"𝗩𝗼𝗰𝗲̂ 𝗽𝗿𝗼𝗺𝗲𝘁𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗮𝗺𝗮𝗻𝗵𝗮̃ 𝘃𝗮𝗶 𝘃𝗶𝗿 𝗱𝗲 𝗻𝗼𝘃𝗼?"
"𝗦𝗶𝗺, 𝗲𝘂 𝗽𝗿𝗼𝗺𝗲𝘁𝗼."
Chenle aguardava ansiosamente pela entrega de sua pizza, mas ao abrir a porta, é surpreendido por um jovem suspeito e visivelmente assustado...
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— Então, você dormiu na casa de um desconhecido e não pensou em me avisar? — Jeno questionava, indignado.
— Em minha defesa, meu celular estava descarregado.
— Você errou feio, Jisung... Muito feio.
— Acho que vou visitá-lo hoje à noite.
— Você só pode estar brincando. — Lee falou, rindo. — Você é um procurado, não pode ficar andando livremente por aí.
— Eu sei, mas prometi que iria lá essa noite, e não gosto de quebrar minhas promessas. — Jisung dedilhava a mesa nervosamente. Ele sabia que o amigo estava certo, e um desses passeios poderia resultar em sua captura. No entanto, queria ver Chenle, ao menos para se despedir adequadamente, caso não pudesse mais ir à sua casa.
— Vá, só não diga que eu não avisei.
— Vou me cuidar, Jeno hyung. — Jisung envolveu os braços na cintura fina de Lee, transformando a expressão irritada do garoto em um belo sorriso.
•••
Mais uma noite chegou, e dessa vez Jisung foi bem mais cedo para a casa do garoto de cabelos escuros, consequência de sua ansiedade para vê-lo. Durante todo o percurso, pensamentos aleatórios tomavam conta de si. Qual assunto deveria puxar com o menor? E se Chenle não gostasse de algo que ele falasse? E se ele perguntasse qual era o seu trabalho? E pior, e se o garoto apenas não quisesse mais lhe ver? Jisung não conseguia encontrar uma resposta viável que lhe explicasse o porquê estava tão nervoso para ver alguém.
Porém, Jisung sente uma pontada fina atingir o seu peito, tal como uma faca rasgar a sua pele. O maior estava tocando a campainha da casa de Chenle há alguns segundos, mas ninguém apareceu.
— Ele disse que estaria aqui... — Sussurra para si mesmo.
O coreano preferiu ficar mais um pouco, talvez Chenle estivesse tomando banho e apenas não ouviu a campainha, então sentou-se no meio-fio dali, esperando alguns minutos para tentar novamente. Jisung não se importava com as pessoas que passavam pela rua e lhe encaravam com uma expressão confusa. Ele esperaria mais um tempo... queria ver o menor mais uma vez.
— Ei! O que está fazendo aí? Tá frio! — Chenle falou com a voz abafada pelo cachecol e apertou os passos em direção a Jisung.
— Eu estava te esperando.
— Você realmente cumpriu sua promessa. — Chenle usava uma máscara descartável, então Jisung não conseguia ver sua expressão completa, mas acreditou que o garoto sorria pelos olhos estreitos e pelo riso tímido.
— Sim, eu cumpri. — Ele sorriu, sentindo suas bochechas esquentarem.
— Perdão pelo atraso, a faculdade tá me destruindo. Você acredita que fiquei até pouco tempo fazendo um trabalho que não vale nem dois pontos? Isso é tão injusto! — Chenle desabafou, e Jisung levantou e correu em sua direção, envolvendo-o em um abraço.
