Ana Marina Tòfani

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Narradora

-João, eu estou com dor de cabeça.-Pedro falou manhoso e se aproximando mais do João.

-Pepeu, foi você que inventou de misturar vodka e usar cocaína.-João falou, tentando não parecer derretido ao ouvir a voz manhosa de Pedro.

Sua mente estava tendo lembranças da madrugada e da boca do mais novo era desgraça. Nenhum beijo com Camila fez ele sentir tudo aquilo, como aquele pequeno beijo.

João pegou o celular e abriu a notas do celular e escreveu: "Tua boca na minha, minha desgraça".

Pedro ficou deitado ao lado do mais velho e depois recebeu uma ligação de sua mãe, Ana Marina, lhe convidado para um almoço em seu apartamento.

Fazendo o drama clássico "nossa depois que começou a faculdade me abandonou".

Não precisou sair do quarto para ouvir a ligação, por que não tinha vontade para sair já que estava morto de preguiça.

-João?-Pedro o chamou fazendo ele parar de digitar. -Topa ir comigo, encontrar almoçar com minha mãe?

-Claro, faz anos que não vejo Ana Marina, posso chamar minha mãe também?-João perguntou. Ele tem um carinho grande pela mãe de Pedro.

-Então vamos nos preparar psicologicamente para ouvir elas falando de nossas vidas de quando éramos adolescentes.-Pedro falou.

-Eu te conheço quase por completo, Pedro Augusto. -João o chamou pelo seu primeiro e segundo nome e Pedro riu-Não conheço?

Pedro não respondeu

-Pedro Tófani.-João grita e Pedro saiu correndo e foi em direção ao banheiro.

-João Romania.-Pedro gritou de volta, já dentro do banheiro.-Vou tomar banho

João ainda continua com o seu sorriso de besta em seu rosto, o único que faz ele ter aquele sorriso é o Tófani, e manda mensagem para sua mãe a convidando, e depois respondeu a sua namorada, ela estava convidando ele para um encontro e rapidamente aceitou.

Quem sabe trazer ela para o apartamento depois? Precisaria conversar com Pedro depois.

-Tófani.-João gritou, enquanto o mais novo tomava banho ele já arrumou a cama e já tomou seu banho, no banheiro que é do quarto de Renan.

E quando menos se espera, o mais novo saiu do banheiro, estava bonito era pouco para classificar o homem que estava em sua frente, usando uma blusa do Jão e uma bermuda azul.

-Você está bonito.-João falou e deu um beijo na bochecha de Pedro, o toque da barba do maior fazia cosquinha na bochecha do mais novo

-Fica gatão de barba, Romania.-Pedro falou. As vezes Pedro gosta de ficar pensando como seria se João não estivesse namorando

-Essa blusa é minha?-João perguntou assim que saíram   do apartamento e foram  em direção á garagem.

-Será?-Pedro perguntou ironicamente . -Sim Romania a blusa é sua. -João gostava de como o som de seu sobrenome saía da boca de Pedro.

Não demorou muito para Pedro começar a dirigir até a casa da Catarina, de acordo com as orientações do mais velho, os dois cantávamos músicas e fazíamos dancinhas idiotas toda vez que parava no sinal vermelho.

Quem via  de longe percebia rapidamente que parecia que os dois estavam apaixonados, naquele momento ambos queriam que eles fizessem aquilo mais vezes mas existia Camila

Ambos voltaram ao mundo real quando Catarina entrou no carro. Pedro observou que a mais velha está segurando  um vaso com flores brancas e entrou no banco de trás.

-Sua mãe gosta de flores né, Pedro.-Catarina perguntou assim que colocou o cinto de segurança.

-Sim, Dona Cata. Minha mãe é a louca das flores.-Pedro falou  enquanto dirigia até a casa de sua mãe agora.

Sua mãe mora no mesmo apartamento, desde de que ele era um mini Pedro, sempre foram só eles dois. Pedro não tem irmãos então eles se tornaram cada vez mais próximos.

Aquele mesmo apartamento que anos seguintes seria um refugio para ele e para o João, um lugar que poderíam, ser eles mesmos, fumarem, beberem, dançar juntos, dormirem juntos( João sempre observando Pedro dormir, e como aquele menino era perfeito), chegaram a pintar uma parede e até se beijarem algumas vezes.

-Chegamos.-Pedro falou assim que estacionou o carro em uma vaga. Desceram todos juntos, só João que teve que da a volta.

Não demoraram muito na portaria, já que o porteiro já conhece eles, então  só liberou a nossa entrada.

Quando chagaram  na porta do andar de Ana Marina, Pedro tocou  na campainha só esperando ela atender

-Meu filho! Finalmente lembrou que tem mãe.-Marina  falou  abraçando seu filho forte.

-Eu também estava com saudade mãe.-Pedro falou e beijou a  bochecha depois que saíram  do abraço.

Ana Marina também olhou João e sua mãe.

-Menino João.-Marina também o abraçou. O mesmo carinho que a família do João tem por Pedro, Marina  (única pessoa que Pedro chama  de família), gosta dele

-Pode se dizer que já não sou um menino, há um tempo, Ana.-João falou após sair do abraço.-Essa é a minha mãe, Catarina Romania, mãe essa é Ana Marina, mãe do Pedro.

Catarina deu abraço em Ana Marina, elas já se conheciam por seus filhos serem amigos, mas já faziam 3 anos que elas não se viam. Já que foi esse o tempo em que Pedro e João se distanciaram.

-Obrigada pelas flores, Catarina.-Marina falou assim que saiu do abraço.

Depois que entramos, a mesma  fechou a porta e foram todos em direção a mesa.

-Mãe, quer ajuda?-Pedro perguntou. Isso de se oferecer para ajudar é costume bastante mineiro, o que Pedro é.

-Só busca o trem lá para mim.-Marina falou e apontou para o vinho. A cara de confuso de João e  Catarina são as melhores.

-Desculpe gente, mamãe  ainda usa uns ditados mineiros, trem é igual a coisa.-Pedro falou com o vinho em suas mãos.-Aceitam?

Os Romania não aceitaram. Catarina ainda estava chocada como Pedro e Ana Marina eram parecidos

-Pedro é a sua cara, nem parece que o pai dele teve algo a ver.-Catarina falou

O clima da mesa ficou meio tenso até Pedro o cortar.

-Obrigada pelo o elogio, Tia Cata. Eu quero acreditar que aquele homem não teve nada haver comigo. -Pedro terminou de falar

O almoço é macarrão com espinafre e queijo. Pedro está no processo para se tornar vegetariano há um tempo então Ana Marina fez o almoço para eles.

-Esperem que gostem e bom apetite.-Ana Marina falou

Só posso dizer  uma coisa, esse almoço está só começando. E com certeza Ana Marina e Catarina vão fazer o que toda mãe faz, expor a vida de suas crianças, ou podemos dizer que não são tão crianças assim não é mesmo?

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