BÔNUS | 09.

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— Você vai comprar uma aliança para ele? — Jeno perguntou, fitando o garoto que o observava lavar os pratos sujos do jantar

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— Você vai comprar uma aliança para ele? — Jeno perguntou, fitando o garoto que o observava lavar os pratos sujos do jantar.

— Sim, nós vamos completar um mês juntos, e a que dei é muito feia. Chenle merece algo melhor. — As orbes do coreano brilhavam ao mencionar o nome do namorado, fazendo Lee entender que ele estava determinado em sua decisão.

— Você tem dinheiro para isso?

— Recebi meu pagamento ontem, e pelo que vi, vai sobrar algo. — Jisung pegou seu dispositivo eletrônico, procurou a lista de gastos do mês e mostrou a Jeno, que suspirou alto.

— E vai gastar o dinheiro que acabou de ganhar com o chinês?

— Sim. — Jisung respondeu como se fosse óbvio. — Ele é meu namorado, e sei que vou deixá-lo feliz com isso.

Não demorou muito para que Park deixasse a casa do amigo e corresse para comprar uma nova aliança para seu amado. No dia seguinte, iriam completar um mês juntos e ele não sabia se conseguiria comprar o presente a tempo. Decidiu, então, ir à joalheria naquela noite para escolher a melhor aliança para o seu namorado.

O garoto acabou se empolgando e gastando mais do que devia com a joia, mas sabia que valeria a pena. Ver o sorriso do chinês era tudo o que lhe bastava para ficar feliz.

Jisung caminhava em passos largos pelas ruas escuras do bairro, pois não tinha dinheiro para pegar um táxi, e mesmo se tivesse, achava improvável que alguém aceitasse a corrida naquela região.

A caminhada era tranquila e rápida, já que a joalheria não ficava muito longe da casa de Jeno. Até que sentiu alguém puxar seu braço com força e o empurrar para dentro de uma viela próxima.

— Qual dia você pretende me pagar? — Yuta perguntava, empurrando o corpo do mais novo contra as paredes sujas daquele lugar.

— L-logo. Eu iria no seu ponto pela manhã. — O menino gemia de dor ao sentir suas costas serem esmagadas pela parede atrás de si.

— Eu quero esse dinheiro agora, soube que ontem foi o dia do seu pagamento.

Para quitar sua dívida definitivamente, Jisung teria que lhe pagar os três milhões de wons que haviam se acumulado de juros. Ele teria o valor completo se não tivesse se empolgado na compra do anel.

— Só tenho pouco mais da metade por agora. — Jisung tremia de medo. Yuta era imprevisível, sempre uma caixinha de surpresa.

— Para comprar aliança pra um homem você tem, mas pra me pagar não? — O japonês já se encontrava com seus dedos apertando o pescoço do mais novo. — Sungie..., você sabe que eu não quero fazer isso, você é meu maninho, eu não quero machucar você.

— Estou sendo sincero contigo, não tenho o valor todo. — O coreano falava baixo, quase sussurrando.

— Te dei tempo demais, não acha? — Um sorriso maléfico tomou conta do rosto do traficante, e Jisung tremeu ao vê-lo daquela forma.

— V-vamos fazer assim... Eu te dou o que tenho agora, e amanhã te entrego o restante, certo? — O maior tentou se desvencilhar, mas Yuta apertava seu pescoço com mais precisão.

— Não vou cair no seu papinho de novo, Jisung.

— E-eu não estou brincando. — Ele falava com certa dificuldade, já que Yuta apertava cada vez mais o seu pescoço.

— Certo, me dê o valor que você tem no momento.

— Sério? — O japonês apenas assentiu. — Aqui... É tudo que eu tenho. — Park lhe entrega várias notas, o estrangeiro acreditava que ali tinha mais de um milhão, mas não estava nem perto de triplicar o valor.

— Ok, irei te dar trinta minutos pra me entregar o restante. — Yuta diz com os olhos fixados no mais novo.

— Quê? M-mas eu disse que é tudo que tenho.

— Então me entregue a aliança. — O estrangeiro estende sua mão direita.

— Não posso. É do Chenle. — Yuta apenas revira os olhos, odiando o fato de que seu irmãozinho agora estava namorando e não tinha mais tempo para ele.

— Então me arrume o dinheiro, não quero saber como, mas quero o restante.

— Posso tentar pedir ao Jeno. Você espera aqui? — O olhar inocente do coreano fazia Yuta ferver de raiva.

— Espero sim, Sungie. — Nakamoto sussurra próximo ao seu ouvido e estampa um sorriso em seu rosto.

— Obrigado! Eu volto em minutos, fica bem aí! — Jisung começou a caminhar para fora do beco, mas Yuta o trouxe de volta rapidamente, puxando seu canivete prateado da cintura. Sem rodeios, ele usou a mão livre para abafar os gritos do garoto, que se assustou com a ação.

Sem hesitar, Nakamoto começou a esfaqueá-lo, observando-o se contorcer de dor. Seus olhos estavam arregalados, e seu corpo tremia.

A sensação de ter Jisung tão submisso o divertiu. Ele apreciava aquela cena, que parecia melhor do que imaginara.

O mais velho gostava de torturar e matar aqueles que lhe deviam. Infelizmente, chegara a vez de seu colega de infância. Era triste, mas ele não deixaria o garoto escapar, especialmente sabendo que depois dali ele se aconchegaria nos braços do namorado.

Após desferir mais alguns golpes no coreano, percebeu que ele mal se movia. Sua respiração estava fraca, e nenhum som saía de sua boca. Apenas seus olhos piscavam lentamente.

— Prefiro te ver morto do que nos braços daquele maldito. — Yuta sussurrou em seu ouvido esquerdo, vendo Jisung arregalar os olhos e tentar falar algo, mas sendo interrompido por Yuta.

— A aliança é linda, coube direitinho no meu dedo. Você tem certeza que não comprou ela pra mim? — Yuta perguntou sorrindo de forma sádica antes de beijar os lábios pálidos do maior, sentindo um gosto metálico. — Sungie, saiba que agora você não será de mais ninguém.

Os olhos de Jisung foram se fechando aos poucos, e em segundos, todos os sentidos do Park deixaram o seu corpo, que se chocou de imediato com a superfície suja e dura.

Naquela viela, a vida de Jisung foi brutalmente tirada por Yuta, garoto que jurou cuidar do mais novo até o último momento de sua vida.

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𝘆𝗲𝘀, 𝗶 𝗽𝗿𝗼𝗺𝗶𝘀𝗲. ══ 𝗰𝗵𝗲𝗻𝘀𝘂𝗻𝗴Onde histórias criam vida. Descubra agora