moments

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╰•★★ ʂıƙıʑų ★★•╯

1 - Eu tenho uma nova vida, um novo eu e vocês podem ter sido a razão da minha existência mas eu quem decido o que fazer com a minha vida;

2 - Vocês são meus pais, mas sua posição não muda o que me fizeram passar;

3 - Sou emancipado, não preciso mais do seu apoio ou consentimento;

4 - Finalmente estou sendo amado de verdade, tenho duas pessoas incríveis ao meu lado e não há nada que vá mudar isso.

Era isso que precisava falar. Era o que havia escrito naquele papelzinho amassado e rasurado mil vezes que segurava em mãos.

Tinha dois pitbulls humanos o protegendo e prontos para atacar em qualquer sinal de ameaça. Changbin vestia-se todo de preto, uma camiseta regata deixando os músculos à mostra. Queria assustar qualquer um que tentasse chegar no loirinho. Já Hyunjin intimidava com a aparência bem cuidada e a altura.

Estavam na frente daquela casinha, as paredes mofadas e a rua barulhenta eram familiares demais para o garotinho que apertava a mão esquerda de Hyunjin com a sua própria.

— Vai ficar tudo bem — Felix sussurrou para si.

O sorriso reconfortante dos mais velhos era suficiente para acalmar a respiração pesada do outro.

. . .

Eles saíram para os fundos da casa, sentando os três lado a lado no banco escuro, vendo o quão destruído aquele lugar parecia, cheio de plantas intrusas nos muros e pelo chão coberto de terra e pedras.

De dentro da casa agora saiu o casal emburrado, com cadeiras em mãos para sentar em frente à visita.

Ambos tinham uma aparência peculiar, por conta das drogas e do álcool muito provavelmente. A mulher tinha os olhos fundos, um nariz fino como o de Felix e cabelos loiros escuros. Já o homem era magro, sustentado apenas pelos ossos e a pele do couro. Os cabelos tinham falhas evidentes, o deixando parcialmente calvo.

Que se danem os bons modos, os "adultos" sequer se importaram com o que o garotinho tinha para dizer, só queriam saber de afirmar a cada palavra o quando ele não fazia falta, ou que deveria ser alguém melhor. Pura hipocrisia, eu diria.

Depois de muita insistência e pouca compreensão, os dois se calaram, aceitando ouvir as palavras surradas dentro do coração querido do menino.

Depois de ditas, era certo que não queria papo. O loirinho segurou a mão de Hyunjin e olhou para o outro ao seu lado, pedindo para ambos que queria ir embora, sair daquela casa e esquecer aquilo.

Ele não iria esquecer, não mesmo. Mas queria pensar neste momento quando estivesse longe do que mais lhe causou dor no passado, era o mínimo.

Com gritos e muito escândalo, os três saíram da casa escutando o homem berrar na porta da casa, mandando o pequeno menino nunca mais voltar. E era o que ele queria, não pretendia voltar lá nunca mais, Nem se fosse convidado. Não era sua casa, era sua prisão.

. . .

— Lembra quando eu te conheci?

A voz suave perguntou as estrelas, olhando com indolência para a noite que seguia através do lado de fora da janela. O quarto era iluminado apenas por um pequeno abajur no canto da escrivaninha na cor creme.

— Hm... — respondeu o outro, fechando os olhos e apertando a bochecha contra o peito macio que subia e descia com a respiração calma.

— Você estava lá... desejando não estar mais nesse mundo — puxou o ar com força para dentro do pulmões, lembrando da intensidade que sentiu ao ver aquele menino triste no chão do terraço — Não sei, mas naquela hora nunca quis tanto saber da história de alguém.

"Você parecia tão quebrado, caído em ruínas por si próprio e pelos outros, um garotinho que guardava tudo, que sequer pensava em si e no próprio bem estar. Sei que você não queria aquilo, mas também entendo que as opções eram limitadas pra sua mente aflita..."

