Where is my happy ending? - Daichi Sawamura

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Uma tentativa de escrever um Angst do meu personagem preferido! Espero que curtam. ❤️❤️

Antes do início da leitura gostaria de sugerir uma trilha sonora para dar um clima:

[Nome] e Daichi levavam uma vida tranquila após a formatura. Ambos sentiam-se realizados com as carreiras que seguiam e felizes com a vida que construíram juntos, mesmo com os pesadelos recorrentes de Daichi a respeito da peruca do vice-diretor.

Daichi atuava como policial na pequena cidade de Miyagi. Era uma cidade do interior, era tranquila durante a maior parte do tempo. E apesar de se sentir um tanto preocupada com a segurança do marido, [Nome] tinha fé que nada de muito ruim aconteceria a Daichi.

Contudo sua situação mudaria drasticamente naquele dia.

[Nome] costumava chegar primeiro que Sawamura em casa, então dava início ao preparo do jantar e esperava pela ligação dele. Um costume obtido desde que o rapaz começou sua carreira na polícia. Daichi sempre ligava para avisar que estava se preparando para ir para casa.

Mesmo tendo sua atenção voltada para o preparo da refeição, a jovem percebeu que seu celular não emitia um único som sobre a bancada da cozinha. Tentou não pensar muito sobre isso, afinal muitas coisas poderiam explicar o atraso da ligação. Contudo a noite já havia tomado a cidade, o jantar já estava pronto fazia tempo e ainda sim não se tinha sinal de Daichi.

O nervosismo começava a aflorar. Seus dedos batiam em um ritmo ansioso sobre a bancada enquanto sua terceira tentativa de entrar em contato com Daichi não encontrava sucesso algum.

Seu estômago vazio agora revirava. Em seu peito um buraco se abria, era quase como se todo o ar de seus pulmões fosse sugado para lá, a impedindo de respirar. Estava decidida a pegar sua bolsa e telefone e ir até a delegacia para tentar encontrá-lo, mas antes que sua mão alcançasse o trinco da porta da sala seu celular tocou.

Atendeu sem nem mesmo verificar o número.

— Daichi?!— ela perguntou atônita para a pessoa do outro lado da linha.

Um silêncio angustiantemenre longo se fez antes de outra pessoa dizer algo.

— [Nome]... — A jovem não sabia se deveria se sentir aliviada ou ainda mais angustiada ao reconhecer quem estava do outro lado da linha. Era Hayato, parceiro de Daichi durante o trabalho —  Você precisa vir pra cá. Aconteceu algo com o Daichi.

A voz do rapaz do outro lado da linha parecia trêmula. Como a de quem estava prestes a chorar. Apesar disso, se manteve firme enquanto dava a [Nome] a direção do hospital.

Estava uma pilha de nervos. Deixou a casa como estava e pegou o carro para se dirigir ao endereço do hospital. Não saber o que havia com Daichi antes era assustador, mas saber que ele estava naquele lugar era ainda mais assombroso.

Não haviam muitas pessoas esperando para serem atendidas quando entrou, tornando fácil encontrar Hayato com o braço enfaixado e curativos no rosto.

O rapaz se levantou assim que [Nome] se aproximou. Lançava ao rapaz perguntas atrás de perguntas antes mesmo de respirar. Entre elas questionava o que havia acontecido e onde estava a recepcionista.

— Ela não deve demorar. — Hayato explicou com uma voz calma, mas [Nome] não sabia dizer se esse tom era para ela ou para o próprio rapaz. —[Nome], acho melhor você se sentar.

O rapaz lhe alcançou um copo de água do bebedouro ao lado. Não demorando para explicar o que aconteceu.

O dia havia sido tranquilo e logo chegou o fim da patrulha, sendo hora de voltar para a delegacia. Mas algo aconteceu na volta, Hayato perdeu o controle do carro fazendo o veículo sair da estrada. O airbag evitou maiores danos aos dois, mas Daichi bateu a cabeça contra a janela durante o impacto. 

O estômago de [Nome] afundava a cada palavra que o rapaz lhe dizia. Daichi foi levado até lá respirando, mas inconsciente. Estava sendo examinado naquele momento para verificar algum trauma.

Após o que pareceu uma eternidade a recepcionista pode ser vista retornando ao balcão. Hayato se levantou junto a ela para a conversa a seguir.

— Estou aqui para saber como está meu marido. O nome dele é Daichi Sawamura. Como ele está?

Hayato pôs as mãos em seus ombros, não deixando que [Nome] a agarrasse pela manga do uniforme.

[Nome] ainda tinha uma faísca de esperança. Um desejo de que no fim tudo acabasse bem e não fosse mais do que um acontecimento ruim. Mas a expressão da mulher fez o que restava de seu mundo desabar naquele momento.

A recepcionista continuava a falar, mas para [Nome] tudo ficou silencioso após as palavras "Sinto muito".

Suas pernas perderam as forças. Hayato no estado em que estava não conseguiu segurá-la antes que caísse no chão. Sua expressão era de choque, um choque tão grande que as lágrimas tardaram a trilhar seu rosto. Mas logo ela já não podia mais contê-las.

Por quê? Por quê isso precisava acontecer?? Ela e Daichi estavam felizes. Eles precisavam ter um final feliz.

Então, por quê?!

— [Nome]. [Nome]... — seu nome podia ser ouvido. O som era abafado no começo, mas ficava mais nítido ao mesmo tempo em que a recepção do hospital ficava cada vez mais embaçada.

De repente [Nome] abriu os olhos. A primeira coisa que viu foi o teto iluminado de forma parcial pela luz do abajur a sua esquerda e não demorou para que Daichi surgisse em seu campo de visão.

Sua expressão era de preocupação. Chamava pela esposa como se querendo acordá-la de um sonho ruim.

Aos poucos [Nome] recobrou os sentidos, podia sentir suas bochechas molhadas e percebeu que estava chorando enquanto dormia.

— Está tudo bem? — Daichi perguntou enquanto alcançava sua mão. A apertou de leve demonstrando "estou aqui. Não vou sair daqui".

O olhar da jovem parou sobre a cicatriz na cabeça de Daichi, um tanto escondida pelo seu cabelo. Uma memória infeliz daquele acidente de carro.

— Tudo sim. Não se preocupe. — respondeu enquanto envolvia o marido em um abraço apertado. Demonstrando afeto e ao mesmo tempo confirmando que ele estava ali com ela.

[Nome] estava feliz por ele estar ali. Feliz por aquele horrível desfecho ser apenas um pesadelo.

Mas assim como o acidente deixou uma cicatriz em Daichi ele deixou uma em [Nome] também, junto ao medo. E talvez seu tão sonhado final feliz não seria o bastante para apaziguar.

Haikyuu!! - Coletânea de ImaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora