A garota não se aproximou de ninguem durante alguns dias, ela tinha acabado de subir de cargo graças ao maldito recém nomeado comandante com sobrancelhas grossas, que a fez subir para capitã de um time.
Por que raios ela iria querer liderar algo ? Smit bateu a cabeça ou algo do tipo ? Pensar que ela poderia liderar alguma coisa ? E aquela papelada, ele não achava que ela conseguiria fazer aquilo em um prazo tão miserável?
Estava no cúbico minusculo entediada 3 indignada, por que hamjo iria ficar com o trabalho legal com experimentos e ela tinha a maldita papelada para fazer. Até Mikey tinha um trabalho melhor, bolando estratégias junto a erwin.
Entediada, tudo tão terrivelmente parado, sem graça, por que ela não poderia ser um simples soldado ? Estaria chutando a bumda de muitos homens ali.
Em um impulso jogou tudo ao chão, aquele escritorio minusculo que recebeu com sua "feliz" promoção parecia a sufocar, por que ela tinha ficado responsável pelas notícias ? E relatórios de morte ? Nem ao menos conhecia metade dos soldados e mesmo assim estava extremamente irritada com a situação.
Se eles se importavam mesmo então por que os superiores não iam aos túmulos e lamentamentassem lá mesmo... ah sim, eles não se importavam, a papelada fazia cada vez menos sentido.
- que se foda essa merda - gritou ao fugir de sua própria sala, mas não antes de fazer uma bagunça daquelas, jogando tudo para o alto e rindo de como o papel parecia flocos de neve em sua visão distorcida.
- capitã onde está indo ? - a garota, daphine, perguntou a sua capitã, a loira que havia sido escalada para o esquadrão de rina junto com os outros 4 companheiros, eles ainda estavam se acostumando com a excentricidade de sua capitã
Sempre a viam pulando por aí, correndo do chefe ou de Mikey que a repreendia por roubar coisas da cozinha ou deixar de cumprir regras. A mulher fazia questão de andar descalça quando não havia missão apenas para provocar os soldados responsáveis pela limpeza. E sempre a tinham que perseguir para que ela desse o treinamento deles.
- eu vou embora - disse sorridente deixando a menina estática que observou o quarto de cabeça para baixo.
- como assim capitã, você não pode !!! E como nos ficaríamos ? - a loira correu atrás dela
- hã e quem disse que me importo ? - provocou correndo mais e mais, em questão de minutos seu esquadrão estava sabendo de sua fuga e logo estava atrás da mesma, não é como se não estivessem acostumados.
- oe !!! Segura ela - o garoto ruivo, geremias pediu, logo o grupo gritou para o homem que estava casualmente andando pelos corredores, não era outro a não se do homem mais baixo do quartel, levi.
O moreno suspirou e se pôs na frente para pega-la, ele nem ao menos estava tentando isso a fez sorrir ainda mais, a garota estava irritadissima, a pequena veia pulou em sua testa, não queria vê lo neste momento.
- oh gostosão, eu adoraria ser pega por você, mas não dessa maneira - provocou ao girar em torno dele passando pelo mesmo, bem ele nem ao menos tentou a parar.
- droga ela é rápida demais - o soldado mais alto, dereck, reclamou
- que comoção é essa ? - erwin finalmente apareceu
- comandante !! A capitã rina está fugindo novamente, ela rasgou toda a papelada e escreveu uma mensagem nos papéis, olhe ! - a cadete mais nova, gisele, havia pegado um tanto de papel de sua sala lhe entregou o relatorio amassado, escrito bem grande com tinta "vão para o inferno"
- oh que coisa, acho que a papelada não vai ser entregue no prazo - coçando a nuca olhou para levi que o questionou
- aqui vá encontra lá- o loiro pediu ao mais baixo que o olhou incrédulo
- me deixe longe dessa merda erwin, eu não tenho nada haver com a porra dos surtos dela - o mais baixo se recusou
- levi eu estou lhe mandando busca-la e levá-la para minha sala, o restante de vocês vão arrumar a sala dela quero que rina volte para o trabalho o mais rápido possível - ordenou
O moreno estralou a lingua e foi atrás da mesma, ela não foi tão discreta quando subiu as escadas, o barulho dos seus pés eram altos e assim começaram o jogo de rato e gato.
Ele a perseguia em todo o quartel, a morena até mesmo escalava a parede para o despistar, pulava de uma janela a outra, escorregando em corrimãos para ir mais rápido.
Quando finalmente tudo pareceu acabado, eles estavam no telhado e levi finalmente a encurralou, ele estava suando e a garota ainda estava com o sorriso torto e falso. Esses eram um daqueles dias que a menina estava tentando se forçar a ficar bem, foi a mesma coisa quando ela soube de sua promoção.
- oe sua merda, volte ao trabalho, os superiores estão cobrando erwin pelos seus malditos atrasos - ele viu o sorriso dela ficar mais desgostoso quando a palavra "superiores" saiu de seus labios e a veia em sua testa saltar mais visível
Se ela estava irritada então porque continuava sorrindo ? Parecia que a garota fazia menos sentido a cada dia que a conhecia mais, a mulher virou a cabeça para baixo, conseguia ver o cemitério que foi feito atrás do quartel.
- eles não precisam !! - alarmou - se eles querem saber tanto quem morreu, por que eles não vem aqui e eles mesmos contam as lápides e pelo menos tragam uma flor ? Se eles se importam tanto então porque continuam com suas bundas sentadas e nem ao menos fazem nada para melhorar nossos equipamentos? Ou aumentam o orçamento para que as pesquisas ? - o questionou retoricamente, ela gritava em uma euforia desgostosa
- eles não se importam - o homem tirou as palavras da sua boca
- isso mesmo !!, então qual o sentido daquela pilha de papel ridicula ? Se de toda maneira quem vai dar a notícia para as famílias somos nós ? Ficar arquivado ? A lápide não é o suficiente ? Se eles querem tanto saber então porque nem sequer o visitam ? Eles deram seus corações a uma causa e nem ao menos aqueles ao qual deram os respeitam por isso- a garota chutou o chão irritada, mas aquele maldito sorriso não saia de lá
- e você se importa? - ele estava vendo uma nova face dela, por mais que estivesse mascarada suas palavras transmitiam o ódio e a indignação que estava sentindo.
- não, nem um pouco, mas se isso for me fuder quero pelo menos ter uma foda com sentido - de certa forma ele entendeu oque ela queria dizer, ela não estava irritada pelo governo não se importar, estava irritada por ser um trabalho ilógico, afinal ela nem ao mesnos queria esse cargo e toda a papelada iria para o lixo depois, era apenas um desperdício de tempo e sanidade.
- eu vou te ajudar com a papelada, vamos acabar com isso - a ofereceu suspirando, teria mais problemas se não a ajuda se e erwin estava esperando por eles
- doque esta falando ? eu vou jogar fogo naquela merda - estralou os dedos e com satisfação gargalhou ao pensar em incendiar a sala que tanto odiou.
- não, não nos de trabalho - a repreendeu - não dê mais trabalho a erwin e ao seus cadetes - a mandou diretamente, depois de messes ao lado dela percebeu como ela fazia um inferno na vida de erwin e dos superiores, até mesmo o pessoal mais abaixo sofria em suas mãos, ele até se perguntou o porquê dela continuar ali e não ter sido expulsa.
Ao questionar o novo comandante, a única resposta que teve era que rina era uma força necessária ao quartel e que ele entenderia depois que convivese com ela mais tempo.
- eu só estou jogando fora coisas inúteis, papelada inútil - contra-argumentou
- não, voce vai fazer a papelada, vamos - dessa vez foi uma ordem rigida, estava começando a se irritar com sua atitude.
- não - o negou novamente
- olha aqui, você vai sentar sua bunda gorda lá e vai fazer a porra do seu trabalho - ele foi em direção dela, os dois não se importavam com hierarquia, isso lhes deu abertura para entrar em um confronto fisico
- nem por uma foda com você- riu gostando de onde isto estava chegando se colocando em posição de combate
Assim eles entraram em uma luta, os dois melhores na luta corpo a corpo, parecia inédito como levi segurava os ataques sorrateiros e rápidos enquanto a mulher se esquiava dos socos e chutes fortes dele.
De alguma forma os dois acabaram no chão, levi estava com o proprio canivete favorito ao lado do seu rosto enquanto morena respirava pesadamente em cima de seu corpo segurando a lâmina ao lado do rosto dele.
- quando você me roubou ? - suspirou percebendo que mesmo sabendo de suas táticas, nunca conseguia evitar de ser roubado
- ele caiu no chão e eu o peguei, não foi mérito meu - revelou ainda não se movendo, suas respirações pareciam estar próximas, ela conseguia sentir o hálito de chá preto e de hortelã do homem, depois de insistir que não era alguma droga ele finalmente aceitou mastigar as folhas para a insônia.
Ela desmoronou soltando o objeto e se deitando no corpo de levi, passou as mãos por ele e enterrou o rosto em sua curva do pescoço ajeitando se em seu ombro.
Foi a primeira vez que ele recebeu um abraço daquela maneira, nao era perverso, mas sim tristonho e necessitado, assim tambem como melancolico. O jeito como ela aconchego nele indicava algo que ele não sabia.
Claro, mais doque raiva, a garota estava chateada, não havia outra palavra mais certa para descrever oque sentia. Tudo que sentia era isso.
- eu dei as notícias as famílias... por que eu tenho que fazer isso ?, eu nem ao menos os conhecia... - foi a primeira vez que doeu, sentiu se insensível e mal por não sentir nada, as pessoas estavam chorando na sua frente e tudo que tinha era indiferença, definitivamente não era a pessoa certa para esse trabalho.
Quando deu a notícia a primeira família levou um tapa, ela não pensou que isso aconteceria, afinal esse era o setor do survey corps pensou que as famílias iriam compreender bem o motivo das mortes..., mas foi uma descoberta bem surpreendente para dizer o mínimo.
- e para piorar essa porra de papelada inútil está me perseguindo- finalmente terminou, o moreno não sabia oque fazia
Ele nunca foi abraçado antes, Izabel as vezes tentava, mas era impedida... se ele pudessem voltar atrás simplesmente deixaria, seus braços foram para trás e a seguraram desajeitada pela cintura, ele não sabia oque fazer.
- ... você abraça muito mal - ela bufou voltando ao estado provocativo de sempre isso o fez dar um tapa em sua cabeça como sempre
- se está bem para fazer comentários infelizes, está melhor ainda para fazer uma papelada infeliz - no momento que que ela tentou escapar ele a segurou forte, ela se mesma se condenou agora apenas restava implorar e fazer escândalo no lugar.
Foi assim que conseguiu a carregar nos ombros até a sala de erwin, a garota estava com uma carranca feia e exagerada não queria de maneira nenhuma ver a cara do homem que fez o seu inferno na terra
- pensei que seria mais rápido - ele a jogou na cadeira- você não sabe como essa desgraçada corre - a xingou segurando os dois ombros dela para que não fugisse, oque ela obviamente tentou
- na verdade sei sim... enfim finalmente nos podemos conversar senhorita alcuna, como vai sua promoção- erwin tentou falar com a garota que estava com a cara virada, se negando a olhar
- não temos nada para conversar sobrancelhas feias - emburrada o xingou como uma crianças
- vejo que ainda está chateada, percebi que você não gostou de sua nova posição... mas eu precisava de alguém de confiança para está cargo e você foi minha principal escolha - justificou
- realmente uma péssima ideia, a mais indiferente e irresponsável soldado comandando o setor de notícia e de relatórios, realmente parece piada - o moreno disse achando a ideia péssima
- concordo com o bonitão rabugento, sem noção sobrancelhas - concordou sem ao menos se importar com a depreciação - olhe para ele, uma escolha muito melhor - ela apontou para levi
- rina querida, estou preparando um posto especial para levi, eu sei que odeia isso, tanto que por isto está me evitando... - ele foi interrompido
- eu disse que ela indiferente as mortes não a burrice suas - o homem baixo o cortou
- é aí que você se engana levi, senhorita alcuna é emotiva até demais, por isso quebrou o quarto inteiro e mandou além de mim todos os outros superiores para o inferno e também você não quer ter nenhuma relação com aqueles que estão mortos não é - ela estralou a lingua, erwin realmente a pegou
O loiro sabia que na verdade rina não queria conhecer ninguém dali para não sofrer, a sua apatia a trazia um vazio e isso a deixava melancolicamente apática, não sentia nada e se culpava por não sentir.
A morte, principalmente de um companheiro era algo ruim, foi oque aconteceu na sua primeira expedição, todos de seu esquadrão morreram, as pessoas com quem brincava e treinava todos os dias não estavam mais lá e ela não sentiu nada.
Apenas um vazio, apartir daí começou a se afastar dos outros, apenas hanji seguiu ao seu lado e com isso ela quebrava os padrões das expedições para isso.
Erwin só foi entender quando questionou hanji sobre, rina era muito mais profunda doque ele é até mesmo levi poderia imaginar
- estou certo não é ? Treina seus soldados para eles terem velocidade e agilidade, assim eles podem evitar de morrer, você está fazendo isso por que eu impus essa responsabilidade - o homem continuou, levi estava quieto vendo que a garota com a cara pertubadoramente risonha, não sabia como erwin poderia se quer ler atrás daquela expressão tão horrenda.
- oh comandante sobrancelhas, você está certo, odeio mortes de conhecidos, afinal eu não sou totalmente sem sentimentos não é- a menina contornou - mas eu não vou fazer aquela merda e se colocar mais uma pilha na minha mesa vou incendiar aquela sala - o som risonho surgiu como uma breve ameaça
- oh não tem problema, eu pensei nisso, todos os por isso eu tive a liberdade de parafusar e colar todas as mobílias nos seus lugares assim não poderá tocar nada para fora e para o fogo eu também privodenciei para que nada relacionado a isso chegue em suas mãos- o loiro tinha pensado em tudo
- e para melhorar a segurança levi, vai a vigiar para que a papelada chegue intacta e correta, sem cartas de ameaça - ele encerrou a fala para descontentamento do mais baixo, mas como antes ele não poderia negar
A juntou novamente a ele segurando seu braço com brutalidade a levando para a sala da mesma, claramente zangado por erwin ser tão rígido em relação a vigilância dela
- por que caralhos eu tenho que ser sua babá ? - ele a interrogou a jogando para dentro da sala e trancando a porta
De volta para o cubículo infernal, ela olhou para o homem a sua frente e seus pequenos diabinhos cochicharam em seus ouvidos.
- vou responder sua pergunta bonitão, ninguém nunca conseguiu me segurar e você pode estar tendo sorte, mas não vai durar - provocativa o prensou na porta, afinal ele sempre fugia e ela estaria livre assim que ele saísse.
- tsk então vou terque ser o primeiro, que problematico- ele segurou o pulso dela e a tirou de perto de si - eu sei oque esta tentando fazer, não vai funcionar - completou pegando a papelada da mesa dela e vendo o estrago que a mesma havia feito
Alguns os cadetes conseguiram arrumar, mas outros simplesmente estavam destruídos e riscados.
- vamos terque refazer isso, por que gosta de complicar tanto ? - suspirou pensando no tempo que gastaria por isso, enquanto mexia nas gavetas para achar alguma coisa que ela pudesse ter escondido para incendiar ou triturar os relatórios. Ou até mesmo algumas folhas se tivesse menos sorte.
- ei não mexe aí- ela chamou a sua atenção
Mas o mesmo a ignorou e oque encontrou foi algo interessante, na última gaveta tinham vários tipos de acessorios como relógios, colares, presilias, cigarros, brincos e mais alguns objetos pessoais. Inclusive a laços de Izabel e o colar de farlan estavam ali.
- oque é isso ? - perguntou, afinal sabia que ela era uma ladra, mas cleptomaniaca seria demais até para ele
- eu disse para não mexer... - a garota fechou a gaveta não o deixando analisar mais - isso não é nada demais, são só... acessórios-
- porque tem coisas da Izabel e do farlan ?
- ... vamos fazer a papelada - ela se virou e ignorou a pergunta, ficando até mesmo solicita a fazer a papelada.
- me responde - agora ela que estava sem jeito, o moreno nunca havia se duro daquela maneira, bem ele sempre era, mas a prensar entre ele e a mesa deixando a sem escapatória era nova da parte dele.
- não é nada demais... só lembranças - desviou o olhar, não conseguiria rir agora e não gostaria que ele visse uma face tão desolada, nem ao menos tinha coragem de fazer oque seus diabinhos estavam lhe cochichando.
- então tudo isso é lembrança... - a soltou abrindo a gaveta e examinando o conteúdo, ele reconheceu algumas coisas de outros soldados que haviam morrido durante a última expedição.
- okay, eu guardo a porra das coisas de quem morreu, eu tiro dos quartos ou dos corpos... e só quero ter algo - disse fingindo não se importar
O moreno suspirou passando as mãos pelos cabelos relaxado, pensando em como erwin tinha razão, havia zombando da conclusão dele sobre rina. Mas hoje ela demonstrou mais sentimentos doque daquela vez antes da missão.
Ele apenas fechou a gaveta, e pegou a papelada, dividindo em montes iguais o homem estendeu metade dos papéis para ela.
- perdão, não deveria ter mexido em suas coisas, foi rude... vamos terminar essa merda - desculpou se pegando a cadeira para ficar na escrivaninha
- tsk vou jogar fogo nesse merda um dia - mal humorada ela comentou puxando a cadeira para senta se ao lado dele e começou a fazer
- quando esse dia chegar, eu te darei a fosforo - bufou divertido
Ela não pode deixar de sorrir, era novo, levi fazendo piadas e a ajudando a arquitetar planos de incendiar o prédio o dia poderia acabar ali que estaria feliz.
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Doces encontros - Levi x OC
FanfictionA vida se torna mais divertida quando os dois se conhecem por acaso. Inúmeros encontros inesperados que divertem a garota provocativa e irritam o homem mal humorado. Levi x Oc Alerta + 18 Observações: A unica autoria é da personagem rina alcuna e a...