primeiro capítulo

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(Essa história é de duas amigas minhas, ela está sendo postada em outro aplicativo.  Eu tenho a autorização delas para postar aqui. Espero que gostem e, se não gosta, não leia)

꧁༺ Capítulo  ༻꧂

1

Os barulhos da floresta proibida chegavam a ser assustador para algumas pessoas. Não que não fosse compreensível, os constantes barulhos da brisa intensa contras as folhas das árvores altas e robustas, o ranger da madeira e os grunhidos das criaturas eram muito pra assimilar para estranhos.

Mas haviam algumas criaturas que achavam a solidão reconfortante e umas dessas criaturas era um pequeno bruxo que sempre vinha para a floresta proibida no meio da noite para coletar ingredientes para suas poções experimentais.

Ele tinha plena consciência que a floresta podia ser cruel com pequenas e curiosas criaturas como ele, mas ele sempre tomava cuidado para não entrar muito no labirinto natural que eram aquelas árvores.

Ele vestia um de seus casacos gastos e possuía uma pequena sexta que ele próprio construiu para colher ingredientes. Seus braços estavam frios e suas mãos tremiam, o velho agasalho não o protegia mais, porém ele não tinha como comprar outro de qualqer forma.

Amaldiçoando a si mesmo por ter ido colher ingredientes naquele horário, o rapaz se avraçou mais forte que conseguia com a cesta em mãos para se livrar do frio.

Um barulho de galhos quebrando o fez ofegar assustado e, com cautela, olhar para trás.

O medo de ser uma das criaturas mortais o afligiu, ele não estava em condições de se defender de uma morte horrível, lenta e dolorosa.

Ele suspirou aliviado ao ver que o que causou um barulho era, nada menos que, um coelhinho branco que havia claramente machucado sua pata em algum local, pois pulava com dificuldade.

Esquecendo do frio, o rapaz foi até a criaturinha devagar para não o assustar mais. Mesmo que a criatura não tenha o visto ainda.

─ que susto, amiguinho, pensei que fosse uma criatura feroz e mortal ─ ele se ajoelhou ao lado do indefeso animal.

Ao ouvir sua voz o coelho olhou fixamente para ele com seus olhos profundos e vermelhos e tentou pular em sua direção.

─ calma, não vou te machucar ─ o animal ficou parado logo após ouvir isso, mas não parecia assustado ─ você entendeu o que eu disse? Mais inteligente que muitos colegas meus.

O garoto sorriu de suas palavras.

Gentilmente, ele levou suas mãos até a bola de pelos e o colocou em seu colo. Quando tentou pegar a pata machucada, o coelho finalmente reagiu tentando se retrair.

─ calma, calma. Eu só vou dar uma olhada, sim? Vamos cuidar dessa pata e logo você irá saltitar novamente por aí, tudo certo?

O coelho pareceu entender mais uma vez, pois no mesmo momento ficou quieto e deixou o rapaz cuidar de sua ferida como bem entender.

Os pelos brancos estavam manchandos de vermelho, mas não estava quebrado, provavelmente o animal havia se machucado em algum tronco de árvore caído. Retirando um frasco de sua cesta, o jovem derramou sobre a ferida e, logo depois, retirou o lenço de seu pescoço. Ele enrolou o lenço na pata machucada do coelho e logo em seguida o levantou na altura de seus olhos.

─ isso vai te ajudar à cicatrizar mais rápido.

O animal vendo que a dor aliviou, encostou seu nariz gelado no nariz de Severus.

Te esperei por um tempo (Legolas x Severus)Onde histórias criam vida. Descubra agora