nove

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A coroa de flores brancas e azuis singela ainda estava na cabeça de Taeyong quando ambos estavam apreciando o nascer do sol da Califórnia.

Deveriam estar dormindo, mas preferiram esperar o efeito do álcool passar sentados na areia da praia não faltando muito para os raios de cor amarelo falso aparecerem no horizonte.

Jaehyun deixou cair a tiara de seu, agora, marido, sorrindo quando este sorriu e lhe beijou.

O mais novo se assustou quando Taeyong levantou rápido e rindo alto indo em direção ao mar. Como o bom maria-vai-com-as-outras que era, não hesitou em seguí-lo, logo jogando água nele.

-Ya! Está gelada!

-Eu sei.

-Então para de jogar em mim!

-Tudo bem, te jogo nela.

Taeyong saiu correndo e rindo pela areia molhada, tropeçando duas vezes no processo, tornando as coisas mais fáceis para Jaehyun que não demorou para abraçar seu corpo e se jogar com ele nas quebras de onda.

Levantou passando uma mão no cabelo enquanto a outra segurava o braço de Taeyong o puxando para cima.

-Como eu te odeio... - Encarou o Jeong, agora Lee, ainda com a mão na cabeça. - Jaehyunie, por que você é tão bonito?

-Sabe como é, hyung. - Colocou as mãos na cintura de Taeyong enquanto ele tinha as próprias em seus ombros.

-Não sei, me conta?

-Sou bonito, sou gostoso, jogo bola e danço.

-Que isso, Jaehyun? - Riu.

-Johnny me ensinou.

-Suas amizades são piores que as minhas.

Ficaram ora encarando o sol terminar de nascer, ora se encarando, trocando risadinhas e beijos curtos.

-Taeyongie... Jeong Taeyong... - Chamou em seu ouvido.

-Gosto de como soa...

-Gosto de você. - Voltou a ser encarado nos olhos pelo mais velho.

-Amo você.

-Também te amo.

-Eu sei.

-É claro que sabe... Não ganho coraçãozinho de papel hoje?

-Já ganhou.

-Como assim?

-A certidão.

-Jeong Taeyong, o último romântico. - Riu da própria piada.

-E você que guarda todos os que eu te dei em uma caixinha mais cuidada que a avó do Yuta.

-Convenhamos que isso não é difícil e que não vem ao caso.

-Tudo bem, tudo bem.

-Posso pedir uma coisa?

-O que quiser.

-Promete me amar mesmo depois que a morte nos separe?

-Jaehyun, não sei se o que vou dizer vai ser válido porque isso não está ao nosso alcance, mas, se existirem outras vidas, vou fazer o possível para fazer parte de todas elas do seu lado.

Ficou paralisado perante a fala do mais velho. De todas declarações, aquela fora a mais bonita que já havia recebido e escutado durante toda a razão de sua existência. Não resistiu em chorar para depois beijá-lo.

-Vou te ajudar.

-Eu sei que vai, bebê. Não sei de tudo, porém, o seu amor nunca será duvidado por mim.

-Hyung...

~fim

paper hearts · jaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora