thoughts

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╰•★★ ʂıƙıʑų ★★•╯

— Mas pra onde vocês vão? — Jisung perguntou, os olhos arregalados mostravam seu desespero ao receber a notícia dos três.

— Ainda não sabemos — Hyunjin disse, colocando Felix em seu colo depois de sentar no sofá — Isso o Lixie vai decidir para nós.

— Puqe? — Lix encostou a cabeça no peito do mais velho, suspirando, com o gatinho no colo.

— Porque sua felicidade é mais importante para nós — Changbin se juntou a eles, sentando-se e beijando a testa do pequenino.

Jisung brincava com os dedos de Minho enquanto olhava para o chão. A ideia de ter o passarinho tão longe de si não lhe caía bem.

Mas uma hora os passarinhos precisam sair do ninho e fazer o seu próprio, não é?

— Se isso vai te fazer feliz, então é isso que você tem que fazer — Jisung falou tristemente, olhando com uma carinha de choro para Felix — Mas independente de onde você for, eu vou estar sempre com você, tá?

Lix começou a lacrimejar, um bico se formou em sua boca. E quase que involuntariamente suas mãos chamaram por Jisung, pedindo pelo colo do esquilinho.

E Jisung se levantou, pegando o menino nos braços e o aconchegando no abraço gostoso.

Com o rosto colado um ao outro, houve um momento de silêncio até que Jisung franzisse a testa e olhasse estranhos para os namorados do pequenino.

— Ele está quente — estava preocupado agora, mais do que imaginava que pudesse estar — A quanto tempo ele está assim?

— Desde ontem — Hyunjin respondeu, levantando-se para pegar o menino do colo do outro.

Mas Jisung se recusou e foi até o quarto dos meninos com o pequeno, o colocando na cama logo após e o arrumando entre os lençóis e cobertores.

Hyun e Bin ficaram na porta do quarto enquanto Jisung ninava o garoto resfriado até que pudesse dormir e descansar.

Era lindo ver o quanto Jisung cuidava do loirinho como se fosse seu próprio filho. E era incrível como Felix simplesmente sentia-se seguro perto do esquilinho.

E assim como uma brisa de verão, o garotinho caiu no sono rapidamente.

Han se perguntava se sobreviveria tanto tempo longe daquele menininho ou se o mesmo passaria bem estando a alguns países de distância.

E ao mesmo tempo sabia que seu menininho precisava crescer. Ele precisava ter sua própria vida. E agora que tinha dois cães de guarda babões pelo pequeno, sabia e orava para que ele ficasse bem onde quer que estivesse.

Depois dos milhares pensamentos atrapalharem seu raciocínio, Jisung esticou as pernas, andando para fora do quarto e fechando a porta assim que os dois babões saíssem do caminho.

— Ele vai sentir sua falta — Hyunjin disse, descruzando os braços e os envolvendo em Jisung como forma de agradecimento — Mas não se preocupe, vai ter mais uns dois meses pra se despedirem direito.

Changbin estava quieto, lacrimejando.

— O que foi? — Jisung questionou, tentando entender o motivo da choradeira.

E sem aviso prévio, Changbin abraçou o esquilo com força, deixando o outro quase sem ar. Ao afrouxar o aperto, Bin se afastou e manteve as mãos nos ombros de Han, dando dois tapinhas no esquerdo.

— Obrigado por cuidar dele todo esse tempo... se não fosse por você, sequer o teríamos conhecido.

. . .

— Dada... — Lix resmungou, tirando a chupeta da boca e esfregando os olhos com as mãos que apertavam um paninho cheiroso que usava para dormir.

Sem resposta alguma, ele se apoiou nas mãos, sentando na cama e procurando Nina, que estava na beirada quase caindo da cama.

O pequenino abraçou a ursinha roxa e respirou fundo algumas vezes. Os pezinhos quentinhos saíram de debaixo da coberta. De forma calma ele foi até uma das estantes e pegou o primeiro papel que viu com a primeira caneta colorida que apareceu na sua frente.

