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Az e eu decidimos passar o dia em Velaris, um dia antes da nossa cerimônia.
Combinamos de que eu ficaria na casa da cidade para me arrumar com as mulheres da minha família, enquanto Azriel iria para a cidade escavada se arrumar com os homens.
Nesse momento eu puxava Az até meu quarto, seus olhos estavam cobertos por minhas sombras, impedindo sua visão, eu queria mostrar a ele uma coisa.
—Jura que não está as convencendo em te deixar espiar um pouco? -Questiono olhando para meu noivo que riu e balançou a cabeça.-
—Eu tentei, confesso. Mas elas estão inclinadas a te obedecerem cegamente hoje. - Solto uma risada com sua fala e vejo seu belo sorriso.
—Vou abrir a porta e te posicionar. -Falo e giro a maçaneta, abrindo a porta do meu quarto.
Puxo Az, até que ele fique de frente para onde eu queria e paro ao seu lado, vendo se tudo estava certo.
—Pode olhar agora. -Minhas sombras se dissiparam dando a Azriel uma visão completa dos melhores quadros que já pintei dele.
Entrelacei as minhas mãos e fiquei o observando, tentando ler as expressões dele. Az olhou cada quadro, alguns de sua silhueta, outros de suas asas, de seus olhos, seu rosto, a armadura que ele quase sempre usava.
— Você pintou todas esses quadros? - Os olhos dele percorriam cada pintura com admiração e um sorriso desenhando seu rosto.
— Pintei.
— Você começou quando? - Seus olhos pousaram em mim e refletiam curiosidade.
Meu rosto começou a corar e eu desviei os olhos. Az com certeza vai me achar uma stalker maluca ou algo do tipo.
— 10 anos - digo com um sorriso sem graça.
—Você sempre foi sorrateira então. Nunca percebi que estava me observando tanto, bom, não antes dos seus dezessete. -Azriel fala sorrindo, como se aquilo o orgulhasse.
O mestre espião andou até o quadro onde eu o pintei treinando, as pinceladas demarcando bem cada músculo exposto naquele dia, me lembro que ele treinou com meu pai, por isso eu estava lá, arrumei a desculpa de que queria ficar perto para aprender alguns golpes.
—Eu tinha dezoito quando pintei esse. -Informei atraindo a atenção do meu parceiro, que andou até mim e me abraçou forte.
