Me apaixonei pelo meu Sugar Daddy

Aquele parágrafo 5

O tempo ia se passando.
Veio a entrada, o prato principal, a sobremesa e os drinks.
Pela primeira vez em dias comi bem.

Ideia louca da dieta já não existia em mim.
Ali sabia que deveria ter ganhado todos os quilos que perdi. Mas também, não me importava mais.

O garçom veio mais uma vez servir meu copo, mas recusei, já estava sonsa com o vinho.
Eduardo então tirou minha mão delicadamente da boca da taça dizendo:

- Amor, tome mais um pouco, eu cuidarei de você quando chegar em casa. Não faça desfeita ao senhor Lucas.

Lucas com tom raivoso sabendo o que poderia acontecer em casa o olhou dizendo:

- Se ela não quer, não a faça beber. Cada um sabe seu limite.

Eduardo sem graça concordou, afinal não queria ir contra os argumentos do sócio majoritário.
Apenas com o olhar agradeci Lucas.

Conversa vai, conversa vem e chegaram no ponto do contrato.
Todos já haviam bebido demais, apenas Lucas se controlava.

Lucas então colocou seus pontos para que assinasse o contrato, salvando a tal firma da falência.

Lucas levantou o braço fazendo sinal para alguém.
E então, Fernando apareceu o entregando um envelope.

Lucas então continuou:

- Senhor Rogério, essas são as minhas condições para que eu possa assinar o contrato.
Lembrando que entro para ganhar. Te darei um tempo para ler e entender essas condições. Se aceita las sua firma estará a salvo.
Preciso fazer uma ligação e quando voltar quero a resposta. Só te peço que tenha a maior atenção no parágrafo cinco da cláusula 14.

O patrão pegou o envelope sorrindo e logo o abriu, nesse momento Lucas saiu de cena.
Via o sorriso dele se desfazendo enquanto lia aquela papelada. Não sabíamos o que tinha ali, a mesa ficou em absoluto silêncio. Senhor Rogério então olhava os papeis e logo olhava para cada um de seus funcionários. Até que chegou  a vez de Eduardo.

Eduardo estava se sentindo um executivo de sucesso.

Meu telefone vibrando dentro da bolsa, aproveitei a distração do meu marido e fui olhar do que se tratava. Na verdade pensei ser minha mãe ou minha filha. Mas quando abri era de Lucas.

- "Eu vi seu rosto. Nenhuma maquiagem consegue driblar meus olhos de águia."

Me apavorei!

Guardei logo o celular e continuei como se nada acontecesse...

Lucas voltou à mesa:

- Presumo que já tenha conseguido ler as condições que coloquei para que eu possa fazer parte da empresa. Espero também que tenha dado a atenção devida no parágrafo que lhe mencionei.

Senhor Rogério estava branco, ninguém ali sabia o que estava escrito naqueles papéis.

- Fica a seu critério, salvar ou não a sua empresa! Lembrando que as vezes temos que perder para ganhar. - Lucas continuava falando enquanto se sentava.

Senhor Rogério respirou fundo e tentou argumentar algumas coisas, mas logo era cortado por Lucas.

- Essas são minhas exigências, é pegar ou largar. Não tenho todo tempo do mundo não.
Lucas falou firme.

Nunca tinha visto o Lucas trabalhando, o quão sério ele era, mas notava que ele balançava quando olhava para mim.

- E então? - Perguntou Lucas para Senhor Rogério

O patrão olhou para todos e logo disse:
- Eu aceito!

Todos ficaram felizes pela nova entrada na empresa, porém, logo se assustaram com os dizeres do parágrafo cinco.

- Sei que muitos aqui estão querendo saber minhas objeções e exigências para a entrada na firma. Então lerei para todos.

Eu estava nervosa, o meu estresse tinha ido do zero a cem em segundos.

- " O que ele está aprontando, meu Deus!?" - Me perguntava a todo instante.

- Vou resumir as principais exigências. - Lucas continuou.

- Está proibido a partir de agora, horas extras sem remuneração.
- Não poderá levar serviço para casa, já que nosso lar é para descanso.
- Em nenhuma hipótese, os empregados estão no direito de tomar quaisquer decisão sem meu aval.
- E a última e mais importante...