Minha família não gosta dela.

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João Vitor Narrando

Eu estava quase enlouquecendo  ouvindo ele chorar baixinho enquanto eu cuidava de seus ferimentos. Nesse meio tempo eu me fiz uma promessa: eu sempre vou amar, cuidar e proteger o Pedro aonde eu estiver e como eu estiver.

Me deitei ali com ele e capotei. Meu sono é leve e pesado ao mesmo tempo, nunca entendi isso.

Acordei com o meu celular tocar, atendi a ligação sem me preocupar em ver quem era.

-Jão.-Pelo o apelido carinhoso já eliminei várias pessoas, deixando apenas minha família e o Pedro, nem a minha namorada me chama assim. Pela voz percebi que era a minha irmã, Isabela.

-Oi, Bela.-Ao atender meu telefone.-Aconteceu alguma coisa?

-Você está com uma voz de sono para cacete-Bela falou rindo-Mas não foi isso que eu te liguei.-Dona Catarina vai fazer um almoço.

-Você me acordou, quer que eu faça o que? -Falei. -D. Catarina e seus almoços tradicionais.

-Nem pense em não ir, vou precisar de sua ajuda para aguentar mamãe.-Minha irmã falou.-Todo almoço ela pergunta quando eu vou arrumar alguém.

-Vai ser na casa dela e do papai?-Perguntei assim que saí do quarto e vi que Pedro está cozinhando o café, e vi que a chave não estava no lugar.

-Sim, vai querer carona?-Isa perguntou.

-Quero, Renan levou a chave do carro. -Falei -Isa me manda por mensagem a hora que você vai sair de casa para eu poder me arrumar. -Falei e desliguei o telefone.

Sempre tive uma boa relação com a minha família, meus pais e minha irmã, eles me apoiaram bastante quando eu me assumi bissexual há uns dois anos, quanto eu tinha uns 18

Sim, eu sou bissexual mesmo namorando uma mulher. Depois que desliguei a ligação com a Bela liguei para a Camila, minha namorada.

-Amor?-Ouvi a voz dela, aquela voz doce e que eu amo tanto ouvir. -Aconteceu alguma coisa?

-Não, amor. Só meus pais vão fazer um almoço na casa deles, quero saber se você vão poder ir?

Nessa mesma hora senti olhares de Pedro em mim.

-Oh amor, não vai dá estou atolada de trabalho. -Camila falou. Não acredito que ela deve está mentindo.

-Tudo bem amor.-Falei e desliguei sem me despedir dela.

Assim que eu desliguei

-Não sabia que você tinha uma namorada. -Pedro falou.

-É eu tenho, ela é ocupada, por isso quase não vem aqui.-Falei para ele que me ofereceu uma xícara de café e rapidamente aceitei.-Minha família não gosta dela.

-Estranho tia Catarina e seu pai não gostarem de alguém.-Pedro falou. Meus pais adoram ele.

-Éh.-Falei. -Posso te fazer uma pergunta?

-Claro.-Pedro falou.

-Meus pais vão fazer um almoço, você quer ir comigo? -Perguntei

-Será se não vai ser incômodo? -Pedro perguntou.

Deixei a xícara na mesa e fiquei em sua frente.

-Não, eles te adoram principalmente minha irmã-Falei.

-Tudo bem.-Pedro falou. -Mas você vai ficar me devendo um favor.

-Obrigado, cara.-Falei -Podemos encontrar os nossos amigos da época de escola em uma  balada.

-Logo você falar isso-Pedro me olhou. Ele sabia que eu não curto muito esses ambientes.

-Malu está me agoniando com isso a dias.-Falei e ele riu.-Vai ser bom reencontrar alguns amigos. No seu caso mais que amigos né.

Me referi a uma amizade colorida que Pedro teve com um dos meninos na época que a gente estudava.

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