𝟬𝟰

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2011

Depois do que ocorreu no porão e minha briga com Tate, meus pesadelos vem sendo mais frequentes. Sonhar com aquela coisa passou a ser algo natural para mim, principalmente em sala de aula. Fui repreendida por vários professores. Mas não era culpa minha.

Eu não conseguia dormir em casa e achei que na escola eu pudesse, mas não, eu estava enganada. Leah não olhava para a nossa cara, mas Violet estava destemida a ir falar com ela. Quanto a mim, apenas queria ficar sozinha.

Se antes eu me considerava limpa, agora já não podia mais. Se antes eu fumava um cigarro por dia, agora não mais. Tudo dobrou para pior. Minha vida não estava normal, tudo estava estranho. Até o barulho de pneu cantando me assustava. Eu estava realmente traumatizada.

Passei a sentar nos degraus da entrada de nossa casa e observar fora. A casa a frente era o que mais me chamava atenção. Tinha algo nela, eu só não sabia dizer o que era. Porém, parecia ser algo... especial? Talvez.

Eu não sabia quem eram os nossos vizinhos da frente antes, mas logo depois que eu descobri que tinha acabado de se mudar uma família para aquela casa, eu fiquei mais calma. Novatos por ali, assim como a minha família.

Tate estava em nossa residência novamente, era certo se esperar, ele ainda se consultava com o meu pai e não era eu que o impediria de entrar aqui dentro. Eles estavam no escritório e eu por fora, querendo escutar tudo pela porta. Eu precisava saber com o que eu estava lidando, mesmo sendo da maneira errada de se fazer.

A sala estava em silêncio, até o celular de Ben começar a vibrar e ele ter que se desculpar por aquilo. O silêncio me assustava mais do que as fantasias de Tate.

– Então, no que os psicólogos costumam pensar quando um paciente brilhante não fala para puní-lo? Aposto que pensam em sexo. — Escuto Tate falar pela primeira vez, e algo que já não me surpreendia vindo da parte dele.

– Você pensa muito em sexo? — Meu pai o pergunta, e eu confesso ter medo da resposta que viria a seguir. – Penso em uma garota em particular. Sua filha mais velha, a Lara. Me masturbo pensando nela. Muito. — Respiro fundo após escutar isso, enterrando minhas mãos em meus cabelos, os puxando levemente para trás.

Nᴏ Wᴀʏ Oᴜᴛ • ᴀʜsOnde histórias criam vida. Descubra agora