Há segredos escondidos, esperanças mortas e verdades perdidas. Um relacionamento ruim levará mãe e filha a uma fuga desesperada à Forks e ao centro da família Cullen.
AMBER precisa manter sua filha segura, mesmo que doa retornar para o lugar que ela...
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❝ I know how you feel inside I've
I've been there before
Something is changing inside you
And don't you know... ❞
(Don't Cry - Guns N' Roses)
AS HORAS PARECIAM SE ARRASTAR em meio ao meu desespero. Minha mente trabalhava em achar um meio para aliviar meu estresse, pois a minha perna balançando embaixo da mesa não era o suficiente. Debrah tinha guardado as compras, feito o jantar e não me incomodou quando me tranquei no quarto após retornarmos de encontro repentino com Charlie. Aquilo nunca aconteceu. Anos e anos de mudança e a clara certeza de nunca olhar para trás jogados no lixo, mas sem nenhum arrependimento. Eu poderia fugir para qualquer lugar... se estivesse sozinha. E não podia deixar que mais tempo passasse sem me culpar e ver que minhas defesas e fugas são fracas e estúpidas quando minha filha grávida está sendo perseguida por um psicopata.
— Eu preciso sair. — Anunciei, pegando as chaves do carro. Debrah estava na sala, conversando ao celular. Por um momento eu travei, com o ar preso em meus pulmões ao olhar o objeto. — Só um momento... — disse ao celular, tirando-o do ouvido e me encarando. — Mãe... tem certeza? — O objeto preto não era da cor de seu celular, me lembrei do comentário dela sobre o celular do simpático empregado da CupCoffe e suspirei aliviada, virando-me para a porta. — Volto logo.
Mesmo as ruas conhecidas de Forks me trouxeram mais angústia e, enquanto dirigia para espairecer a mente, acabei parando na frente da conhecida casa dos Swans, escura e velha. Mal parecia-se com a casa dos pais do Charlie ou com o lugar onde por várias vezes bagunçamos a sala de estar e éramos enxotados para fora pelo Sr. Swan. Sorri tristemente e segui por mais uma quadra, serpenteando entre as ruas e passando por casas de velhos conhecidos, como o Kyle Weber, o antigo baterista apelidado de Primo Coisa, personagem de A Família Addams por causa do cabelo longo, aquilo me fez sentir um grande peso no peito. As lembranças daquela casa não eram tão boas quanto eu gostaria que fossem. Virei em mais uma rua. Lojas antigas foram substituídas por outras casas e casas conhecidas por lojas, às vezes eu passava em frente a casas de antigos conhecidos e outras eu evitava olhar, tal como a antiga casa que Charlie ganhou dos pais para morar com Reneé. Havia uma mulher arrumando vasos de flor na varanda e o homem escorria as poças de lama da entrada. Freei abruptamente, encarando a caixa de correio "Sr e Sra PETTIS". Charlie vendeu a casa? Batidas no vidro do carro me trouxeram de volta a realidade, abaixei o vidro lentamente.
— Está perdida nas ruas? — Sua feição incrédula e divertida. — Para onde está indo?
Cogitei perguntar sobre os antigos moradores da casa, mas me segurei, afinal, supostamente sou nova aqui. Não conheço nada.