros se abrem
Enquanto a pobre alma começa a sumir

Não existe desespero
Apenas o peso da sentença
Estruturada e calculada tal falência
A falha na moldagem do ferreiro

Não quero mais ninguém
A solidão me espera
A violência despertou tal fera
Esperando apenas o disparo

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