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"Cos I'm scared, of all that I dont know

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"Cos I'm scared, of all that I dont know

Cos I want it all but all of it aint gold" 

(Circles - The Eden Project)

HAVIA CONFUSÃO NO ROSTO da minha mãe e, muito provavelmente no meu também. O cheiro de biscoitos recém assados me deixou enojada e por isso, me forcei a encarar o garoto, sorrindo abertamente. Ele parou de falar para me encarar também, havia acabado de dizer novamente seu nome e perdeu a fala.

—  Isso. Mike. Meu namorado! Tcharan! — A garota ao seu lado se intrometeu, chamando a atenção para si. - E eu sou Jessica. A namorada. — ela forçou o sorriso, enlaçando o braço do loiro. — Namorada dele, do Mike. — Reforçou, encarei com tédio evidente.

Aquilo me lembrou um filme teen, sobre filhos de vilões na terra perfeita dos filhos dos bonzinhos e eu quis rir. Se Jessica soubesse da minha vida, entenderia que Mike não é meu tipo. Controlei o sorriso debochado que se formou e passei a língua nos lábios lentamente, eu tinha a provocação perfeita para fazer.
—  Certo. E eu sou Amber e essa é minha filha Debrah. Tcharan! — Mamãe falou apressadamente, repetindo a animação da outra, me impedido de abrir a boca.

Jessica, como você é sortuda, pensei enquanto mamãe abria caminho entre os dois que momentos antes entraram e bloquearam a passagem. Aproveitei a brecha e fui diretamente para o carro. Enquanto girava a chave no carro, vi minha mãe se despedir deles, Jessica me encarava enquanto abraçava o loiro como se quisesse deixar a mensagem de a quem ele pertencia. Mike, por sua vez, estava ocupado acenando para mim com um sorriso largo e animado, abobado... Petético.

—  Foi um prazer conhecer vocês dois, mas liguem da próxima vez para não dar viagem perdida. — Mamãe trancou a porta da casa, ignorando o fato de que Mike morava ao lado da nossa casa.

Acenei de volta para Mike, com um sorriso simples, apenas para implicar com Jessica e virei a cara, ao tempo que mamãe entrou no carro e dei partida, rumo a rua principal.


—  Vamos para onde? — Parei no sinal vermelho, em frente ao hospital de Forks.
—  Pare aqui na esquina dessa cafeteria.

Estacionei e me inclinei para frente, a cafeteria chamava-se CupCoffe, tinha uma placa conceitual pré escolar, imaginei que fosse frequentado por alunos e, na vitrine havia demonstrações de bolos e doces. A placa na porta dizia "precisa-se de atendente". Tirei o cinto imediatamente e peguei a chave do carro, saindo em seguida.

—  Sabia que ia gostar da ideia. — Mamãe se animou, após sair do carro e enlaçar o braço no meu para entrarmos no CupCoffe. — Podemos almoçar juntas e, com sorte, eu consigo ajustar meus horários para sair junto com você.
—  Só se você trocasse seu horário para a madrugada. — Murmurei indicando para ela entrar na frente.
—  Não importa, pode dar certo. Sem contar que posso te ver nos intervalos, é bem visível da porta do hospital.

𝐇𝐎𝐍𝐄𝐘  ; 𝐶𝑎𝑟𝑙𝑖𝑠𝑙𝑒 𝐶𝑢𝑙𝑙𝑒𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora