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(...)
Havia um clima indiferente naquele quarto, uma ansiedade profunda tomava conta daquele quarto. Na parede, havia um quadro de Picasso, sendo mostrado. Na imagem duas pessoas, Nadire não sabia distinguir se eles estavam se beijando ou não. Mas pôde sentir alguns sentimentos confusos entre eles.
Sn pede um duas xícaras de café para seu quarto.
Nadire observava detalhadamente aquele quadro. Não sabia o porquê daquele quadro chamou sua atenção, mas tirou uma hipótese: havia duas pessoas confusas no mundo de imaginações.
Mundo de imaginações. O mundo que ninguém queria sair, um tipo de lugar que você pode sonhar, sem ser julgado. Amar, sem ser errado. Sentir medo,por sentir, e não por causa de alguém. Chorar de felicidade, e não de ser magoado. Morrer do lado de alguém que amamos. Aquela imagem mostrava aquilo, ou, foi na interpretação de Nadire.
Sn logo percebeu seu olhar caindo no quadro. Como um olhar de admiração nunca tinha visto algo não chamativo que chamava sua atenção.
--- Sn: Preciso nem perguntar, se a senhora gostou do quadro.
Sorriu. Nadire saiu dos seus pensamentos e olhou para filha.
--- Nadire: É.. disse alguma coisa, filha ?
--- Sn: Eu falei que nem precisava perguntar se gostou do quadro ou não.. deu pra ver nos seus olhos.
Nadire sorriu e olhou mais uma vez para o quadro.
--- Nadire: É um belo quadro. E suponho, que seja suas pessoas confusas no relacionamento.
--- Sn: Como sabe ?
--- Nadire: Sei interpretar facilmente as coisas. E também te conheço muito bem.. suponho que você esteja confusa também. E não aceito " não " como alguma coisa.
--- Sn: Nossa.. a senhora me conhece mais do que ninguém ! É exatamente isso. Ah,mãe.. eu tenho tanta coisa para conversar.
--- Nadire: Temos o dia todo para isso.
Sn esculta alguém batendo na sua porta, ao atender era a mulher do restaurante,segurando uma bandeja com dois cafés a pedido de Sn.
