Nossos últimos meses foram um sonho, 150 dias (cinco meses) de pura tranquilidade, de momentos fofos e conseguimos cumprir tudo da lista. Fizemos tatuagens, furamos nossas olheiras, terminamos um álbum e consegui lançar meu primeiro álbum.
Durante todo esse tempo eu estava com um receio durante todos esses tempo, de Pedro descobrir que eu falei com o seu pai, então juntei toda a coragem que tenho e a que não tinha para terminar com o cara que eu amo.
-Pedro?-O chamei, tirando sua atenção do livro que estava lendo
-Aconteceu alguma coisa seria, amor?-talvez ele estranhou por conta de eu ter lhe chamado pelo seu nome
“Eu te chamei de amor
'Cê me chamou. de Jão”-Eu acho que precisamos terminar.-Falei e Pedro me olhou confuso, sem entender o que estava acontecendo. Tentei formular as palavras certas para explicar o que se passava na minha cabeça.
-Como assim?-Pedro perguntou. -Nós estávamos bem, Jão por que você quer terminar?-Seu rosto agora estava vermelho.
-Não Pedro, não estávamos bem. O nosso bem foi só algo momentâneo. -Falei, com toda a minha capacidade de mentir.
-Vou fingir que não ouvi isso.-Ele falou e saiu do sofá.- Por que não vou acreditar que o cara que me fez juras de amor e me deu esperança de eu ser feliz pela primeira vez em um relacionamento me disse isso. -Seu rosto estava vermelho.
-O que eu e você tivemos foi só um algo momentâneo de sete meses, que teve seu prazo de validade.-Pedro não olhou para o meu rosto.
-Eu odeio você momentaneamente-Pedro falou e retirou seus óculos para limpar suas lágrimas grossas.
Ah se você soubesse o por que estou fazendo isso, você não me odiaria tanto.
Pedro se aproximou de mim, e ficamos próximos, tão próximos que posso sentir sua respiração em meu rosto, e ele fez com que os nossos lábios se juntarem, um ultimo beijo, em uma última noite talvez.
-Não é por que eu te odeio que não posso beijar sua boca.-Pedro disse após sair do nosso beijo.
Depois disso ficamos jogados no sofá, com os gatos e bebemos todas as cervejas que tinha no apartamento, que não eram poucas. Terminamos todas em uma/ duas horas, e já estávamos bebados
-Jão, eu quero fazer sexo, nem que seja pela uma ultima vez com o céu estrelado.-Pedro falou com a voz meio grogue por estar bebado, eu não estava muito diferente.
-Podemos fazer sexo, no alto do nosso prédio.-falei. O topo do nosso prédio era um lugar lindo, eu já arrumei ali deixando um ambiente diferente. Um ambiente bonito e sem muita bagunça.
-Eu não vou fazer sexo no chão não. -Pedro disse.-nós podemos levar o colchão do meu quarto.-Ele novamente disse, com uma voz bebado.
-Então vamos. -Falei. E o caminho de levarmos o colchão até lá pela a escada, não foi muito fácil. Ficamos rindo o tempo todo.
O processo me lembrou a cena de Friends, enquanto Chandler, Ross e Rachel estavam levando um sofá pela escada.
-Finalmente chegamos.-Pedro falou e jogou o sofá no chão e o edredom em cima. -Uau, Jao esse lugar é lindo. -Ele falou e ficou vendo à vista da grande cidade por cima. E abracei ele por trás.-Eu te amo, Jão. -Ali foi uma das primeiras vez que ele disse isso, e acabou se virando para me ver e me beijou
-Eu gosto da loucura que você guarda debaixo da língua.-Falei.
E voltei a beijar ele. Talvez esse foi o beijo que precisávamos para esquecer o porquê a gente deu tão errado
Paramos de observar a vista e fomos para a cama, fiquei deitado e ele subiu em cima de mim, e sinto sua mão gelada abrir a minha bermuda e botar a mão lá dentro.
-Eu não sinto medo quando estou com você. -Pedro falou. -Mas infelizmente vou sentir esse medo, sem você ao meu lado.
-Podemos ser amigos, posso te protejer assim.-Falei enquanto gemia.-Não quero ser seu amigo no início do nosso fim. -Pedro me disse e fizemos sexo.
Depois do ato ficamos deitados no colchão com ele sobre meu corpo e dormimos.
Mas no momento em que acordei, ele não estava lá. E naquele momento caiu a ficha, em que terminamos.
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Teen FictionEra 2019,quando o jovem Pedro Tofani ligou para o seu melhor amigo e ex-colega de escola João Vitor após sofrer agressões físicas de seu pai por conta de sua sexualidade, percebendo a gravidade da situação João decidiu acolher o amigo em seu apar...