"𝗩𝗼𝗰𝗲̂ 𝗽𝗿𝗼𝗺𝗲𝘁𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗮𝗺𝗮𝗻𝗵𝗮̃ 𝘃𝗮𝗶 𝘃𝗶𝗿 𝗱𝗲 𝗻𝗼𝘃𝗼?"
"𝗦𝗶𝗺, 𝗲𝘂 𝗽𝗿𝗼𝗺𝗲𝘁𝗼."
Chenle aguardava ansiosamente pela entrega de sua pizza, mas ao abrir a porta, é surpreendido por um jovem suspeito e visivelmente assustado...
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O cliente em questão, residia em uma rua famosa da cidade, mas para chegar lá, Donghyuck precisava atravessar algumas ruas estranhas e extremamente perigosas para aquele horário da noite. Isso preocupava o coreano, afinal, já estava bem tarde e não era uma boa opção pedalar por ruas escuras. No entanto, a necessidade de pagar suas contas o impulsionava a seguir adiante, mesmo contra sua vontade.
À medida que se aproximava do quarteirão, Donghyuck percebeu uma movimentação estranha. O que diabos estava acontecendo? Era cedo demais para começar a gritar? Por que alguém estava correndo em sua direção?
Traído por si próprio, Lee sentiu seu corpo travar, congelando todos os seus movimentos, incapaz até mesmo de emitir um som. Estava em pânico, pois embora pedisse para morrer todos os dias, ser morto e largado em uma rua suja e estranha como aquela não estava entre seus desejos.
Foi somente quando percebeu que a silhueta se aproximando era a de Park Jisung, seu colega de escola, que Donghyuck conseguiu relaxar um pouco.
— Hyuck? Meu Deus, Hyuck! Ainda bem que te encontrei... Eu preciso de ajuda. — Ofegante, Jisung falou, apertando os olhos com força.
— E-eu não posso, estou trabalhando no momento. — Sua voz estava trêmula, ainda nervoso com toda aquela situação.
— Eu posso entregar pra você, eu só preciso ir pra algum lugar durante um tempo. Eu posso pagar a viagem, quanto fica? — Jisung tirou algumas notas de won da carteira, mostrando seu nervosismo evidente. Donghyuck percebeu suas mãos gélidas e gotas de suor escorrendo de sua testa, apesar do clima frio.
— Jisung, eu posso te ajudar... mas só dessa vez. — O pequeno falou baixo, quase sussurrando, deixando escapar um suspiro longo. Sabia que o garoto estava nervoso por ter se metido em algo errado. — Eu preciso que me prometa que não vai mais se envolver em coisas erradas.
— Eu prometo, Hyung! — Jisung entrelaçou os dedos. — Até porque você mais do que ninguém sabe que estou disposto a deixar essa vida. — Park tinha um certo "trabalho" naquela região. Por diversas vezes, arriscou a sua vida apenas para fazer entregas para pessoas que eram conhecidas de seu chefe em troca de um pouco dinheiro.
O tópico "ajuda financeira" já era algo corriqueiro entre os assuntos dos dois jovens, e Jisung sempre reclamava das várias vezes que já pediu para se afastar disso tudo, porém, seu chefe sempre lhe falava que primeiramente ele tinha que quitar suas dívidas, e no final, Jisung sempre desistia, pois não encontrava uma solução viável.
Donghyuck entregou a Jisung um pequeno papel amarelado, indicando o endereço da entrega.
— Vá entregar neste endereço.
— Na rua Hakdong? Vou agora!
— Certo; me mande uma mensagem quando entregar. — O mais novo assentiu e deu as costas para Lee, apressando os passos em direção ao endereço dado.
•••
A campainha da casa de Zhong tocou, e ele correu para atender, imaginando que fosse sua bendita pizza.
— Já vou! — Chenle bagunçou toda a sua bolsa até achar a devida quantia de dinheiro para pagar pelo serviço. Ao abrir a porta, deparou-se com um garoto alto e magro, com os cabelos bagunçados e visivelmente nervoso.
— S-seu pedido. — Jisung disse, tentando sorrir apesar do tremor em sua voz.
— Nossa, nem um uniforme? — O senso crítico de Chenle havia atacado mais uma vez. — Mas tudo bem, tá aqui o dinheiro.
— Obrigado... — Jisung não conseguiu concluir sua frase e desmaiou na frente do estrangeiro. Chenle ficou tão nervoso que não soube como reagir, praguejando internamente pelo incidente ter ocorrido justamente na hora da sua refeição.
O estrangeiro colocou a caixa de pizza em cima da mesa de vidro e voltou para ajudar o garoto. Ele poderia suportar mais alguns minutos de fome, certo?