Jantar entre amigos

321 28 126
                                    

-Eu vou lhe pedir para você termine isso que você tem com a aberração do Augusto.-Thiago falou tranquilamente enquanto bebia sua bebida.

Ele estava falando do meu Pedro?

-Que? Por que o senhor está me pedindo isso?-Perguntei, queria tentar entender o por que daquilo

-Não estou pedindo, estou quase mandando, ainda tenho chance de fazer que ele  largue a vida de audiovisual e seguir advocacia como eu. E eu tenho certeza que isso que vocês devem ter não vai adiante.-Thiago continuou a falar.

-Como o senhor sabe se temos algo?-Perguntei.

E ele não disse nada e apenas me mostrou fotos, minhas e de Pedro na faculdade, uma foto em que estávamos nos beijando em um ambiente completamente tranquilo com os nossos amigos (e todos apareciam na foto).

-Ou vai me dizer que este não é você?-Ele perguntou quase rindo.

-Sim, esse sou eu. -Falei.-E esse é o Pedro.

Durante as frases que escutei sair da boca de Thiago cada vez fico mais em choque  como aquele ser poderia ter contribuído para o meu namorado nascer. Sério, eles são pessoas completamente diferentes.

-Então! Eu preciso que você se afaste dele, e dessa vez eu não estou pedindo João Vitor,  estou mandando, e se não realizar isso no período de CINCO/SEIS MESES pode da adeus a sua sogra.-Ele falou.

Ele me deu um prazo para terminar com Pedro ou ele mataria Ana Marina? Vou ter que aceitar.

-Ah e ele não pode suspeitar de nada, está me ouvindo? De nada.-Thiago completou.-Estamos entendidos?

-Sim, estamos entendidos. -Falei e bebi meu café

Estou disposto de fazer esse cinco, seis meses serem os melhores na vida de Pedro.

Me levantei do meu lugar e saí sem me despedir. Esse cara é horrível e olha que eu não passei nem uma hora ali, apenas 3 para 4 minutos, imagina o Pedro que passou mais da metade de sua vida convivendo com esse homem.

Antes de sair de sair do estabelecimento comprei algo para Pedro e eu tomarmos café da manhã e depois sai com uma sacola do Starbucks na mão esquerda e meu café na mão direita, e pedi um táxi que estava parado na rua.

Passei meu endereço e ele seguiu. Fiquei pensando no homem que está me esperando em casa e o que irei fazer para a gente passar a tarde.

-Você chegou ao seu destino, deu 40 reais.-O motorista falou e peguei duas notas de vinte reais da carteira e lhe entreguei. Não acredito que paguei oitenta reais só para encontrar um filho da puta do meu sogro.

-Obrigado, bom dia.-Falei e saí do carro, terminando meu café e aproveitei para jogar fora o grande copo.

Demorei um pouco pra subir, moramos no sétimo andar e não é uma coisa muito rápida.

-Amor, cheguei. -Falei e encontrei ele na mesa redonda trabalhando. Editando vídeo, não o da faculdade, tirei o seu fone de ouvindo e falei novamente.-Amor cheguei.

-Oh, bom dia meu amor.-Ele me puxou para um beijo.-Cara, me acorda quando você for sair, por que é péssimo acordar sem você ao meu lado.
-Ah, tudo bem.-Falei enquanto tirava as coisas para tomarmos café na sacola.

-Onde você estava?-Aquela pergunta me fez gelar, não posso dizer que fui encontrar com o pai dele

-Fui resolver umas coisas do restaurante. E aproveitei para passar no Starbucks.-Falei voltando a respirar direito

-Ah sim. -Pedro falou-Ana Clara está me enchendo o saco para eu fazer uma bendita tatuagem nas costas de dragão. -Pedro falou e pegou apenas o seu café. -Obrigado Jão.

Lindo DemaisOnde histórias criam vida. Descubra agora