Um passado no presente (Camren)

Capítulo 42

Camila

Meus olhos vibraram ao encontrar os de Lauren. Ela estava perfeita, um vestido digamos até parecido com o meu, verde escuro, colado no corpo, curtíssimo, mas não era tomara que caia. Os cabelos soltos e bem liso, uma maquiagem forte e o mesmo perfume enlouquecedor de sempre. Olhei ao redor e vi que Benedito não estava, cheguei a suspirar de alivio. Logo voltei meus olhos para aquela enorme boate. Passei muitas e muitas noites ali, nunca imaginei que fosse abrir de novo, mas assim que recebemos o convite do Leonel o dono de lá eu fiquei encantada. Quantos porres, quantas brigas idiotas, quantos beijos, quantos sexos eu já fiz ali. Entramos assim que eu cheguei, estava tudo reformado, lindo, sofisticados. Mas o esquema ainda era o mesmo, as vips lá em cima o povão lá embaixo, a melhor vip ia ser nossa e de cortesia ele ainda nós deu essa noite de bebida liberada. Subimos as escadas comentando sobre o lugar, em como havia mudado e ao mesmo tempo estava igual. Entramos na grande sala. Sofás, puffs, um bar com as melhores bebidas. Musica boa para dançar e o melhor de tudo: privacidade...

Todos foram se chegando Lis, Sophia, Nina e Manuel foram direto para o bar. Nem adianta mais dizer para ela não beber, não tenho mais controle sobre isso a muito tempo. E outra, como vou dar o exemplo se eu também bebo e muito... Ainda não estava animada para dançar, acho que ninguém estava. Fui até o bar e virei uma dose de tequila e logo me sentei junto aos outros.

Dinah: Cara eu nunca imaginei que fosse voltar nesse lugar, esta melhor que antes. – Ela disse ainda de pé.

Normani: Quero nem me lembrar das coisas que já fiz aqui dentro.

Ally: Nem começa, se não vamos passar a noite rindo e nos constrangendo a cada lembrança idiota. – Ela riu sentando ao meu lado.

Lauren: Não, deixa só eu falar uma coisa. – Ela disse já rindo. - Vocês lembram quando a Zoraida e a Angelique ficaram tão bêbadas, mas tão bêbadas que desceram e foram dançar em cima do balcão do bar e não satisfeitas com o vexame começaram a fazer um strip e tiveram que ser retiradas por seguranças. – Todos lembravam é claro que lembrávamos e riamos alto da cena ridícula que elas fizeram.

Shawn: Você e muitas outras pessoas já me fizeram passar por cada uma aqui dentro.

Felix: Prefiro nem saber desse passado sujo de vocês.

Ronald: Muito menos eu, só de pensar quantas bocas você já beijou aqui dentro. – Ele olhou enciumado para Dinah.

Maria: Ainda bem que não fiz parte desse passado negro de vocês – Ela disse irônica. E eu ainda ri da cara que Lauren fez ao ouvi-la falar.

Dinah: Cala boca Maria, que se não começo a contar aqui de você também!

E assim a noite começou. Conversas, bebidas, música, lugar agradável. A mulher mais linda do mundo e mais cachorra também a minha frente me olhando com desejo, carinho e vontade de me beijar. Minha filha com a namorada dela, me colocando inveja por não ter quem eu quero e não poder tê-la em 'publico' como elas. E Nina e Manuel o tempo todo naquele grude deles. Depois de muita bebidas já estávamos em pé, dançando, conversando, as vezes eu olhava aquele povo todo dançando lá em baixo e conseguia ter a imagem nítida em minha cabeça das noites loucas que passei por aqui. Ainda de costas para todos senti minhas costas arderem, sabia que era Lauren me cobiçando, é incrível como eu consigo sentir meus pelos se arrepiarem apenas com seus olhos em minha pele. Virei-me para onde todos estavam, inclusive ela, que me olhava sem pudor. Molhei meus lábios com a língua, larguei o copo de whisky na mesa próxima onde eu estava, olhei para ela novamente, sorri maliciosamente, pisquei para ela e por fim sai da Vip onde estávamos, indo direto para o banheiro lá de cima. Eu sabia e ela também sabia o que tinha que ser feito. Fiquei me olhando no espelho e ouvindo a musica ambiente do local por menos de dois minutos até que ela apareceu, linda, sexy e com aquele sorriso cafajeste de sempre. Ela veio andando até mim, me puxou pelo braço me agarrou pela cintura e me beijou como louca já me empurrando para dentro de uma das cabines. Parou de me beijar apenas para trancar a porta e logo voltou a meus lábios com todo desejo que estava sentindo. Suas mãos apertavam minha cintura, enquanto eu segurava em seus cabelos. Seus beijos foram se desvirtuando até minha orelha, lambendo por onde passava.