Ele dobrou suas pernas até que pudesse se sentar no chão e começou a desenhar, abraçado com Nina e a chupeta enroscada no dedo indicador da mão esquerda.

— Olha ti nindu! — pegou o papel e o levantou acima da cabeça — Será ti dada vão gosta? — perguntou a Nina, que, na cabeça de Felix, sorriu concordando.

A chupeta voltou para os lábios dele assim que o menino ficou satisfeito com o desenho e decidiu entregá-lo para seus papais.

Ele andava engraçado, devagar e avoado, olhando tudo ao redor mesmo que já soubesse onde cada coisinha ficava na casa.

Ele gostava dos detalhes, das aranhas subindo as paredes, os tapetes macios cheios de desenhos geométricos nos corredores, as suculentas nas janelas pegando um solzinho e o gatinho brincando com qualquer coisa que parecesse interessante.

Era legal olhar aquelas coisinhas que são tão ordinárias mas não tão apreciadas naturalmente.

— Onde dada tá... — ele se questionou depois de dar a volta na sala algumas vezes, checar a cozinha e procurar na área externa.

Só sobrava um lugar. Mas não fazia sentido estarem no outro quarto. Se quisessem dormir teriam se juntado a Felix, certo?

O menino segurou o papel nas duas mãos, fazendo o caminho longo até o quarto. E sem aviso prévio, sendo uma criança como sempre foi, tentou abrir a porta.

E por algum motivo estranho, estava trancado.

— Jini... Bin! — ele chamou, desistindo de tentar abrir, e agora apenas olhando para cima.

Permaneceu sentadinho no chão, escutando os dois murmurarem e esbarrando em algo do outro lado da porta.

— Só u-um minutinho, Lixie — Hyunjin falou tentando parecer calmo.

Enquanto isso, Changbin pulava no chão para vestir as calças de volta no corpo.

O pequeno não entendia, então a única coisa que podia fazer era esperar até que pudesse ver a porta ser aberta.

— Você dormiu pouco, meu bem — Hyun largou a maçaneta, pegando o pequeno no colo — Como foi a naninha?

— Puqe papai ta vermelho? — olhou Changbin, esquecendo-se da pergunta feita a si.

— A-ah, p-porque... está quente. É, está bem quente.

Felix concordou, não percebendo que a casa estava um gelo e todos vestiam roupas da cabeça aos pés!

Mas não tem muito o que dizer, a inocência das crianças não tem limites. Assim como a criatividade, e a boa sorte de fazer as pessoas em volta passarem vergonha de vez em quando... enfim.

Hyunjin levou o menino para a cozinha, cortando morangos para o pequeno.

Changbin foi ajudar colocando suco na mamadeira e enchendo o loirinho de beijinhos.

— Você sabe que antes de viajar temos que falar com a sua mãe, não é? — Bin falou, deixando o passarinho com um bico chorão e a mente num furacão.

— Seo Changbin, não era pra falar disso agora. Ele só vai chorar e não vai entender — Hyunjin largou o pote com os morangos na mesa e acarinhou as bochechas do pequeno, o confortando — Depois falamos disso, tá bom?

— Eu só achei que precisávamos falar logo... — lamentou.

— Entendo — Hwang o olhou — Mas agora não. Prometo que conversamos isso com ele depois — beijou os lábios da face emburrada e fez seu caminho voltando para a pia.

. . .

— Se tirarem meu filho de mim, eu não responderei pelos meus atos.

(づ。‿。)づѕтααα

𝐫𝐚𝐢𝐧𝐛𝐨𝐰𝐬 ♥ 𝐜𝐡𝐚𝐧𝐠𝐡𝐲𝐮𝐧𝐥𝐢𝐱Onde histórias criam vida. Descubra agora