Capítulo 10

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Liz


Finalmente o taxi chegou à porta do meu prédio, eu simplesmente joguei o dinheiro no banco da frente abrindo a porta do carro saindo do mesmo e a fechando com brutalidade. Nem ao menos olhei para trás para ver se Sophia estava vindo atrás de mim, na verdade não era preciso olhar eu sabia muito bom que ela viria, eu sabia que ela não iria desistir tão fácil... Eu estava andando rápido de mais em direção à portaria, quase correndo e cambaleando um pouco também. Não queria que ela me alcançasse, queria mesmo que ela desistisse de me dizer o que eu já sabia.

Sophia: Espera Liz! – Ela tentava me acompanhar.

Liz: Vai embora Sophia! – Eu ainda andava rápido sem olhar para ela.

Sophia: Não, já disse que não vou embora até você me ouvir! – Ela insistia em me seguir.

Liz: E eu já disse que não quero falar com você! – Entrei na portaria de meu prédio e a infeliz entrou atrás.

Sophia: Para de correr, olha para mim. – Ela pegou em meu braço me puxando com força, mas eu não hesitei arranquei-me de sua mão com pressa. - Escuta o que eu tenho para dizer!

Liz: Não Sophia, não! Não quero! Vai embora! – Eu ainda andava rápido, agora indo em direção ao elevado.

Sophia: Escuta-me Liz, eu só te peço isso, que você me escute! – Ela tentou segurar em meu braço mais uma vez.

Liz: Vai embora! – Felizmente o elevador já estava a minha espera.

Sophia: Não vou até você me ouvir!

Liz: Quer falar? Então fala sozinha! – Eu entrei no elevador apertando o numero oito com dificuldade.

Sophia: Para com isso, deixa de ser infantil! – Ela entrou atrás de mim me deixando ainda mais irritada.

Liz: Porque você não vai embora Sophia?! Por quê?! Vai para sua casa cara! Ou volta para festa, só me deixa em paz cara! – Eu dei as costas para ela ficando de frente para a parede do elevador em movimento e encostei minha cabeça na mesma fechando os olhos com força.

Sophia: Você vai me ouvir?

Liz: Não!

Continuei com a cabeça encostada na parede do elevador, queria muito que ela sumisse dali, que ela evaporasse ou fosse para o inferno. Mas eu podia sentir a sua presença mesmo de costas para ela, mesmo com ela calada por alguns segundos... O elevador finalmente chegou em meu andar e eu sai de dentro dele como um furação tropeçando nos meus próprios pés. Catei as chaves em meu bolso tentando abrir a porta o mais rápido possível, mas minhas mãos tremiam e minha visão ainda estava lenta de mais.

Sophia: Deixa eu te ajudar! – Ela estendeu a mão para mim.

Liz: Pensei que já tivesse ido embora!

Sophia: Eu já te disse que não vou embora enquanto você não me ouvir!

Eu a ignorei mais uma vez. Juro que meu ódio só aumentava a cada palavra que ela dizia, não queria mesmo ouvi-la. Finalmente consegui abrir a porta do meu apartamento, entrei rapidamente tentando fechá-la atrás de mim deixando Sophia do lado de fora, mas ela foi mais rápida e bloqueou a passagem empurrando a porta com força entrando junto comigo. Eu estava quase chorando de ódio... É um inferno essa menina não me deixar em paz! Sophia trancou a porta do meu apartamento e jogou as chaves em cima da mesinha de centro. Já eu permaneci imóvel olhando para ela.

Liz: Vai embora! – Eu gritei.

Sophia: Não grita sua louca, vai acordar sua mãe e seu irmão!

Liz: Eu nem ligo, só quero que você sai daqui agora! – Eu ainda gritava.

Um passado no presente (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora