ATRAÇÃO

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Oie voltei, tá aqui o capítulo reescrito.
Espero que gostem.
Bjs

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**LUCIEN**

Outro solstício se aproxima, e mais uma vez, recebo o convite que, para ser honesto, preferia ignorar. Mas Feyre foi bem clara: se eu não comparecer, ela mesma virá me buscar.

- Vamos, Luci. Não pode ser tão ruim assim! - diz Vassa, tentando me animar.

- Você só pode estar brincando. Eles me detestam. Não há uma única alma daquele círculo íntimo que goste de mim. Morrigan tem nojo de mim por ser irmão de Eris. Rhysand me odeia pelo que aconteceu com Feyre. Cassian... nem sei o que ele pensa, mas tenho certeza que também não me suporta. Nesta me despreza por ser parceiro de Elain. Amren? Bom, ela odeia todo mundo. E Azriel, aquele encantador de sombras, me despreza por eu ser parceiro da amante dele. E, claro, minha querida parceira... - o sarcasmo transborda da minha voz - além de me rejeitar, não fala comigo, me odeia e tenho quase certeza que tem medo de mim. Não a culpo, afinal, eu estava lá quando ela foi jogada no caldeirão.

Antes que Vassa pudesse responder, alguém bate na porta. Irritada, ela se levanta, pensando que é Jurian.

- Droga, Jurian! Perdeu a chave de novo? - Ela se cala ao ver quem realmente estava na porta. - Desculpe, achei que fosse Jurian - diz ela, surpreendida.

Ao ouvir a voz do outro lado, levanto-me rapidamente e desço as escadas.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto, com raiva, ao chegar à porta.

- Bom dia para você também, Lucien - responde Azriel, com aquele tom debochado que só ele sabe usar, deixando Vassa tão surpresa quanto eu.

Olho para ele, surpreso, mas rapidamente mudo minha expressão para uma debochada.

- Bom dia, Azriel. O que te traz aqui tão cedo? - retruco, com puro sarcasmo.

- Tenho uma carta de Feyre para entregar - ele me estende um envelope. - Sei que não é dia de reunião, mas queria saber se tem alguma nova informação sobre as rainhas.

Ele fala com aquela indiferença característica, sempre com a mesma cara de defunto.

- Se é só uma carta, por que ela não me enviou por magia? E quanto às rainhas, não há nada de novo.

- Me avise se algo mudar - diz ele, virando-se e abrindo as asas para alçar voo.

Por mais desprezível que ele seja, não posso deixar de admirar aquelas asas. Dispenso o pensamento assim que percebo que ele não respondeu minha pergunta.

- Babaca - murmuro ao fechar a porta. Ao me virar, vejo Vassa me observando como se tentasse desvendar algo.

- Tem algo acontecendo aí - ela diz, com uma expressão curiosa.

- O que foi? Por que está me olhando assim? - pergunto, franzindo o cenho.

- Nada, não - ela dá de ombros e vai para a cozinha.

Subo para meu quarto e abro a carta. Feyre me lembra do convite para o solstício e diz que não posso recusar, pois tem algo importante para me contar. Já tenho uma ideia do que seja. Sento à mesinha no canto do quarto e escrevo uma resposta confirmando minha presença.

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**AZRIEL**

Recebi um chamado de Rhysand para ir ao seu escritório, mas ao chegar lá, encontro apenas Feyre.

- Onde está Rhys?

- Na verdade, fui eu que te chamei, Az.

- O que precisa?

- Quero que vá às terras humanas e entregue esta carta a Lucien.

- Você poderia simplesmente enviá-la usando sua magia - digo, não é que eu não queira vê-lo, mas desde que me aproximei de Elain, ele me olha com mais ódio do que antes.

- Eu sei, mas quero que você vá pessoalmente e veja como ele está. Sei que ele está mentindo quando diz estar bem em suas cartas - sinto o cheiro da tristeza emanando dela, mas Feyre logo se recompõe. - Por favor, Az, Lucien foi meu primeiro amigo quando cheguei a estas terras.

Suspiro e cedo.

- Tudo bem - nunca admitirei em voz alta, mas também estou preocupado com ele.

Feyre sorri aliviada e me entrega o envelope. Uso minha magia e logo estou em frente a uma casa simples de dois andares. "Então esta é a famosa Mansão dos Exilados", penso. Nunca estive aqui antes, nossas reuniões sempre eram na Corte.

Bato à porta e espero. Escuto passos apressados e sinto meu nervosismo aumentar, mas ao ver Vassa abrir a porta, fico um pouco decepcionado. Esperava ver Lucien.

Ela abre a porta gritando e, em seguida, pede desculpas, achando que fosse Jurian.

Ouço passos novamente e então ele aparece. Lucien está péssimo, não que eu me importe, mas ele parece estar em um estado deplorável. Minhas sombras começam a sussurrar, dizendo que devemos cuidar dele, que ele precisa de ajuda. Sinto uma atração estranha por ele, ainda não sei o que é, mas minhas sombras se sentem à vontade perto dele, confortáveis... além de ele ser muito charmoso. Aquele sorriso sarcástico... lindo. NÃO! O que diabos estou pensando? Ele é um Vanserra.

Após nossa breve conversa, me viro e alço voo, ignorando sua pergunta. Droga, não acredito que estou atraído pela maldita raposa. Pelos deuses, o que está acontecendo comigo? Aterrisso na Casa do Vento, onde sei que todos estão.

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Espero que tenha gostado da reescrita!

Um final feliz?  (luriel)Onde histórias criam vida. Descubra agora