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Abril de 1993

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Abril de 1993

Quase não havia mais ninguém na área da praia, eram quase seis horas e Tate e Amélia estavam na água, espirrando água um no outro e pulando sobre as ondas. De vez em quando, Langdon mergulhava entre elas, emergindo segundos depois com o cabelo grudado no rosto.

A temperatura da água estava começando a esfriar, Lia sentia seu corpo tremer algumas vezes. Tate se aproximou da garota, apoiando as duas mãos em seus ombros, olhando para as feições da garota.

– Acho melhor irmos embora. Não queremos que pegue um resfriado nem nada. — Antes que o garoto loiro possa puxá-la para a areia, Amélia o detém, pegando seu braço gentilmente.

– Antes, você pode mergulhar comigo uma vez? — Ela pergunta ansiosamente. Tate ri, acenando com a cabeça, guiando-a um pouco mais fundo no mar. O menino a coloca em suas costas, o peso dela mal aparecendo por causa da água.

– Tem certeza que não vai te machucar? Não precisamos fazer isso. — Lia estava preocupada que algo desse errado, não com ela, mas com Tate.

– Não se preocupe e relaxa. Segure-se mim e não me solte por nada, entendeu? Feche os olhos e prenda a respiração. — Amélia acena com a cabeça, segurando Tate como um coala fofinho. A onda se aproximava, concentrado, com os olhos fixos nela, Langdon empurra o corpo para baixo dela. A água fria atingiu o rosto de Lia, uma sensação ótima, mas bem gelada

Tate usou sua habilidade para mergulhar um pouco para a frente, sentindo a garota em suas costas sem nenhuma dificuldade. Subindo à superfície, pôde-se ouvir o som de ambos recuperando o ar que estavam sem por alguns segundos.

– E aí? Como foi? Você gostou? — Cuidadosamente, Tate a tira de suas costas, virando-se para segurar a garota na água. — Foi incrível, uma sensação de liberdade. — Ela ri, segurando Tate para não afundar.

– Senti essa sensação agora com você. — Langdon leva a mão à testa da garota, afastando a franja que bloqueava a visão dos olhos dela.

– Deveríamos fazer isso com mais frequência. — Amélia ergue as sobrancelhas, ela estava fazendo de tudo para não deixar aquele dia maravilhoso acabar.

– Concordo com suas palavras. Um outro dia, quando quiser, mas agora temos que sair daqui. Ou, vamos congelar nessa água. — O loiro que estava com as bochechas vermelhas começa a nadar até a areia com ela em seus braços.

– Eu gostaria de um pouco de chocolate quente agora. — Lia murmura, arrancando uma risada do menino. Ao chegarem na areia, os dois caminharam até onde estavam jogadas as roupas e a bolsa. Amélia tira a toalha de dentro dela, passando-a pelo corpo, antes de se envolver nela e ver Tate encolhido, parecendo desconfortável com a calça jeans molhada e pegajosa em seu corpo.

– Você não trouxe nada? Nem mesmo toalha? — Incrédula, a garota pergunta. Tímido, o menino balança a cabeça. Lia suspira frustrada, tirando de dentro da bolsa a toalha que iria secar seus cabelos, entregando para ele. — Também não quero ver você doente.

Ela estava cuidando dele...
Tate se sentiu acolhido.

– Trouxe uma roupa para me trocar, mas você não tem nada. Então essas calças devem servir em você, espero. Pegue.  — Lia estende uma calça de moletom cinza para o loiro, que para de secar o cabelo, olhando para ela.

– E você? —  Ele pergunta, não aceitando a roupa. — Eu vim de saia, volto de saia. — Com um levantamento de ombros, a garota coloca a calça confortável em seus braços.

– Você pode... nós poderíamos... — Erguendo o dedo indicador no ar, Amélia o gira. Tate entende a princípio, virando as costas rapidamente, Collins seguindo seu ato com suas bochechas quentes.

A menina abaixa um pouco a parte de cima do maiô, enrolando a toalha no busto sem perder tempo, pegando na bolsa uma blusa vermelha de mangas longas. No segundo seguinte, ela estava vestindo o maiô mais ou menos seco, puxando a camisa por cima. A saia branca subindo pelas pernas, agarrando-se aos quadris.

Tate, por outro lado, estava tentando abaixar as calças. Ela era pegajosa, e isso o estava irritando. Com um bufo estressado, ele a puxa com força, trazendo-a até os tornozelos. Lia continuou de costas, esperando o consentimento para poder se virar.

Langdon desliza a calça de moletom por suas pernas, e ela realmente serviu nele. Era um bom tamanho, um pouco larga. Confortável. Vestindo sua camisa, ele avisa que Lia poderia se virar, e perguntando o mesmo.

O consentimento foi de ambos os lados.

De frente um para o outro, o casal sorri um para o outro. Amélia guarda as coisas na bolsa, calçando sua sandálias, enquanto Tate calçava seu tênis.

A ideia de assistir ao pôr do sol partiu da jovem Collins. Foi bonito. Eles observaram em silêncio, cada detalhe pintado em suas memórias. O sol parecia sumir atrás do mar, o laranja virando azul em minutos, as estrelas começando a brotar no céu, formando um céu estrelado.

Uma noite especial. Não era como as outras.

– Hoje foi... — Tate começa, se perdendo em suas palavras. — Incrível. — Lia completa, oferecendo-lhe um pequeno sorriso.

– Eu não queria voltar para casa. — O loiro que estava com seus cabelos todo bagunçado, assim como o da morena que estava cheio de nós, confessa em um sussuro.

– Eu já estou em casa. Eu me sinto em casa. — De olhos fechados, aproveitando o vento que passava por eles, a garota confessou com sua voz não tendo nada além de sinceridade.

E mais uma vez naquele dia, Tate olhou para ela com admiração. Sentindo-se aquecido, sentindo-se em casa com ela também. Amélia estava se tornando seu refúgio e ele já não se importava mais com as consequências de tê-la por perto. Pois parecia não haver, além de sua casa.

Seria possível que ele já a amasse?

Seria possível que ele já a amasse?

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Nᴏ Wᴀʏ Oᴜᴛ • ᴀʜsOnde histórias criam vida. Descubra agora