^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^
---
**ASTHA**
As portas imponentes da sala do trono se abriram com um ranger suave, e adentrei com passos firmes. Meu rei, sentado em seu trono de obsidiana, me olhou com uma expressão de seriedade que raramente demonstrava.
— General, recebi uma carta dos Grão-Senhores de Prythian. Eles solicitaram nossa ajuda para enfrentar uma nova guerra que se aproxima. Vou enviá-la para supervisionar a situação por lá — sua voz era firme, mas havia um toque de preocupação. Não era comum que ele demonstrasse tal emoção, especialmente diante de uma missão de guerra.
— Quando devo partir? — perguntei, mantendo meu tom profissional.
— Amanhã de manhã. Quero que me mantenha informado sobre qualquer desenvolvimento. Se a situação piorar, mandarei mais guerreiros.
— Certo. Há mais alguma coisa que preciso saber? — meus olhos o estudavam, buscando pistas de algo mais que ele talvez estivesse ocultando.
Ele hesitou por um breve momento, algo que raramente fazia, mas então balançou a cabeça.
— Não. Pode se retirar. Faça uma boa viagem, general.
— Obrigada. Fique bem, meu rei — inclinei a cabeça em respeito e me retirei.
Mais tarde naquela noite, desembarquei e fui em busca de um cavalo. Quanto mais rápido eu chegasse a Prythian, melhor. A viagem pelo mar havia sido revitalizante; fazia séculos que eu não navegava, e o som das ondas e o vento nos meus cabelos me trouxeram uma paz que há muito não sentia.
Cheguei a uma pequena vila ao anoitecer, lembrando-me das instruções do rei sobre um chalé oculto nas matas que serviria como meu refúgio. O chalé era encantado, escondido dos olhos humanos por barreiras mágicas. Depois de tomar uma ducha para lavar a poeira da viagem, decidi sair para explorar a área em busca de informações — e comida.
As ruas estavam desertas, e a maioria das informações que obtive eram triviais, nada que realmente ajudasse na minha missão. Ao retornar ao chalé, no entanto, deparei-me com um homem, ou melhor, um feérico, adormecido na fria relva.
Agachei-me ao lado dele, observando suas feições exaustas. Dormir ao relento, nesse frio, mesmo sendo feérico, era uma imprudência. Tentei acordá-lo, sacudindo-o levemente até que ele abriu os olhos, piscando contra a luz fraca da lua.
— Moço, ei, moço! Se dormir aqui, vai acabar doente — insisti, esperando que ele entendesse o perigo em que estava.
Ele abriu os olhos, confuso e ainda meio adormecido. — Quem é você? — perguntou com a voz rouca. — E não fico doente.
— Ah, você é um feérico, não é? — respondi, notando suas orelhas pontudas. — Bom, você não parece muito bem. Meu chalé é aqui perto, pode passar a noite lá, se quiser.
Ele me olhou desconfiado, como se tentasse avaliar minhas intenções. — Não querendo ser indelicado, mas o que faz você achar que preciso de sua pena?
Sorri diante de sua surpresa. — Não estou oferecendo pena — falei com um toque de desafio. — Estou oferecendo um bom banho, uma cama quente, e uma refeição decente. Além disso, sou uma ótima ouvinte, caso queira desabafar.
Ele me estudou por um momento antes de aceitar minha oferta com um aceno de cabeça. — Se eu não for incomodar...
— Imagina. Sou Astha — estendi a mão, ajudando-o a se levantar.
— Lucien — respondeu, apertando minha mão com firmeza.
Caminhamos em silêncio até o chalé, o clima entre nós carregado de um mistério crescente. Ao entrar, o calor do fogo na lareira nos acolheu, e eu o conduzi até o pequeno quarto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um final feliz? (luriel)
FanficElain sabe a verdade? Uma parceria falsa? Quem é você? Finalmente encontramos a felicidade? Lucien se encontra com bastantes perguntas, será que a felicidade chegou para ele? oq acontecerá? oq aconteceu? mentiras, verdades, revelações.