| Tour |

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Draco estava no final do sétimo mês e a barriga estava ainda da mesma forma, o loiro todos os dias agradecia por isso, afinal se a barriga crescesse mais já não seria possível andar.

— Amor!— o loiro chamou correndo da forma que dava, ou seja, de forma lenta e embolada.

Neste momento os dois estavam em um parque, estavam passeando pois fazia bem para Draco e o bebê, e também fugia da rotina deles.

— Já falei pra não correr meu bem.— Harry repreendeu o loiro, enquanto se aproximava com os sorvetes.

— Mas eu queria pegar logo o sorvete.— o mais loiro respondeu todo bicudo, mas logo substituindo o bico por um sorriso ao pegar o sorvete que tanto queria.— Obrigado amor!— falou todo sorridente dando um beijinho na bochecha do marido,  em seguida tomando um pouco do sorvete.

— Vamos sentar?

— Sim!— agarrou com a mão livre a do marido, puxando ele para onde estava a toalha deles, uns minutos atrás eles estavam fazendo piquenique a pedido do loirinho e Harry se aproveitou disso para fazer também um ensaio com o mesmo, claro que se aproveitando sempre da distração do esposo.

— Aliás, por que levantou?

— Já falei, queria o sorvete logo.— respondeu sentando de forma que as pernas ficasse de lado, no pano que ficava embaixo de uma árvore com flores rosas.

— Apressado, espero que nosso filho não seja assim.— resmungou o moreno, fazendo com que o parceiro desse um risinho.

— Amor, aqui.— apontou pra trás de si e o Harry sentou atrás dele, o deixando entre as pernas, isso foi o suficiente para que o loirinho se jogasse pra trás deitando as costas na parte frontal do tronco do moreno.— Hum, já pensou em como vai ser nosso neném?— questionou curioso, erguendo só um pouco a cabeça pra tentar ver o marido, mas daquele ângulo não dava.

— Já sim, eu acho que ele vai sua cópia, tipo, os olhinhos, o narizinho arrebitado, com o cabelo loirinho.— citou com um sorriso bobo se formando no rosto.

Para Harry imaginar como seu filho seria era como uma brincadeira de adivinhação, afinal ele podia pensar que era de uma forma, mas o bebê poderia ser de forma diferente, sendo assim ele só saberia a resposta para sua "adivinhação" quando estivesse com os filhos nos braços.

— Eu quero muito que ele seja como eu.— o loiro falou, fazendo Harry o fitar enquanto lambia a bola de sorvete.— Mas quero que ele tenha sua personalidade, seja forte, corajoso, amável, paciente...— o loiro enxugou uma lágrima que escorreu e mordeu a casquinha do sorvete.— Eu realmente agradeço muito por ter você como marido.— fungou e logo riu, recebendo um selar na testa, um gesto de carinho que o Harry sempre fazia até mesmo quando eram só amigos.

— Eu também agradeço muito por ter você como esposo, por ter você na minha vida.— o moreno respondeu calmamente beijando a bochecha macia e cada vez mais gordinha.— Eu acho que eu nunca estaria pronto pra ser pai...

— Como assim?

— Você iria me pedir sempre, mas eu sempre negaria porque eu tinha medo de ser pai e fazer merda, eu não ia suportar se algo acontecesse...— explicou.

Para o moreno ser pai era algo que estava longe de acontecer, ele tinha medo, uma grande medo de não saber fazer algo, de não ser um bom pai. Antes com todas as letras o moreno afirmaria que jamais cederia a essa vontade do loiro, mas agora, com seu filho já na barriga do esposo, sentia algo diferente, não é medo, talvez um pouco. O mais velho só conseguia sentir nervosismo, ansiedade, e amor, muito amor, pois agora tem uma criança que é sua, seu filho.

  No início pode ter sido difícil acreditar e até mesmo aceitar, mas agora o Harry se sentia incrível e se pudesse voltar no tempo, ele não mudaria nada, teria feito tudo igual, porque a sensação de criar uma família com a pessoa que ama é indescritível.

— Você vai ser um pai excelente amor, e eu sempre irei te apoiar.— o loiro citou sem saber o que mais falar.

— Eu amo você.— Harry falou, abraçando o loiro, que virou um pouco pro lado pra o fitar.— Obrigada por ter insistido, por estar me dando uma família.

Draco encarou o marido e fez biquinho, agora suas mãos estavam livres já que, havia terminado o sorvete.

— Para, vai me fazer chorar.— Rebateu dando um tapa no peitoral do mais velho, este que acabou rindo da ação.— Nós dois éramos uma família, nosso filho está vindo apenas para que nós sejamos mais feliz, ele é nosso complemento.— respondeu, deslizando uma mão pela barriga grande.— Agora, me dá seu sorvete?— pediu fazendo uma carinha fofa.

Harry quase gargalhou, mas poxa, era seu sorvete, ele nem comeu direito!

— Por favor...— Draco manhou.

— Tá, pega.— entregou ao grávido, fazendo uma careta emburrada, que logo foi substituída por uma faceta sorridente, ao ver a reação felizinha do loiro.

— Melhor marido do mundo!— disse ao pegar o sorvete da mão grande, logo começando a comer.

Harry acabou achando graça, e esperou o garoto acabar o doce para assim levantar e pegar a cesta que trouxe antes, guardando as coisas dentro da mesma.

— Tá, agora a gente vai caminhar né?— Draco questionou apoiando as mãos sobre a barriga, logo sorrindo quando o marido concordou.

O moreno segurou a cesta com uma mão e com a livre estendeu ao esposo que pegou a mesma, entrelaçando os dedos.

— Amor, olha.— o loiro apontou para as crianças correndo e uma mulher correndo atrás desesperada.— Vou rir muito quando você começar a correr atrás do nosso filho.— apontou para o moreno que o fitou incrédulo.

— Por que eu?

— Porque sim.— riu e saiu puxando levemente o marido, assim começaram a andar pelo caminho do parque.

Conforme caminhavam, crianças corriam por perto deles, brincando entre si, fazendo  o casal sorrir e ficar contente com aquela imagem

— Com certeza vamos trazer nosso filho aqui, quando ele crescer.— Harry comentou sorrindo, acariciando a mão do loiro com o polegar.

— Sim!— citou sorrindo.

Após um tempinho caminhando eles pararam perto de onde tinha brinquedos infantis, e tinha algumas crianças brincando.

— Quero ir pra casa.

— Já?— o maior fitou o menor, levando a ponta dos dedos para a franja do outro, jogando para trás, mesmo que voltasse para frente.

— Sim, meus pés estão começando a doer.— balançou os pés e sorriu.— Eu gostei do nosso passeio! Vamos fazer de novo?

— Vamos sim, amor.— beijou a testa do menor.— Vamos pra casa, vou te fazer uma massagem gostosinha.

— Oba!— abraçou o braço do marido, sorrindo contente enquanto seguiam em direção ao carro.

Para ambos aquele dia foi tranquilo, somente os dois e a natureza, o ar puro, era tudo que eles precisavam.

Two Man and a BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora