Felices Los 2

.19.

ABEL TESFAYE

A semana passou se arrastando o que só aumentou a expectativa do final de semana. Além de preparar tudo para receber Aisha em minha casa e com certeza, dessa vez na minha masmorra da cobertura, mas também para a emboscada que Emmett e os caras estavam armando.

Dimitri realmente tinha ganho uma espada do meu irmão e estava louco para usar. Não sei porque ainda me surpreendo, ele e Emmett compartilham da mesma paixão por lâminas.

Depois de deixar tudo pronto na masmorra, para quando Aisha chegasse, ligo para Simon e combinamos que ele buscará Emma normalmente pois a minha submissa seria toda minha em todos os sentidos durante todo o final de semana.

Pego as chaves do carro, decido usar meu conversível preto hoje, desço pelo elevador e me olho pelo espelho  aprovando o meu visual, blusa social branca, gravata, sobretudo, calça social e sapatos pretos. Chegando no carro dou partida e acelero pelas ruas de Nova Iorque até o encontro da morena que tem fodido meus pensamentos.

Não demora muito para que eu chegue no hospital, e estacione o carro  quase que de frente para a porta de entrada e saída principal. Saio do carro e me encosto contra a porta do passageiro mandando uma mensagem para ela, avisando que cheguei. Resisto a ideia de pegar um baseado para tragar enquanto espero por se tratar de um hospital, mas agradeço por não ter feito, pois perderia a beleza que é ver Aisha Bazzi caminhar em minha direção com um sorriso de tirar o fôlego.

E vou confessar, toma muito do meu autocontrole para eu não percorrer o espaço que me afastava dela. Mas com a mente em tudo que preparei, e que a pressa é inimiga da perfeição, espero que se aproxime de mim.
E assim que o faz, tiro a mochila que estava pendurada em apenas um de seus ombros, e a puxo para mim enlaçando um braço entorno de sua cintura e levando a outra mão até seu pescoço, colando nossos corpos. Troco de lugar com ela, fazendo seu corpo se chocar contra o carro e tomo seus lábios com os meus em um beijo esfomeado.

O choque que sinto ao ter sua língua na minha, emana por todo meu corpo, fazendo com que eu aumente o aperto em seu pescoço e pressione meu quadril contra o dela, mostrando o quão duro só esse beijo me deixou. Afasto apenas meus lábios do dela, arrastando meu nariz por seu rosto e pescoço.

- Porra eu senti muito a sua falta, linda. - Sussurro.

- Eu também, Abel. Muito. - E dessa vez é ela quem toma meus lábios, me conduzindo em um beijo menos desesperado, porém tão intenso quanto. E mais uma vez preciso prezar pelo meu autocontrole ou eu comeria ela ali mesmo.

Respiro fundo e me afasto, trazendo ela um pouco comigo, abrindo a porta do carro para que entre. Assim que se acomoda, dou a volta entrando pela porta do motorista, colocando sua mochila no banco traseiro do conversível e dando partida.
Enquanto dirijo pelas ruas de Nova Iorque  agora bem mais calmo que antes, deslizo uma mão até sua coxa, que estava tampada por um vestido que marcava todos os lugares certos.

- Como foi seu trabalho, linda? - Pergunto e a olho de canto de olho.

- Foi intenso, duas cirurgias de emergência, pensei que não fosse dar conta.

- Claro que você dá conta, é a melhor médica que esse hospital tem. - Digo e ela dá um tapinha na minha mão de brincadeira, enquanto ri, para depois entrelaçar nossos dedos.

E não sei o que é, mas algo nisso me deixa bem, confortável e com uma sensação de que é certo.

- Você é um bobo, Abel Tesfaye.

- Adoro meu nome saindo dessa sua boca gostosa. - Dou uma piscadinha para ela, e na mesma hora vejo um tom rosado bem de leve tomar seu rosto. - Como está Emma, Ariell e Caleb?