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❝Walking down the street

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❝Walking down the street

And distant memories

Are buried in the past forever...❞

(Wind of change - Scorpions)

ENQUANTO LIA AS MENSAGENS DO E-MAIL, excluindo sites de empregos e spams, me dei conta de que precisava de internet em casa e que ainda precisava ir em Port Angeles e foi inevitável lembrar do celular da minha filha e de que ainda não tive tempo de procurar seu antigo aparelho.

—  ... Está ouvindo? — Pisquei, despertando dos meus pensamentos. Dr. Snow estava com uma pequena pilha de papéis. E, apesar de tentar ignorar a falante senhora ruiva atrás dele, não tinha muito sucesso. — Preciso de você na sala três enquanto eu tento resolver meus problemas matrimoniais. — ele respirou fundo e conduziu a mulher para fora do hospital.

Deixei a mesa da recepção e me encaminhei para a sala três. Leah, a enfermeira chefe, me adiantou no corredor que um jovem tinha caído do skate. Ao entrar, me deparei com um garoto de, no mínimo, quinze anos e seus machucados não eram ruins, apenas esfoliações. Tratei-o com praticidade, conversando amenidades ou pelo menos, deveria ser. O garoto moreno desatou a falar que estava indo visitar seu amigo no trabalho, que seu pai o mataria se soubesse que ele tinha ido ao hospital e não para casa e depois começou a falar das aventuras em La Push, o que na verdade, explicou muita coisa. A principal é que La Push é a área indígena Quileute, graças a seus conhecimentos em medicamentos naturais o hospital é praticamente desnecessário para eles, exceto por cirurgias. Peguei a prancheta para fazer uma breve receita até me deparar com o nome "Seth Clearwater".

— Clearwater...

—  Sim, senhora? - O jovem sorriu e eu disfarcei a surpresa.

—  Qual o nome da sua mãe?

—  Sue, senhora — Ele sorriu, adorável, ele tinha os olhos de Harry mas não era o sorriso. Harry Clearwater era um seguidor na época da banda, mas não me recordei de nenhuma Sue.

—  Lindo nome, aposto que você puxou a ela. — Ele riu, uma risada infantil e cheia de vida. — Você está bem, não farei uma receita para você e, a verdade, você não precisa. Vamos evitar provas de sua vinda aqui, não queremos ficar em casa e com a sua família brigando na porta do hospital, queremos?

—  Não, senhora! — ele balançou a cabeça rapidamente e com os olhos arregalados.

—  Está liberado.

Após um tchauzinho cheio de energia dele, me vi olhando suas informações, eu tinha tanto a perguntar e tanto o que queria rever, que por um momento me esqueci que meu disfarce ainda era de uma nova e desconhecida moradora. Suspirei quando a realidade e bom senso retornaram à superfície.

𝐇𝐎𝐍𝐄𝐘  ; 𝐶𝑎𝑟𝑙𝑖𝑠𝑙𝑒 𝐶𝑢𝑙𝑙𝑒𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora