O escudeiro em um cavalo branco - BG

Capítulo 7. Para mim

Eu me encarei no espelho.

Como raramente saía, minha pele era branca como um fantasma. E agora, eu usava um vestido que era tão branco quanto ela.

"Ah, você é tão linda! Você parece um cisne voando sobre a neve! Até o sol que brilha em você ficará com inveja de sua beleza e perderá o brilho!"

E foi uma alfaiate familiar que me elogiou com seu amplo vocabulário.

Ela estava lá para fazer os ajustes finais em seu vestido de noiva quase pronto.

A mãe, as empregadas e até mesmo Dana se reuniram para comemorar os resultados.

Fiquei satisfeita com a beleza do vestido na medida em que minha boca se abriu em uma careta, mesmo quando deixei os elogios sem fim fluir da direita para a esquerda.

Só faltava preencher um pouco a cintura, e para meu desgosto, o peito, e aguardar a conclusão. Eu tinha que me certificar de que não engordaria.

Ouvi dizer que Stanley tinha um smoking preto pronto para ele.

Tentei imaginar. Nós dois de pé lado a lado em nossos vestidos e branco e smoking preto era um pouco mais vívido do que eu imaginava no dia em que ficamos noivos.

À medida que a febre que eu estava sentindo no outro dia diminuiu, minha euforia também diminuiu, e eu finalmente consegui pensar seriamente no futuro.

O casamento, na minha opinião, era como trocar metade da sua vida pela outra metade. Metade do bom, metade do ruim.

Se Stanley fez uma boa ação, isso enriqueceu minha vida, e se eu me envergonhei, isso envergonhou Stanley.

Eu me perguntava se havia algo de bom em mim que pudesse ajudar Stanley, já que eu estava vivendo minha vida como eu queria.

Depois de levar a alfaiate até a porta, fui para a sala de estudo com Dana para estudar durante a tarde.

Dana tem estado de bom humor esses dias. Acho que é porque eu estava levando meus estudos a sério.

Eu tinha que fazer o meu melhor. É o que tenho dito ultimamente.

Eu tive que fazer o meu melhor para não ser um fardo para Stanley.

Enquanto caminhava com energia renovada, vi uma figura familiar de costas na frente da porta da sala de estudo.

Aquele loiro escuro com o único laço de cabelo era Stanley.

Ele estava parado no meio do corredor, olhando para uma pilha de papéis e envelopes em suas mãos, o que era incomum para ele.

"Stanley."

Ele não pareceu me notar quando me aproximei dele, então chamei seu nome.

Ele bufou e olhou para cima, então sorriu para mim, as sobrancelhas caídas.

"E aí?"

Eu me perguntei se ele tinha algo a ver comigo, parando todo o caminho até aqui, mas ele não parecia.

"Não me desculpe. Eu apenas me perdi em meus pensamentos e me perdi em um torpor."

"...Oh sério?"

Quando ele respondeu, me aproximei mais do que o normal, agarrei a gola de sua jaqueta para impedi-lo de fugir e olhei em seu rosto.

É difícil ver nas sombras lançadas por sua franja um pouco mais longa, mas havia círculos escuros ao redor de seus olhos.

"Você está bem?"

Estendi meu dedo para os olhos de Stanley, que inclinou a cabeça. Quando tracei as olheiras, vi um raro olhar de leve desânimo em seu rosto.

"Você parece ainda pior do que o normal."