"O que quero dizer é que eu nunca senti o que senti quando começou a falar comigo. Nunca pensei tanto em alguém nem antes nem depois daquele dia. Desde então, a única razão de continuar aqui, de dar um jeito de melhorar, tem sido você, Seungmin. Você tem sido o ar que me faltou durante toda a minha vida."

Naquele momento já haviam as famosas lágrimas escorrendo pelo rosto vermelho, a suavidez da camiseta de algodão e do calor do corpo do mais velho o acolhiam num conforto maior que chocolate quente num dia frio e solitário.

Seungmin chorava baixinho, lembrando também de como conseguiu se sentir vivo quando teve o loiro em sua vida. Agradecia a Deus por não ter partido naquele dia nem em outras vezes que havia tentado algo que acabaria com qualquer chance de vida.

— Sou tão sortudo por ter te conhecido naquela merda de dia — falou, rindo em meio às lágrimas bobas, feliz por ter acontecido o inesperado.

— Eu sou muito mais — beijou-lhe na testa, de forma terna e carinhosa.

. . .

Mesmo com as coisas que acontecem, é sempre necessário comemorar uma vitória, celebrar uma alegria em comum. Era exatamente o que fariam naquele momento.

— Vamos lá, Hyunnie, você escolhe a minha roupa, eu escolho a do binnie e ele a sua! — Lixie sorriu, correndo para o guarda-roupas procurando naquela imensidão de roupas.

A maioria tinha um tom escuro, coisas como preto e cinza. Mas volta e meia um azul turquesa e até mesmo um verde musgo apareciam. O pequenino escolheu uma camisa com a estampa de Guns N' Roses branca, uma baggy jeans preta com um casaco de moletom aberto também preto.

Era a cara do mais velho, que amava as cores básicas que compunham seu armário inteiro.

Quando virou-se com as peças de roupas nos braços, Hyunjin segurava algo colorido, um suéter cor creme bem largo, duas meias bem cumpridas também creme,com detalhes de pequenas flores azuis bordadas no cumprimento.

Mas o que mais lhe intrigou foi a saia plissada azul bebê, levemente curta e completamente adorável com uma renda branca na barra.

— Pensei que você ficaria fofo vestido nela — mostrou-lhe os detalhes mais de perto — Mas não tem problema se você não se sentir confortável para usá-la ainda.

Hyunjin sorriu vendo as mãozinhas agarrarem a saia e um sorriso fofo se formar no rosto delicado de Felix.

— Eu amei, Hyunnie — se balançou para frente e para trás, tentando conter sua felicidade enquanto se apressava em tirar a calça de moletom e substituí-la pela saia.

Changbin discretamente tirava fotos com o celular com a tela toda quebrada de tanto que deixava o aparelho cair. Mas sabia que mais tarde se arrependeria de não ter fotos do loirinho na saia fofa. Queria enquadrar aquela imagem e pendurá-la numa parede da casa para todos verem o quão adorável seu menino ficava naquelas roupas.

— Parece um anjo — comentou depois de guardar o telefone celular —Meu anjinho.

— Nada disso, ele é nosso — Hyunjin levantou a voz, fazendo ênfase no 'nosso'.

— Ciumento — Seo revirou os olhos, abraçando o pequeno, fazendo ciúmes no cabeludinho.

— Sou mesmo — afastou os braço de Changbin e se enfiou no meio do abraço.

Eles começaram a rir, envoltos pelo momento gostoso que compartilhavam entre si.

— Vamos nos arrumar, o filme começa daqui uma hora! — Lixie falou, se afastando dos dois para terminar de se aprontar — Eu que não quero chegar atrasado no filme!

(づ。‿。)づѕтααα

Mds, desculpa a demora de atualizar T.T prometo melhorar, amo vcs

𝐫𝐚𝐢𝐧𝐛𝐨𝐰𝐬 ♥ 𝐜𝐡𝐚𝐧𝐠𝐡𝐲𝐮𝐧𝐥𝐢𝐱Onde histórias criam vida. Descubra agora