O filho da luz -Aonung&Neteyam-

Are these....feelings?

Nobody's POV ❤️

A noite foi calma para o albino, adormeceu enquanto encarava o pingente de seu colar.. aquela pedrinha, tão brilhante e polida, lhe dava boas sensações.

Acordou com Tuk tocando seu rosto, a garotinha estava bem animada, visto que continha um sorriso enorme no rosto. Ele se levantou de forma preguiçosa, se espreguiçando enquanto ouvia a menina começar a falar.  "Teyam, Teyam! Hoje a Tsireya disse que vai me levar para aprender a fazer roupas e artesanatos! Depois, ela disse que vai deixar eu ajudar a alimentar os ilus!"  A menina dava pequenos pulinhos enquanto falava, Neteyam a achava adorável.

Ele observou sua mãe entrar no marui junto a Lo'ak, este que segurava um pote com algumas castanhas e frutas. Ela se sentou ao lado da fogueira, pegando o pote de Lo'ak e o dispensando, este que foi correndo para fora, parecendo muito apressado para encontrar ou fazer algo.  Neteyam se aproximou, sorrindo para a mãe. "Oel ngati kameie, sa'nok.". Ela respondeu o mesmo. Tuk avisou que estava saindo quando Tsireya se aproximou, indo até Neytiri e a dando um abraço bem apertado, fez o mesmo com Neteyam.

"Quem deu este colar?" Sem rodeios, assim que a menina saiu, Neytiri perguntou, parecendo muito interessada. "Oh... Foi Aonung, acho que como um pedido de desculpas, pelo o que aconteceu..?". O ômega disse enquanto segurava outra vez o pingente, não se cansava nunca de olhar aquele colar, era lindo demais para não ser apreciado. "Hm.. é bonito." Neytiri disse por fim, voltando a se concentrar em cortar as castanhas e frutas.

"Neteyam, Tsireya disse que a partir de hoje você vai ter aulas particulares, com o Aonung."  Neytiri olhou para o filho mais novo, desconfiada. "Por quê?" Neteyam foi mais rápido e perguntou, a cauda fina e albina se moveu, ficando alerta. "Disse que seria melhor, já que você não pode ficar muito tempo lá fora por causa do sol.. e também, Aonung ensina as crianças aqui na vila, tudo se encaixou."  O alfa disse pegando metade de uma fruta que sua mãe cortava, a fazendo rosnar irritada, Lo'ak sempre fazia isso.

"Oh.. tudo bem, onde eu o encontro?" Perguntou curioso, seria legal ter aulas mesmo não podendo ir até o mar.  "Se não me engano, Tsireya disse que ele estaria no marui dele, se quiser eu te levo."  Lo'ak ofereceu, mordendo a fruta com vontade, sentindo o gosto doce se alastrar por seu paladar e fazendo sua cauda balançar sem parar. "Seria ótimo, mano."  Neteyam concordou, sorrindo animado. Neytiri apenas escutava tudo, apenas fingindo não se importar, mas ela era esperta, uma ótima atriz.

Se despediram de sua mãe, alegando que estariam em casa para o almoço. Lo'ak guiou Neteyam até o marui de Aonung, no caminho ele decidiu descontrair um pouco assim que notou o colar no pescoço do irmão.  "Ei, quem te deu esse colar?"  Encarou o pingente, juntando as sobrancelhas em uma expressão indecifrável para Neteyam. "Ah.. a mãe também perguntou, foi Aonung, ele me deu ontem, não é bonito?" Perguntou inocentemente, mostrando o pingente para o irmão, que encarava o colar ainda desacreditado. "Sim.. é bonito."  Disse desviando o olhar, notando que já tinham chegado.

Avistaram Aonung lá dentro com mais três crianças, estes que tiveram suas atenções roubadas por Neteyam e Lo'ak. "Está entregue, até depois, maninho."  Acariciou os cabelos brancos e trançados de seu irmão, saindo dali tão rápido que Neteyam não teve tempo nem para agradecer. "Bom dia, Neteyam, entre." Aonung chamou, a voz dele parecia mais doce? Neteyam achou estranho, mas apenas sorriu e entrou "com licença" se sentou ao lado de uma criança, um pouquinho mais afastado, não querendo assusta-los.

"Tsireya te contou sobre as aulas?" O alfa perguntou, o albino apenas concordou. O herdeiro notou o colar no pescoço de Neteyam, sorrindo largo ao notar que ele estava usando-o. "Sim, ela disse."  Confirmou um tanto envergonhado, as crianças lhe encaravam curiosas, cheias de perguntas, queriam saber sobre o na'vi estranho, queriam perguntar tudo, sobre todas as coisas!  "Crianças, não fiquem encarando, não é legal." A voz do alfa foi suavemente ríspida, repreendendo as crianças.