ultimo dia em Americo

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Para finalizar a nossa hospedagem aqui em Américo, irei levar Pedro para o meu lugar especial.

Lugar esse que não tem nenhum igual em São Paulo, sei disso já que moro a mais de três anos.

Saio do meu transe quando Pedro fala.

-Terminei de desenhar a nossa filhota. -Pedro falou com toda alegria, parecendo uma criança, e mostrou o guardanapo.

E dava para ver que era a chicória ali, a carinha dela.

-Está lindo Pedro. -Minha mãe falou. Ela era apaixonada por qualquer tipo de arte. -Como aprendeu a desenhar assim?-

-Rapaz, além de saber cozinhar, dançar, jogar sinuca também sabe pintar. Já pode casar filhote, antes que outro venha-Papai falou e ele riu sem graça.

-Aprendi com a minha mãe, nas noites que meu pai estava fora de casa , no "trabalho".-Ele falou entre aspas. -Ah e obrigado pelo elogio.

-Acho que está cedo demais para casar, não é mesmo?-Perguntei e pisquei para Pedro.

Ficamos um tempo em silêncio apenas deliciando a comida do meu namorado.

-Uau, Pedro, essa comida está uma delícia. -Minha mãe falou- Vou querer a receita depois.

-Claro, minha sogra. -Pedro falou.

-O meu filhote ajudou nisso?-Papai perguntou depois de terminar de comer.

-Não. Jão não sabe fazer nem ovo. -Meu namorado falou. 

Meus pais riram pois sabiam que era verdade. Depois de pum tempo, meus pais subiram para dormir.

Saímos da mesa e nos deitamos no sofá.

-Amor-Chamei Pedro que estava atento no seu celular

-Oi vida. -Pedro me respondeu mesmo sem prestar atenção.

-O que acha de te levar para um lugar importante hoje?-Perguntei.

-Ótima ideia, já estou ansioso.-Pedro falou enquanto mordia seus lábios.

O trecho, "Quero poder implicar com todas suas manias" apareceu em minha mente e rapidamente anotei.

(...)

Já está na hora de irmos fazer nosso último momento aqui.

-Amor, está na hora perfeita de irmos. -Falei.

-Tudo bem amor. -Pedro falou meio sonolento. E subimos juntos para o quarto.

Pegamos nossos edredons e travesseiros para levarmos para o carro do meu pai. Tomando todo o cuidado possível para não cairmos, conseguimos colocar tudo na caminhonete.

O horário perfeito que eu falo, é o pôr do sol, com certeza meu momento favorito do dia.

Dei todas as coisas para Pedro, enquanto eu fui pegar a chave do carro velho

Não demorou muito para entrarmos no carro e nos acomodarmos no pequeno espaço.

Eu  vinha aqui desde de adolescente, então sei muito bem onde é que fica.

-Você vai conhecer a minha parte favorita de Américo. -Falei enquanto dirigia e ele segurava uma das minhas mãos. 

-Pensava que era a casa dos seus pais. -Ele falou.

-Talvez, lá seja o segundo.-Falei e saímos da movimentação. -Olha o pôr do sol.

Pedro olhava para a vista, como uma criança olhava para um brinquedo.

-Jão esse lugar é incrível.-Pedro falou olhando para a vista.

Nada é mais incrível do que te ver assim, meu amor.

Dirigi mais um pouco até que estacionei o carro em um lugar que dava para ver Américo por inteiro.

-Aqui faz frio.-Pedro falou assim que descemos do carro.

-Por isso trouxemos os edredons. -Falei e cada um levou o seu e fomos para a parte de trás da caminhonete e fizemos uma cama improvisada na ceira da caminhonete , colocando os dois travesseiros um do lado do outro

Ele se acomodou em meus braços.

-Obrigado, João. Obrigado por me fazer sentir tão bem, eu adoro você.-Pedro falou.

-Obrigado por você também me fazer tão bem, Pedro Augusto.-Falei, o chamando pelo dois nomes.

Eu não precisava mais de nada. Está ali com o meu namorado já era a melhor coisa em minha vida, só faltava a nossa filhotinha e mais gatos que penso em ter com ele.

Demoramos mais um pouco ali, para irmos para a casa dos meus pais.

-Vocês já vão?-Meu pai perguntou enquanto estávamos arrumando as coisas.

-Já meu sogro, temos que voltar para a faculdade.-Pedro falou enquanto arrumava suas coisas. -Carlos, quer ver o vídeo que eu terminei?

-Claro, eu não entendo nada de vídeo, mas posso ver.-Meu pai falou. Conhecendo o Sr. Carlos Alberto por anos, então sei que
meu pai está feliz.

Meu namorado largou o que estava fazendo ali e entregou o seu celular para o meu pai e colocou no vídeo. Eu também me aproximei.

-Eu não vou ver, e se eu for vou colocar defeito.-Pedro falou e voltou para o banheiro. -Jão, tem coisa sua ainda aqui.

-Pega aí para mim.-Falei e voltei a minha atenção para o vídeo que ele havia feito.

Se passaram mais algumas horas. Minha mãe estava chorosa porque a gente já estava indo, mas é sempre assim, já estou acostumado. Meus pais se despediram da gente e fomos em direção a São Paulo.



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