| Little Scorpius |

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Quando crescemos somos rodeados e outras pessoas, seja elas parentes ou amigos, até mesmo desconhecidos, com isso começamos a achar que sempre teremos amor e que não precisaremos amar outra pessoa, que nosso amor será nosso mesmo.

Ah, isso é uma grande tolice.

Quando Harry entrou na faculdade de fotografia, este jamais imaginaria que se tornaria tão...como posso falar?

Maduro, calmo, caseiro.

Não podemos dizer que ele era um adolescente cheio de fogo, pois também não era assim, sempre foi meio termo, saía quando o convidavam, ia a festas para brincar com os amigos, e claro que no meio dessas brincadeiras ele beijava uma boca ou outra, mas não era muitas, sempre foi um rapaz que visava os prós e contras de fazer tal ato. Harry não era doido pra sair beijando diversas bocas, nem mesmo se estivesse com a mente nublada pelo álcool.

Bom, o jovem Harry ou achava que tinha consciência e racionalidade suficiente para fazer escolhas, mesmo com a mente nublada pelo álcool e o corpo agitado por toda a bebida.

Eis um ledo engano do jovem Potter.

Em determinado dia o Potter, sempre tão racional e consciente, acabou passando da conta, fazendo o que sempre não fazia e acordando na manhã seguinte na cama de um cara de cabelos loiros e cintilantes.

Este era Draco Malfoy.

Desde então Harry fugiu do rapaz como um gato foge do banho. Isto até ser encurralado por ele, meses depois de uma conversa estranha ambos estavam namorando. Atualmente os dois moram juntos e tem um filho.

Sabe o papo de seu amor ser só seu? Ele não tem consistência para o Potter, afinal ele ama o esposo e o Potter-Malfoy caçula que ambos tinham.

- Dray? – o Potter mais velho chamou recebendo um olhar nada bom do loiro, este que havia dormido a pouco tempo.- O Scorpius tá chorando...- disse baixo.

Faz exatos dois dias que Draco saiu do hospital com o pequeno Scorp, e nesses dois Draco está lidando com Scorpius que apesar de parecer calmo era um bebê chorão, bom isso quando estava com o loiro, pois quando estava com o moreno, ah, o pequeno não dava um piu.

- Harry. - murmurou, em seguida olhou para o relógio digital na parede, constatando assim que faziam exatos trintas minutos desde que adormeceu. – Eu deitei não faz nem uma hora, para de me infernizar! O Scorpius dormiu ainda agora também só... - seus olhos pesaram novamente, portanto sua voz amaciou. - Pega ele e nina... - sussurrou antes de apagar, deixando Harry nervoso pois o mesmo não sabia pegar a criança sem a ajuda do loiro.

O moreno saiu do quarto com as mãos nos cabelos, desesperado.

- E agora? E se eu o deixar ele cair?- arregalou os olhos assustado com a possibilidade. - Calma Harry, tu vai conseguir. - reforçou, então suspirou.

Caminhou até o quarto do bebê, ao adentrar o cômodo os olhos verdes passearam por cada canto do local, desde os desenhos infantis feitos em um lado da parede até o berço do outro lado do quarto. Seus pés o guiaram sozinhos até o berço, logo o corpo esbelto estava ali na beira, adentrando no campo de visão do pequeno Scorp que parou de chorar e ficou só olhando o pai, parecendo saber todos os pecados cometidos pelo mesmo.

- O que foi filhinho do papai?- perguntou baixinho, temendo fazer o bebê chorar.

Como esperado o mais velho não obteve respostas, apenas uma carinha serena seguida de mexidas de mãos suaves que se fecharam em punho.

- Quer colinho?- questionou baixo, seu olhar antes desesperado agora suave e apaixonado, demonstrando o amor que sentia pelo filho, um amor tão grande e incondicional, algo que ele jamais imaginou sentir.

Two Man and a BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora